TABELA 2
EFEITOS
COMBINADOS:ALTITUDE E PORCENTAGEM DE OXIGÊNIO (a)
RESPIRADORES
RECOMENDADOS
Altitude
(m)
|
Pressão
(mmHg)
|
Oxigênio
no
ambiente
|
PPO2
(mmhg)
|
Teor de oxigênio abaixo do qual é
exigido o uso de resp. de adução de ar (c)
O2 PPO2
% mmHg
|
Teor de oxigênio abaixo do qual é
exigido o uso de máscara autônoma (d )
ou
Combinação de linha de ar com
cilindro auxiliar
O2 PPO2
% mmHg
|
NIVEL DO MAR
|
760
|
20,9
|
160
|
16 122
|
12,5 95
|
757
|
694
|
20,9
|
145
|
17,5 122
|
13,7 95
|
1500
|
632
|
20,9
|
133
|
19,3 122
|
15 95
|
2270
|
575
|
20,9
|
121
|
< 20,9 =
|
16.5 95
|
3030
|
523
|
20,9
|
110
|
< 20,9 =
|
18,2 95
|
3287
|
474
|
20,9
|
99
|
( b ) =
|
< 20,9 =
|
4240
|
450
|
20,9
|
94
|
( b ) =
|
< 20,9 =
|
Observações
sobre a Tabela 2:
a) ppO2 = 95mmHg, que dita a necessidade de máscara autônoma ou combinação
linha de ar/máscara autônoma, admite que a saúde do usuário seja normal. Deve
ser levada em consideração qualquer condição médica que afete desfavoravelmente
os indivíduos com intolerância à redução do teor de 02. Para estes indivíduos,
é maior a ppO2 a partir da qual é necessário o uso de máscara autônoma. Esta é
uma decisão do médico.
b) Observe que em altitudes maiores que 3030 m, um respirador de adução de
ar ou autônomos que forneça ar com 20,9% de oxigênio não consegue atingir o
ppO2 de 122 mml-1g. Portanto, nos casos em que se exige o uso de respirador
porque o teor de 02 está abaixo de 20,9%, deve-se escolher um respirador
especial, aprovado, do tipo de adução de ar que forneça oxigênio enriquecido ou
máscara autônoma de circuito fechado. A 3030 m de altitude deve-se usar ar com
no mínimo 23% de 02 e a 4240 m o ar deve conter 27% de 02.
c) Ver anexo 1
d) De
demanda com pressão positiva.
4.4.
OPERAÇÕES DE JATEAMENTO
Deve-se
selecionar respiradores especificamente aprovados para esse fim. O jateamento
em espaços confinados pode gerar níveis de contaminação que ultrapassem a
capacidade de qualquer respirador, exigindo a adoção de outros recursos para
diminuir o Fator de Proteção Requerido abaixo do Fator de Proteção Atribuído
para aquele respirador. Deve-se estar atento ao máximo nível de ruído permitido
dentro do capuz
(85 dBA) e à
obrigatoriedade do uso de ar respirável.
5. OUTROS FATORES QUE AFETAM A
SELEÇÃO DE UM RESPIRADOR
5.1.
PELOS FACIAIS um respirador com cobertura das vias respiratórias
de qualquer tipo, seja de pressão positiva ou negativa, não deve ser usado por
pessoas cujos pêlos faciais (barba, bigode, costeletas ou cabelos) possam
interferir no funcionamento das válvulas, ou prejudicar a vedação na área de
contato com o rosto.
5.2.
NECESSIDADE DE COMUNICAÇÃO
Na escolha de
certos tipos de respiradores deve-se levar em conta o nível de ruído do
ambiente e a necessidade de comunicação.
Falar em voz
alta pode provocar deslocamento de algumas peças faciais.
5.3.
VISÃO
5.3.1. Quando o usuário necessitar usar lentes corretivas, óculos de
segurança, protetor facial, óculos de soldador ou outros tipos de proteção
ocular ou facial, eles não deverão prejudicar a vedação.
5.3.2. Quando a peça facial for inteira ou do tipo que exija selagem perfeita,
deverão ser usados óculos sem tiras ou hastes que passem na área de vedação do
respirador, seja de pressão negativa ou positiva.
5.3.3. Somente é permitido o uso de lentes de contato quando o usuário do
respirador está perfeitamente acostumado ao uso desse tipo de lente.
Com lentes de contato colocadas, o trabalhador
deve ensaiar o uso do respirador.
5.4. PROBLEMAS DE VEDAÇÃO NOS RESPIRADORES
5.4.1. Não devem ser usados gorros ou bonés com abas que interfiram com a
vedação da peça facial no rosto.
5.4.2. Os tirantes dos respiradores não devem passar sobre partes duras dos
capacetes.
5.4.3. O uso de outros equipamentos de proteção individual, como capacetes ou
máscara de soldador não, devem interferir na vedação da peça facial.
5.5. USO
DE RESPIRADORES EM BAIXAS TEMPERATURAS
O desempenho do
respirador pode ficar prejudicado quando este é usado em baixa temperatura e
isso deve ser levado em conta na seleção (lentes ou visores podem embaçar e o
congelamento pode prejudicar a vedação das válvulas).
A máscara
autônoma aprovada para operar abaixo de 0° C deve possuir pinça nasal,
mascarilha interna ou outro meio que evite esses inconvenientes. A umidade do
ar comprimido deve estar dentro das especificações (ver NBR-12543), e devem ser
observados outros detalhes:
a) checar todas as conexões que
possam ser afetadas pela baixa temperatura;
b) no frio, guardar com cuidado
todos os componentes elastoméricos (peça
facial, traquéia, etc.), de modo que não se deformem e prejudiquem a
vedação no rosto. Outros componentes devem manter a elasticidade mesmo em baixa
temperatura: guarnições, gachetas, diafragmas e anéis óring.
Em temperatura
muito baixa, as válvulas do respirador podem congelar abertas ou fechadas
devido à presença de umidade. Alguns respiradores de adução de ar usam o tubo
Vortex para aquecer o ar que chega à peça facial.
5.6. USO
DE RESPIRADORES EM ALTAS TEMPERATURAS
Além de influir
no desempenho de um respirador, o calor provoca o "stress" térmico
que é agravado pelo uso desse EPI. Por estas razões, na seleção do respirador
deve-se levar em conta esses fatores, e o médico deve aprovar a escolha.
Pode-se reduzir a contribuição ao "stress" devido ao
respirador, usando respirador leve, de baixa resistência à respiração e com
espaço morto o menor possível. O ar exalado que permanece no espaço morto do
respirador é inalado no ciclo seguinte.
Reduzindo o
espaço morto, reduz-se o teor de gás carbônico no ar inalado, que é o maior
responsável pelo stress devido ao uso de respirador. É recomendável o uso de
respirador purificador de ar motorizado, respirador de adução de ar do tipo
fluxo contínuo, respirador com peça semifacial no lugar de facial inteira, se
possível, e o uso de peça facial inteira com mascarilha interna (independente
do modo de operação).
O uso do tubo Vortex
reduz a temperatura do ar fornecido à peça facial. A guarda de respirador
em ambiente em alta temperatura facilita a deterioração da peça facial e de
componentes elastoméricos, criando deformações permanentes.
Nessas condições
a inspeção deve ser freqüente.
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