PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
CAPITULO I - POLÍTICA DA EMPRESA E RESPONSABILIDADES
PREÂMBULO
De acordo com a
Portaria número 1 de 11 de Abril de 1994, emitida pelo Ministério do Trabalho,
cujo conteúdo estabelece um regulamento técnico sobre uso de equipamentos de
proteção respiratória, todo empregador
deverá adotar um conjunto de medidas com a finalidade de adequar a utilização
de equipamentos de proteção respiratória - EPR, quando necessário para complementar
as medidas de proteção eletivas implementadas, ou com a finalidade de garantir
uma completa proteção ao trabalhador contra os riscos existentes nos ambientes
de trabalho.
POLÍTICA DA EMPRESA
Esta empresa tem
como meta primordial assegurar que todos os seus trabalhadores. no desempenho de
suas atividades profissionais tenham suas condições de saúde preservadas. Todos
os locais de trabalho onde haja a possibilidade de liberação de contaminantes
atmosféricos, tais como: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases e vapores; ou
haja potencial para a atmosfera ser deficiente em Oxigênio; serão avaliados e
os trabalhadores monitorados de tal forma que sejam obtidos dados e informações
suficientes para identificar níveis de exposição que possam ser prejudiciais à
saúde de trabalhador exposto.
Nos casos em que
sejam identificados tais riscos esta política estabelece que devem ser
implantado, um ou mais dos seguintes métodos de controle, de acordo com a
hierarquia abaixo :
1) Substituição
das matérias-primas utilizadas por substâncias que sejam comprovadamente menos
tóxicas;
2) Alteração no
processo produtivo de forma a eliminar ou reduzir esta exposição a níveis
aceitáveis. · isolamento do trabalhador ou do processo produtivo de modo a
diminuir ou eliminar a exposição ; implantação de sistemas de ventilação
ambiental ou local exaustora para diminuição da concentração dos contaminastes;
3) Adoção do uso
de equipamento individual de proteção respiratória, de acordo com os critérios
técnicos e administrativos estabelecido
neste documento.
RESPONSABlLIDADES:
1. Diretoria da Empresa
É
responsabilidade da Diretoria da Empresa, determinar as atividades específicas
requerem o uso de - equipamento de proteção respiratória. Deve ainda fornecer o
respirador conveniente e apropriado para
cada atividade específica, acompanhado de treinamento e instruções detalhadas
sobre o seu uso.
2. Gerência e Supervisão
É
responsabilidade da Gerência / Supervisão de cada área, assegurar que todas as
pessoas sob seu controle estão informadas sobre a necessidade do uso de EPR para
execução das atividades que a requerem o uso de tais equipamentos, conforme
determinado no capitulo Seleção de Respiradores Devem ainda assegurar que seus
subordinados sigam rigorosamente todas as determinações do programa de proteção
respiratória, incluindo inspeção e manutenção dos respiradores. E também.
responsabilidade da Gerência , Supervisão estabelecer medidas disciplinares
para aqueles que não atenderem estas determinações.
3. Usuários de respiradores
É de
responsabilidade dos trabalhadores das áreas atividades que necessitem o uso de
EPRs, que utilizem corretamente o respirador indicado, seguindo as instruções
fornecidas durante o treinamento. É também sua responsabilidade a manutenção,
guarda e limpeza do equipamento, mantendo-o sempre em boas condições de uso. A
Empresa proverá os meios para que essa manutenção seja realizada.
CAPÍTULO
II - ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA DE PROTEÇÀO RESPIRATÓRIA
As seguintes
pessoas tem responsabilidade total pela administração do programa de proteção
respiratória na empresa :
Nome :
...............................................................................
Cargo :
...............................................................................
Departamento :
..................................................................
Assinatura :
.......................................................................
Esta pessoa tem
a autoridade para agir sobre todas as matérias relacionadas a administração e
operação do programa de proteção respiratória. Todos os trabalhadores,
departamentos operacionais e de serviços deverão ser cooperativos no sentido de
se conseguir a completa eficácia do programa suas responsabilidades incluem :
medições, estimativas ou informações atualizadas sobre a concentração do contamínante
na área trabalho; manutenção de
registros e procedimentos escritos de tal maneira, que o programa fique
documentado e permita uma avaliação de sua eficácia; a avaliação da sua
eficácìa, através de um auditor. A PLANILHA DE CONTROLE DO PPR
é a ferramenta básica para coleta e checagem dos dados do PPR e será
mantida sempre atualizada .
Nome :
..................................................................................
Cargo :
.........................................,........................................
Departamento :
.....................................................................
Assinatura :
........................................................................,..
A pessoa acima
relatada tem a função de auditor do PPR , sua função é zelar para que o PPR
seja cumprido em sua íntegra, relatando à direção da empresa qualquer
irregularidade que possa comprometer o andamento do programa ou a integridade
da empresa. Suas inspeções devem ser periódicas e seguidas de um relatório de
conformidade ,
CAPÍTULO III - AVALIAÇÃO MÉDICA
Todos os
trabalhadores que forem incluídos no programa de proteção respiratória deverão
passar por uma avaliação médica. Esta avaliação deverá ser feita primeiramente
na contratação do trabalhador; quando houver alteração em suas funções que
exijam a utilização de EPR; e a cada 24 meses dai em diante.
O trabalhador
deverá preencher o questionário médico para usuários de respiradores, o qual
deverá ser revisto pelo médico.
De acordo com o
julgamento do médico, o trabalhador deve
ou não passar por um exame.
O objetivo do
questionário e do exame médico é assegurar
que o trabalhador se encontra física e psicologicamente habilitado a
executar suas atividades e utilizar o EPR.
Se assim julgado
pelo médico, o trabalhador pode não estar habilitado ao uso do EPR e nem
participar do Programa de Proteção Respiratória.
As cópias da
avaliação e do questionário médico devem ser arquivadas.
A avaliação
médica no período ficará a cargo de :
___________________________
Dr.
................................................
Veja anexos.
CAPÍTULO IV -
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE EXPOSIÇÀO DO Trabalhador
Todas as áreas
de trabalho onde haja deficiência de Oxigênio , presença de
contaminantes potenciais e/ou sejam liberados contaminantes
na atmosfera devem ser avaliadas com
métodos apropriados de análise quantitativa.
A identificação
destas áreas deve ser feita de acordo com os seguintes critérios :
Locais,
processos ou operações que manuseiem ou processem substâncias que sejam
reconhecidas como potencialmente perigosas à saúde humana. Devem ser
consultados dados e informações toxicológicas destas substâncias utilizando-se
de literatura nacional e estrangeira e através de, informações acumuladas ou
estudos realizados pela própria empresa.
A investigação
destes processos e operações deve ser
feita de modo a identificar o potencial
destes riscos. Um estudo de análise de riscos; ou informações contidas nos
mapas de riscos; ou informações sobre processos e/ou operações similares; ou
ainda informações médicas dos trabalhadores expostos podem ser úteis na
identificação de áreas onde haja
potencial para super exposição do trabalhador.
Utilizando-se
de técnicas e instrumentos de acuidade e precisão reconhecidos como próprios
para o tipo de avaliação que se deseja executar, os ambientes onde estes riscos
estão presentes ser o amostrados e analisados de modo a identificar os níveis
de concentração dos contaminantes atmosféricos e/ou nível de Oxigênio.
Cuidados
especiais devem ser tomados nesta avaliação de modo que: As operações e/ou
processos que estejam sendo realizadas no momento da amostragem sejam
representativas do trabalho diário no local.
As amostras
devem ser coletadas em meios próprios para sua conservação de modo que não haja
perda do contaminante no manuseio.
A periodicidade
da amostragem será anual para toda a empresa , e sempre que ocorrer alguma
alteração de processos ou inclusão de novos equipamentos, uma nova amostragem
nos locais alterados será imprescindível.
A empresa
reserva em seu orçamento anual
R$..................................para a amostragem sob
responsabilidade de :
Nome................................................................
Cargo................................................................
Departamento....................................................
Assinatura..........................................................
CAPÍTULO VI - USO DE RESPIRADORES
Em atmosferas
que sejam consideradas ou tenham potencial de ser IPVS (Imediatamente Perigosas
à Vida ou Saúde) e em atmosferas com perigo desconhecido somente máscaras
autônomas ou Respiradores de linha de ar comprimido devem ser utilizados.
Nenhum
equipamento que requeira vedação facial (tanto os de pressão positiva como
negativa não devem ser utilizados por pessoas que utilizem barbas ou outros
pêlos faciais que impeçam o contato da borda do respirador com o rosto do
usuário.
Será permitido
que o usuário de respirador deixe a área contaminada por qualquer uma das
razões abaixo :
1) Falha
do respirador, alterando a proteção
proporcionada; mau funcionamento do respirador;
2)
Detecçào de penetração de ar contaminado dentro do respirador;
3)
Aumento da resistência à respiração;
4) Grande
desconforto devido ao uso do respirador ; mal estar sentido pelo usuário, tais
com náusea , fraqueza, tosse, espirro, dificuldade para respirar, calafrio,
tontura vômito, febre.
5) Lavar
o rosto e a peça facial sempre que necessário, para diminuir a irritação da
pele; trocar o filtro ou outros componentes. sempre que necessário;
6)
Descanso periódico em área não contaminada, conforme avaliação de penosidade
feita pelo administrador ou auditor do PPR.
CAPÍTULO VII – TREINAMENTO
Todos os
trabalhadores de áreas ou atividades que requerem o uso de respiradores deverão
ser instruídos sobre suas responsabilidades no Programa de Proteção
Respiratória. Eles devem ser treinados sobre a necessidade, uso, limitações e
cuidados com os respiradores. O conteúdo especifico do treinamento será provido
por instrutor habilitado e com formação mínima de Técnico de Segurança do
Trabalho.
A cada 12 meses
será feito um novo treinamento. O registros deste treinamento serão arquivados
pelo administrador do programa.
CAPÍTULO VIII -
ENSAIO DE VEDAÇÃO ( FIT TEST )
Os trabalhadores
passarão por um ensaio de vedação antes de utilizar um respirador numa
área contaminada o ensaio deve ser
adequado para o tipo de respirador utilizado e repetido anualmente Todos os
respiradores de pressão negativa deverão passar pelo ensaio de vedação. Os
respiradores de pressão positiva que possuam cobertura das vias respiratórias
com vedação facial serão ensaiado no modo de pressão negativa.
Todos os
registros do ensaio de vedação serão arquivados pelo administrador do programa.
Nota : No caso
do trabalhador não conseguir obter uma adequada vedação facial com um
respirador de pressão negativa, será utilizado um respirador do tipo
motorizado, ou linha de ar comprimido.
Não deve ser
realizado ensaio de vedação facial com indivíduos que possuam barbas ou
cicatrizes profundas na face.
Fit-Test ficará a cargo de profissional que foi
treinado para sua realização e que fará
o registro dos resultados e encaminhará ao SESMT relatório sumário com as
ocorrências. Veja anexos.
Nome..................................................
Cargo
.................................................
Departamento......................................
Assinatura..........................................
CAPITULO IX -
INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO E GUARDA DE RESPIRADORES
Devem ser
realizadas manutenções periódicas nos respiradores para que eles mantenham sua
eficiência original através de inspeções, reparos, limpezas e guarda adequadas
.
1.Inspeção :
Os usuários
deverão fazer diariamente inspeções e limpezas no respirador sempre que estiver
em uso. Os supervisores deverão fazer rápidas checagens nos respiradores em uso
por seus subordinados para verificar seu estado geral e vedação e outros
aspectos aparentes. Não será permitido o uso de respiradores defeituosos.
Os respiradores
defeituosos deverão ser devolvidos para a seguinte pessoa : (escrever aqui o nome da pessoa que deverá receber os
respiradores defeituosos) para providências quanto a recuperação,
descarte ou reclamação ao fabricante.
2. Reparos
Os respiradores
que durante a inspeção, limpeza ou manutenção não forem considerados próprios
para o uso deverão ser reparados ou substituídos imediatamente. Todas as
substituições de partes ou peças deverão ser feitas conforme instruções do
fabricante. Nenhum ajuste, modificação, substituição de componente ou reparo
deverá ser feito se não for recomendado pelo fabricante do EPR.
3. Limpeza
Todos os
respiradores (exceto aqueles destinados ao uso por um único turno) deverão ser
limpos diariamente (ou após cada uso no caso de respiradores que não são de
utilização diária), de acordo com as instruções do fabricante, pelo próprio
usuário ou por pessoa designada no CAPITULO II Administração do Programa de
Proteção Respiratória. Será determinado pelo Supervisor do trabalhador o local,
tempo e fornecido o material necessário par fazer esta limpeza.
4. Guarda
Os respiradores
que não forem descartados após o turno de trabalho deverão ser guardados em
local próprio longe da área contaminada e protegido da luz do sol, poeiras,
calor, frio, umidade e produtos químicos agressivos. Quando possível, estes
respiradores deverão ser marcados e guardados de forma a assegurar que sejam
utilizados apenas por um trabalhador. Se utilizado por mais de um
trabalhador respirador deverá ser limpo
após cada uso.
5. Sistemas de ar comprimido
Precauções
especiais serão tomadas com os respiradores do tipo linha de ar comprimido e
máscaras autônomas. O ar destes sistemas deverão ser de qualidade respirável.
CAPITULO X -
AVALIAÇÃO DO PROGRAMA
Este programa deverá
ser revisto e avaliado a cada 2 meses. Será elaborado um relatório escrito
desta avaliação Para cada deficiência encontrada. será elaborada uma ação
corretiva , o auditor do programa observará os seguintes tópicos em sua
avaliação :
a) Administração do programa
b) Treinamento
c) Avaliação médica
d) Ensaios de vedação
e) Amostragem do ar e classificação
do risco
f) Seleção e distribuição dos
respiradores
g) Forma de uso dos respiradores
h) Limpeza , manutenção e inspeção
i) Fontes de ar respirável
j) Guarda dos respiradores
k) Prontidão para emergências
l) Problemas especiais
CAPÍTULO XI - PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ESCRITOS
A empresa
estabelecerá procedimentos operacionais que deverão ser seguidos por todos os
usuários e seus superiores , para determinar como serão utilizados cada tipo de
respirador . Esses procedimentos terão a assinatura de concordância e adesão de
cada pessoa envolvida com o uso de
respiradores.
Ver anexos.
CAPITULO XII – SELEÇÃO DE RESPIRADORES
É atributo do
SESMT selecionar os respiradores para
uso rotineiro e de emergência seguindo para isso a Instrução Normativa N.º 1 de 11 de Abril de 1994 ( da Secretaria de
Segurança e Saúde do Trabalhador ) e a publicação PROGRAMA DE PROTEÇÃO
RESPIRATÓRIA da Fundacentro, que passa a
ser parte integrante do Programa de Proteção Respiratória desta empresa , que
reconhece sua validade e se compromete a acatar suas recomendações e
revisa-las quando houver alterações
futuras.
Seguem
abaixo em azul, cópias das páginas que se referem à seleção de respiradores ;
4. SELEÇÃO,
LIMITAÇÕES E USO DE RESPIRADORES
4.1. FATORES QUE INFLUEM NA SELEÇÃO DE UM RESPIRADOR
4.1.1. Atividade do usuário
Na seleção de um
respirador deve ser levada em conta a atividade do usuário (por exemplo:
se permanece continuamente na área de risco ou
não, durante o turno de trabalho, ou se o trabalho é leve, médio ou pesado) e a
sua localização na área de risco.
4.1.2.
Condições de uso do respirador
É importante
considerar o tempo durante de uso do respirador.
Cada respirador
tem suas características que o tornam apropriado para uso rotineiro, não
rotineiro, emergências ou resgates.
4.1.3.
Localização da área de risco
Na seleção
deve-se levar em conta a localização da área de risco relativamente a áreas
seguras que possuam ar respirável. Isto permite planejar a fuga na ocorrência
de uma emergência, a entrada de pessoas para a realização dos serviços de
manutenção ou reparos ou para as operações de resgate.
4.1.4.
Características e (limitações dos respiradores)
É muito
importante levar em conta, também, as características físicas e funcionais dos
respiradores, bem como as suas limitações.
4.1.5.
Características da tarefa
As condições do
ambiente e o nível de esforço exigido de um usuário de um respirador podem
reduzir drasticamente a vida útil do respirador. Por exemplo: em casos de
extremo esforço, a autonomia de uma máscara autônoma fica reduzida pela metade,
ou mais.
4.2.
SELEÇÃO DE RESPIRADORES PARA USO ROTINEIRO
4.2.1. Uso de respiradores aprovados
Somente devem
ser usados respiradores aprovados. Qualquer modificação, mesmo que pequena,
pode afetar de modo significativo o desempenho do respirador.
4.2.2. A seleção de um respirador exige o conhecimento de cada operação, para
determinar os riscos que possam estar presentes e, assim, selecionar o tipo ou
a classe de respirador que proporcione a proteção adequada.
4.2.2.1. Etapas para identificação do risco
A natureza do
risco respiratório deve ser determinada do seguinte modo:
a) determinar o(s) contaminante(s) que possa(m) estar presente(s) no ambiente
de trabalho;
b) verificar se existe limite de tolerância, ou qualquer outro limite de
exposição, ou estimar a toxidez dos contaminante (s). Verificar se existe a
concentração IPVS;
c) verificar se existem regulamentos ou legislação específica para o (s)
contaminante(s) (por exemplo: asbesto, sílica, etc.). Se existir, a seleção do
respirador fica dependente dessas indicações;
d) se existir o risco potencial de deficiência de oxigênio, medir o teor
de oxigênio no ambiente; e) medir ou estimar a concentração do (s)
contaminante(s) no ambiente;
f) determinar o estado físico do contaminante. Se for aerossol, determinar
ou estimar o tamanho da partícula Avaliar se a pressão de vapor da partícula
será alta na máxima temperatura prevista no ambiente de trabalho;
g) verificar se o contaminante presente pode ser absorvido pela pele,
produzir sensibilização da pele, ser irritante ou corrosivo para os olhos ou
pele;
h) se o contaminante é vapor ou gás, verificar se é conhecida a
concentração de odor, paladar ou de irritação da pele.
4.2.2.2. Etapas para seleção do respirador
O respirador
apropriado deve ser selecionado conforme o seguinte procedimento:
a) se não for possível determinar qual o contaminante tóxico
potencialmente presente no ambiente, ou a sua concentração, considerar a
atmosfera IPVS. Continuar no item 4.3;
b) se não existir limite de exposição ou valores de orientação
disponíveis, e se não puder ser feita a estimativa da toxidez, considerar a
atmosfera IPVS. Continuar no item 4.3;
c) se existir limite de exposição ou orientação disponível para o
contaminante, siga-a;
d) se a atmosfera for deficiente de oxigênio, o tipo de respirador
selecionado dependerá da pressão parcial de oxigênio, da pressão ambiente e da
concentração dos contaminantes que possam estar presentes. Continuar no item
(e) e de 4.3. 1 até 4.3.4,
e) se a concentração medida ou estimada do contaminante for considerada
IPVS, continuar no item 4.3;
f) dividir a concentração medida ou estimada de cada contaminante pelo
limite de exposição ou valores de orientação para obter o Fator de Proteção
Requerido. Se mais de uma substância estiver presente considerar os efeitos
sinérgicos. A partir da tabela 1 , selecionar um respirador ou tipo de
respirador que possua Fator de Proteção Atribuído maior que o Fator de Proteção
Requerido.
Se o respirador selecionado for do tipo purificador
de ar, continuar no item g);
g) se o contaminante for somente gás ou vapor, escolher um respirador com
Fator de Proteção Atribuído maior que o
Fator de Proteção Requerido. A concentração do contaminante no ambiente deve, contudo, ser menor que a concentração
máxima de uso do filtro químico escolhido. Continuar- no item (m).
Se o contaminante for um aerossol, continuar
no item (h);
h) se o contaminante for base de tinta, esmalte ou verniz, usar um
respirador com filtro combinado: filtro químico contra
vapores orgânicos e filtro mecânico classe P1;
i )se o contaminante for um agrotóxico
contendo veículo orgânico, , usar um respirador com filtro combinado: filtro químico
contra vapores orgânicos e filtro
mecânico classe P2; se o contaminante for um agrotóxico contendo veículo água ,
usar somente filtro mecânico classe P2;
j ) se o contaminante for um aerossol mecanicamente gerado (por exemplo
poeiras e névoas), usar filtro classe P1.*
k ) se o contaminante for um aerossol termicamente gerado (por exemplo
fumos metálicos), usar filtro classe P2.*
l ) se o contaminante for do tipo
aerossol que contenha asbesto ou sílica cristalizada, ver Anexo 7;
( * ) Se
o aerossol for de substâncias altamente tóxica ou de toxidez desconhecida,
deverá ser selecionado um filtro
classe P3, preferencialmente utilizado com uma peça facial inteira.
m) se o contaminante é um gás ou vapor com fracas propriedades de alerta,
é recomendado o uso de respiradores de adução de ar. Se estes não puderem ser
usados por causa da inexistência de uma fonte de ar respirável, ou por causa da
necessidade de mobilidade do trabalhador, o respirador purificador de ar poderá
ser usado, somente quando:
· o respirador possuir um indicador confiável de fim de vida útil que
alerte o usuário antes de o contaminante começar a atravessar o filtro;
· existir um plano de troca de filtro
que leve em conta a vida útil do filtro, bem como a desorpção (a não ser
que a substituição seja diária), a concentração esperada, o modo de usar
e o tempo de exposição forem estabelecidos, e que o contaminante não possua um Limite
de Tolerância Valor Teto.
4.3. SELEÇÃO DE RESPIRADORES PARA USO EM ATMOSFERAS IPVS, ESPAÇOS
CONFINADOS OU ATMOSFERAS COM PRESSÃO REDUZIDA
4.3.1.
Atmosferas IPVS
Um local é
considerado IPVS quando:
a) a concentração é conhecida ou se suspeita que esteja acima do limite de
exposição IPVS;
b) é um espaço confinado com teor de oxigênio menor que o normal (20,9% em
volume), a menos que a causa da redução do teor de oxigênio seja conhecida e
controlada.
c) o teor de oxigênio é menor que 12,5%, ao nível do mar, ou
d) a pressão atmosférica do local é menor que 450mmHg (equivalente a 4240m
de altitude) ou qualquer combinação de redução na porcentagem de oxigênio e
pressão reduzida que leve a uma pressão parcial de oxigênio menor que 95mmHg.
4.3.2. Respiradores para uso em condições IPVS na pressão atmosférica
normal
O respirador que
deve ser usado em condições IPVS provocadas pela presença de contaminantes
tóxicos, ou pela redução do teor de oxigênio como descritos nas condições a, b
e c em 4.3.1, é a máscara autônoma, ou uma combinação de um respirador de linha
de ar comprimido com cilindro auxiliar para escape.
4.3.3. Considerações sobre os espaços confinados : Os espaços
confinados são causa de numerosas mortes e de sérias lesões. Portanto, qualquer
espaço confinado com menos que 20,9% de oxigênio deve ser considerado IPVS, a
menos que a causa da redução do teor de oxigênio seja conhecida e controlada.
Esta restrição é imposta porque qualquer redução do teor de oxigênio é, no
mínimo, uma prova de que o local é mal ventilado.
Pode ser
possível entrar sem o uso de respiradores em espaço confinado que contenha de
16% até 20,9% em volume de oxigênio ao nível do mar, somente quando se conhece
e compreende a causa da redução do teor de oxigênio e se tem certeza de que não
existem áreas mal ventiladas nas quais o teor de oxigênio possa estar abaixo da
referida faixa. Não se conhecendo a causa do baixo teor de oxigênio, e se ela
não for controlada, a atmosfera do espaço confinado deve ser considerada IPVS.
4.3.4.
Pressão atmosférica reduzida A pressão
atmosférica, quando é reduzida, pode levar a pressão parcial de oxigênio ppO2 a
valores baixos, mesmo mantendo a concentração em 20,9%. Por isso, quando se
realizam trabalhos em pressão atmosférica reduzida, deve-se definir a
concentração de oxigênio em termos de pressão parcial de oxigênio e não em
porcentagem em volume.
4.3.4.1. Definição de deficiência de oxigênio IPVS envolvendo pressão
atmosférica reduzida
Deve ser
considerada uma condição IPVS, quando a pressão parcial de oxigênio é igual ou
menor que 95mmHg. Essa deficiência de oxigênio pode ser causada: pela redução
da pressão atmosférica até 450mmHg (equivalente a uma altitude de
4240m), ou pela combinação da diminuição da porcentagem de oxigênio e da
pressão atmosférica.
A tabela 2 indica as condições em que devem
ser usadas as máscaras autônomas e os respiradores de linha de ar comprimido
combinados com cilindro auxiliar para escape.
4.3.4.2. Definição de deficiência de oxigênio não IPVS
Um ambiente onde
a pressão parcial de oxigênio está entre 95 e 122mmHg deve ser considerado uma
atmosfera com deficiência de oxigênio, mas não IPVS. Esse ambiente pode afetar
de modo adverso pessoas com pequena tolerância a níveis reduzidos de oxigênio,
ou pessoas não aclimatadas desempenhando tarefas que requeiram grande acuidade
mental ou tarefas muito pesadas. Nestas condições deve-se usar respiradores de
adução de ar com a finalidade de atenuar esses efeitos.
A tabela 2 indica as condições nas quais é
recomendado o uso desses respiradores.
Deve ser
considerada qualquer condição médica adversa que afete a tolerância de um
indivíduo a níveis reduzidos de oxigênio.
Para esses indivíduos pode ser recomendável o
uso de respiradores de adução de ar a partir da pressão parcial de oxigênio
mais elevada que os valores indicados. Esta decisão deve ser tomada durante o
exame médico que antecede a atribuição daquela tarefa.
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