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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA - PARTE 2



TABELA 2
EFEITOS COMBINADOS:ALTITUDE E PORCENTAGEM DE OXIGÊNIO (a)
RESPIRADORES RECOMENDADOS
Altitude
(m)
Pressão
(mmHg)
Oxigênio
no
ambiente
PPO2
(mmhg)
Teor de oxigênio abaixo do qual é exigido o uso de resp. de adução de ar (c)
O2          PPO2
%             mmHg
Teor de oxigênio abaixo do qual é exigido o uso de máscara autônoma (d )
ou
Combinação de linha de ar com cilindro auxiliar
O2                     PPO2
   %                          mmHg
NIVEL DO MAR
760
20,9
160
16          122
12,5                    95
757
694
20,9
145
17,5         122
13,7                     95
1500
632
20,9
133
19,3         122
15                        95
2270
575
20,9
121
< 20,9         =
16.5                     95
3030
523
20,9
110
< 20,9         =
18,2                     95
3287
474
20,9
99
( b )             =
< 20,9                    =
4240
450
20,9
94
( b )             =
< 20,9                    =
 
Observações sobre a Tabela 2:

a) ppO2 = 95mmHg, que dita a necessidade de máscara autônoma ou combinação linha de ar/máscara autônoma, admite que a saúde do usuário seja normal. Deve ser levada em consideração qualquer condição médica que afete desfavoravelmente os indivíduos com intolerância à redução do teor de 02. Para estes indivíduos, é maior a ppO2 a partir da qual é necessário o uso de máscara autônoma. Esta é uma decisão do médico.
b) Observe que em altitudes maiores que 3030 m, um respirador de adução de ar ou autônomos que forneça ar com 20,9% de oxigênio não consegue atingir o ppO2 de 122 mml-1g. Portanto, nos casos em que se exige o uso de respirador porque o teor de 02 está abaixo de 20,9%, deve-se escolher um respirador especial, aprovado, do tipo de adução de ar que forneça oxigênio enriquecido ou máscara autônoma de circuito fechado. A 3030 m de altitude deve-se usar ar com no mínimo 23% de 02 e a 4240 m o ar deve conter 27% de 02.
c) Ver anexo 1
d) De demanda  com pressão positiva.


4.4. OPERAÇÕES DE JATEAMENTO
Deve-se selecionar respiradores especificamente aprovados para esse fim. O jateamento em espaços confinados pode gerar níveis de contaminação que ultrapassem a capacidade de qualquer respirador, exigindo a adoção de outros recursos para diminuir o Fator de Proteção Requerido abaixo do Fator de Proteção Atribuído para aquele respirador. Deve-se estar atento ao máximo nível de ruído permitido dentro do capuz
(85 dBA) e à obrigatoriedade do uso de ar respirável.

5.  OUTROS FATORES QUE AFETAM A SELEÇÃO DE UM RESPIRADOR

5.1. PELOS FACIAIS um respirador com cobertura das vias respiratórias de qualquer tipo, seja de pressão positiva ou negativa, não deve ser usado por pessoas cujos pêlos faciais (barba, bigode, costeletas ou cabelos) possam interferir no funcionamento das válvulas, ou prejudicar a vedação na área de contato com o rosto.

5.2. NECESSIDADE DE COMUNICAÇÃO
Na escolha de certos tipos de respiradores deve-se levar em conta o nível de ruído do ambiente e a necessidade de comunicação.
Falar em voz alta pode provocar deslocamento de algumas peças faciais.
5.3. VISÃO
5.3.1. Quando o usuário necessitar usar lentes corretivas, óculos de segurança, protetor facial, óculos de soldador ou outros tipos de proteção ocular ou facial, eles não deverão prejudicar a vedação.
5.3.2. Quando a peça facial for inteira ou do tipo que exija selagem perfeita, deverão ser usados óculos sem tiras ou hastes que passem na área de vedação do respirador, seja de pressão negativa ou positiva.

5.3.3. Somente é permitido o uso de lentes de contato quando o usuário do respirador está perfeitamente acostumado ao uso desse tipo de lente.
 Com lentes de contato colocadas, o trabalhador deve ensaiar o uso do respirador.
5.4. PROBLEMAS DE VEDAÇÃO NOS RESPIRADORES
5.4.1. Não devem ser usados gorros ou bonés com abas que interfiram com a vedação da peça facial no rosto.
5.4.2. Os tirantes dos respiradores não devem passar sobre partes duras dos capacetes.
5.4.3. O uso de outros equipamentos de proteção individual, como capacetes ou máscara de soldador não, devem interferir na vedação da peça facial.
5.5. USO DE RESPIRADORES EM BAIXAS TEMPERATURAS

O desempenho do respirador pode ficar prejudicado quando este é usado em baixa temperatura e isso deve ser levado em conta na seleção (lentes ou visores podem embaçar e o congelamento pode prejudicar a vedação das válvulas).
A máscara autônoma aprovada para operar abaixo de 0° C deve possuir pinça nasal, mascarilha interna ou outro meio que evite esses inconvenientes. A umidade do ar comprimido deve estar dentro das especificações (ver NBR-12543), e devem ser observados outros detalhes:
a)  checar todas as conexões que possam ser afetadas pela baixa temperatura;
b)  no frio, guardar com cuidado todos os componentes  elastoméricos (peça facial, traquéia, etc.), de modo que não se deformem e prejudiquem a vedação no rosto. Outros componentes devem manter a elasticidade mesmo em baixa temperatura: guarnições, gachetas, diafragmas e anéis óring.

Em temperatura muito baixa, as válvulas do respirador podem congelar abertas ou fechadas devido à presença de umidade. Alguns respiradores de adução de ar usam o tubo Vortex para aquecer o ar que chega à peça facial.

5.6. USO DE RESPIRADORES EM ALTAS TEMPERATURAS

Além de influir no desempenho de um respirador, o calor provoca o "stress" térmico que é agravado pelo uso desse EPI. Por estas razões, na seleção do respirador deve-se levar em conta esses fatores, e o médico deve aprovar a escolha.
Pode-se reduzir a contribuição ao "stress" devido ao respirador, usando respirador leve, de baixa resistência à respiração e com espaço morto o menor possível. O ar exalado que permanece no espaço morto do respirador é inalado no ciclo seguinte.
Reduzindo o espaço morto, reduz-se o teor de gás carbônico no ar inalado, que é o maior responsável pelo stress devido ao uso de respirador. É recomendável o uso de respirador purificador de ar motorizado, respirador de adução de ar do tipo fluxo contínuo, respirador com peça semifacial no lugar de facial inteira, se possível, e o uso de peça facial inteira com mascarilha interna (independente do modo de operação).
O uso do tubo Vortex reduz a temperatura do ar fornecido à peça facial. A guarda de respirador em ambiente em alta temperatura facilita a deterioração da peça facial e de componentes elastoméricos, criando deformações permanentes.
Nessas condições a inspeção deve ser freqüente.

ANEXOS
Nas páginas seguintes existem diversos textos anexos que detalham tópicos do PPR  e devem ser usados pelas pessoas encarregadas pela aplicação do mesmo e pêlos empregados e encarregados. Alguns textos ( em azul ) foram copiados literalmente do PPR da Fundacentro.
 

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