Coleta e Destinação de Resíduos Sólidos Domiciliares e
Hospitalares
O homem através de suas atividades diárias gera resíduos, que aparentemente,
não têm utilidades. Em geral as pessoas não têm noção da quantidade de lixo que
geram no decorrer do dia e nem se preocupam com o destino que a ele será dado.
Ignoram os problemas ambientais a ele relacionado.
Ilusoriamente acham terem se livrado dele, não se preocupando sequer com
critérios mínimos de seu acondicionamento. A disposição inadequada desses
resíduos apresenta problemas para os indivíduos e para a comunidade em toda
parte do mundo, pois compromete todo o meio ambiente: solo, ar e recursos
hídricos. (Grossi,2001).
A problemática do lixo no meio urbano abrange alguns aspectos
relacionados a sua origem e produção.
• A produção do lixo urbano está relacionada a dois
fatores que basicamente são o aumento populacional e a intensidade da
industrialização, já que o lixo resulta da atividade diária do homem na
sociedade. Como a curva de crescimento populacional é ascendente (exponencial)
e a industrialização é diretamente ligada ao aumento da população e sofisticação
dos hábitos culturais da sociedade, pode-se concluir que a geração do lixo é um
processo crescente.
Estima-se que a produção diária per capita de lixo doméstico (produzido
nos domicílios, restaurantes e bares) seja de 0,5 kg nas cidades menores de 100.000
habitantes e de 0,7 kg para cidades maiores.
O tema lixo, dentro da problemática de saneamento básico, envolve
questões desde a geração, acondicionamento, coleta e varrição de ruas,
transporte, até a destinação final (disposição e tratamento). Não se obtêm
soluções adequadas sem considerar todos esses aspectos. (Grossi, 2001).
O compromisso coletivo para a resolução do "problema lixo",
especialmente nos aspectos relacionados com a sua geração, deve ser despertado
nos cidadãos por meio de processo educativo e comportamental a ser trabalhado
em todos os níveis educacionais e fortalecido no seio da sociedade Para
obter-se sucesso na abordagem dessas questões relacionadas ao lixo é de
fundamental importância a participação de comunidade de cada localidade nos processos
de planejamento de ações, elaboração de projetos, execução, definição de serviços
a serem prestados.
O presente manual enfocará primordialmente as questões relacionadas com
a segurança e a saúde no trabalho. Entretanto, para propor soluções realmente
eficazes é necessário estudar-se a questão num enfoque multidisciplinar,
envolvendo as diversas áreas de conhecimento e de competências que possam
contribuir para aprimorar a situação atual, além de questionar o atual modelo
de sociedade.
Os resíduos sólidos podem ser classificados em: (Grossi 2001)
• Doméstico
• Comercial semelhante a lixo doméstico
• Da varrição ou varredura
• Das feiras livres
• Industrial
• Construção
• Hospitalar ou de serviços de saúde
• Portos, aeroportos, terminais rodoviários e
ferroviários
• Lodos de esgoto
• Especial ou perigoso
• Agrícola
Embora o termo resíduos sólidos abranja todas as formas de sua produção,
as empresas públicas ou as que prestam serviços de limpeza urbana e/ou coleta
de lixo na maioria da vezes são incumbidas pelas prefeituras ou pelos estados
de coletar e destinar os resíduos oriundos dos domicílios, serviços de saúde e
ainda os produzidos pela ocupação humana das ruas.
Etapas do Processo de Limpeza Urbana, Coleta e Destinação de
Resíduos Sólidos.
• Coleta de lixo domiciliar e de serviços de saúde:
realizada porta a porta, com utilização de veículos, de diversos portes,
destinados a esse fim.
• Varrição ou varredura
• Destinação do lixo: as formas clássicas são estação
de transferência, aterro, compostagem, reciclagem industrial (processo que
converte o lixo em produto semelhante ao inicial ou outro) e incineração.
o Os aterros por sua vez, dividem-se em aterro
sanitário, aterro controlado e lixão ou vazadouro a céu aberto.
o A compostagem é a reciclagem da fração orgânica do
lixo. Geralmente é realizada em usina de compostagem.
o Incineração é o processo de decomposição térmica
(cerca de 900 graus Celsius) na presença de oxigênio, para destruição da fração
orgânica do lixo, reduzindo o volume final em até 90% quando o sistema for
otimizado.
.
Riscos no Setor de Resíduos Sólidos e sua Prevenção
Riscos Físicos:
• Ruído proveniente do compactador de lixo dos
veículos de coleta, do equipamento de trituração de galhos de árvores e das
esteiras de seleção manual de resíduos nas usinas de compostagem, dos
trituradores de entulhos de construção civil, de máquinas e equipamentos
instalados em oficinas de manutenção, além do resultante do trânsito nas ruas
de grandes cidades.
• Vibração nos trabalhos de coleta, pelo fato de os
coletores trabalharem no estribo dos veículos coletores. Presente também em
postos de trabalho em que há trituração de entulhos (unidades específicas de
recebimento de entulhos) e de trituração de galhos (usinas de compostagem).
• Calor nos trabalhos a céu aberto, como os que são
executados nos aterros, nas usinas de compostagem e na varrição e coleta de
rua.
• Radiações não ionizantes pela exposição ao sol nos
serviços de varrição e coleta nas ruas, nos trabalhos nas usinas de compostagem
e pelos trabalhos de solda em oficinas de manutenção.
Como medidas de segurança recomenda-se:
• Adquirir veículos que emanem níveis menores de
ruído, promovendo sua adequada manutenção; enclausuramento e manutenção
preventiva de máquinas ou partes de máquinas ruidosas; execução dos trabalhos
de coleta em horários de menor tráfego de veículos.
• Instalar dispositivos amortecedores de impacto em
estribos de caminhões; promover adequada manutenção de veículos para reduzir
partes instáveis, geradoras de vibração.
• Alternar tarefas para reduzir exposição ao sol,
reduzir jornada para coletores, fornecer líquidos em quantidade satisfatória e
em condições adequadas para consumo.
• Fornecer cremes cutâneos contendo fatores de
proteção contra radiações ultravioleta A e B, com índice de proteção a ser
determinado pelo médico coordenador do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional - PCMSO. Instalar biombos em material incombustível nos postos de trabalho
de solda.
Riscos Químicos
• Exposição a resíduos de produtos inseticidas de uso
domiciliar, mal acondicionados pela população, além da presença de metais
(chumbo, cádmio, zinco, cobre, mercúrio e níquel) nas atividades de coleta de
resíduos contendo esses metais, com acondicionamento inadequado.
• Exposição à poeira de amianto nas oficinas de
manutenção de veículos nos trabalhos de retirada e colocação, a seco, de lonas
de freios de veículos contendo o mineral.
• Exposição a poeira mineral resultante da varrição
de ruas e da movimentação acentuada de veículos em aterros, cujos pisos não são
pavimentados pela própria finalidade do local.
• Manipulação de graxas, solventes (tolueno e xileno)
e óleos em oficinas de manutenção e cabines de pintura de veículos e peças.
• Exposição a fumos metálicos em trabalhos de solda
em oficinas.
• Inalação de gases resultantes do processo de
decomposição dos resíduos
orgânicos destinados a aterros e lixões a céu aberto (metano, gás
sulfrídico e mercaptanas)
• Exposição a dioxinas, a óxidos de enxofre, e
mercaptanas bem como possibilidade de exposição a tolueno e clorofenóis nos
serviços de incineração com falhas de vedação, com inoperância de sistemas
catalisadores para desnitrificação e destruição de dioxinas, falhas na
combustão (a combustão incompleta gera monóxido de carbono, dioxina, metais e
furanos).
• Exposição a monóxidos de carbono proveniente de veículos
em trabalhos de coleta de resíduos em vias públicas e em serviço de
incineração.
• Exposição a metais pesados carcinogênicos: cromo,
cádmio, arsênio, e berílio nos processos de incineração, pois esses metais não
são destruídos no processo e podem ser encontrados na fumaça emitida pelas
chaminés, nos particulados do sistema de despoeiramento e nas cinzas ou
escórias.
• Exposição a metais pesados não-carcinogênicos:
antimônio, bário, chumbo, mercúrio, alumínio, níquel, prata e tálio nos
processos de incineração, pois esses metais não são destruídos no processo e
podem ser encontrados na fumaça emitida pelas chaminés, nos particulados do
sistema de despoeiramento e nas cinzas ou escórias.
Como medidas recomenda-se:
• Alterar métodos de acondicionamento de resíduos por
meio de campanhas educativas junto à população, de programas públicos que
estimulem a coleta seletiva, de conteinirização de resíduos.
• Substituir lonas de freio contendo amianto por
outras isentas do mineral, promovendo, no mínimo, o acompanhamento médico dos
trabalhadores já expostos, conforme previsto na legislação trabalhista (NR 07 e
NR 15, Anexo 12) nas periodicidades e prazos nelas estabelecidas.
• Substituir produtos por outros atóxicos ou menos
tóxicos, instalar cabines de pintura com exaustão adequada e cortina d’água,
além de fornecer, treinar e exigir o uso de cremes protetores óleo-água
resistentes.
• Instalar ventilação/exaustão de fumos em serviços
de solda, além de promover adequado acompanhamento médico dos trabalhadores com
a realização de espirometria e radiografia de tórax (aerodispersóides não
fibrogênicos).
• Umidificar vias de circulação de veículos dos
aterros e vias públicas a serem varridas.
• A municipalidade deverá adotar locais/sistemas
adequados de destinação do lixo, tais como aterros sanitários, em conformidade
com métodos de engenharia (estudo geológico e topográfico) e normas técnicas,
com dispositivos de captação e drenagem de líquidos percolados, além de
captação e queima ou utilização dos gases liberados.
• Se forem adotadas usinas de incineração, essas
deverão seguir rigorosamente os padrões técnicos de modo a assegurar a
combustão completa de substâncias, devendo ainda serem dotadas de sistemas
herméticos de despoeiramento, além de sistemas de recolhimento, transporte e
destinação da escória gerada.
• Alterar ponto de descarga de resíduos da combustão
dos veículos coletores de sua base para o seu topo, de modo a reduzir o
monóxido de carbono e outros poluentes em zona respiratória de coletores. Pode
contribuir também a realização de coleta fora dos horários de tráfego intenso.
• Desenvolver incineradores mais eficientes quanto à
emissão de poluentes e adotar novas concepções para destinação do lixo que
abrange desde a produção, coleta e tratamento ou disposição compatíveis com a
saúde dos trabalhadores, da população em geral e do meio ambiente. Saliente-se
que a incineração tem sido combatida em todo o mundo, notadamente nos países desenvolvidos.
• Instituição de sistema de gestão de segurança e
saúde, incluindo empregados de empresas terceirizadas, contemplando aspectos
referentes aos riscos químicos.
Riscos de Acidentes
• Cortes e ferimentos por cacos de vidro, agulhas de
seringa mal acondicionadas.
• Esmagamento de partes do corpo pelo dispositivo
compactador dos veículos de coleta, por partes móveis de máquinas
desprotegidas, tais como esteiras de seleção de resíduos em usinas de
compostagem.
• Traumas em membros superiores pelo conjunto de
cilindros da máquina trituradora de galhos.
• Queda do estribo do veículo coletor pela velocidade
de subida e descida e pela insuficiência de dispositivos para sustentação do
empregado, além das causadas pelas irregularidades de pisos em vias públicas.
• Atropelamento para os empregados envolvidos na
varrição e coleta em ruas.
• Trauma provocado pelo gancho de suspensão das
caçambas de coleta de lixo.
• Traumas decorrentes do choque de partes do corpo
contra o veículo em movimento ou não.
• Explosão em aterros e lixões pela presença de
metano e em oficinas de manutenção com uso de .equipamentos de solda
oxi-acetilênica sem adequada inspeção periódica/conservação de cilindros de
gases.
• Mordeduras de animais (roedores em aterros, cães em
vias públicas, etc).
• Corpos estranhos nos olhos.
Como medidas recomenda-se:
• Educar a população quanto ao correto
acondicionamento de resíduos, estimulando-se e garantindo meios para a coleta
seletiva. Em casos de difícil operacionalização da coleta seletiva, o incentivo
para a simples separação de resíduos secos dos orgânicos já garantiria melhores
condições para aproveitamento e reciclagem.
• Desenvolver máquinas e equipamentos que tenham
partes perigosas devidamente protegidas.
• Adquirir veículos com dispositivos melhores para
sustentação de empregados e com dispositivos adequados de suspensão de
caçambas. Adotar medidas de organização de trabalho, capazes de reduzir
premência de tempo na execução das tarefas, reduzindo riscos decorrentes da
grande velocidade de subida e descida nos estribos, de recolhimento de
embalagens de lixo, etc.
• Realizar coleta em horários de menor afluxo de
veículos.
• Adotar uniformes de trabalho em cores bem visíveis
para reduzir riscos de atropelamento.
• Sinalizar, em cores visíveis, carrinhos de coleta
de resíduos de varrição.
• Adotar dispositivos adequados para exaustão e
eliminação de metano e outros gases explosivos nos aterros sanitários. Proceder
adequada inspeção periódica vasos sob pressão, como cilindros de gases em
equipamentos de solda oxi-acetilênica.
• Promover campanha de educação da população para
vacinação de animais e para não permitir animais soltos oferecendo risco aos
coletores.
• Proporcionar adequada proteção ocular para
trabalhos com risco de lesão.
• Instituição de sistema de gestão de segurança e
saúde, incluindo empregados de empresas terceirizadas, contemplando aspectos
referentes aos riscos de acidentes.
Riscos Biológicos
• Exposição a protozoários, fungos, bactérias e
vírus, notadamente aos vírus das hepatites por contato com resíduos humanos,
seja na forma oral ou parenteral (trauma pérfuro-cortante).
• Exposição a bactérias em particulados suspensos no
ar, por trauma pérfurocortante e por contato com urina de roedores (bactéria da
leptospirose).
• Para coletores o risco é majorado pela necessidade
de aproximar embalagens de lixo do corpo, para conseguir carregá-lo.
• Exposição a quaisquer agentes biológicos para
encarregados de seleção de resíduos por categoria em linhas de separação
(esteiras em usinas de compostagem, como trabalho anterior à trituração de
resíduos).
Como medidas de segurança recomenda-se:
• As empresas devem propiciar condições adequadas
para cuidados rigorosos com a higiene pessoal, incluindo banho ao término da
jornada de trabalho, fornecimento de uniformes para troca diária, com
higienização a cargo da empresa, pois nesses serviços deverão ser entendidos
como equipamento de proteção individual – EPI, além da disponibilização de
vestiários dotados de armários individuais de compartimento duplo, com sistemas
isolados para recepção da roupa suja e uso de roupas limpas.
• Para trabalhos executados em logradouros públicos
deverão ser garantidas condições mínimas para satisfazer necessidades
fisiológicas, para cuidados básicos de higiene, além de propiciar condições
mínimas de conforto por ocasião de refeições, providenciando, por exemplo, a
instalação de unidades de apoio móveis ou não.
• Elaboração de protocolo de imunização, com prévia
avaliação sorológica dos trabalhadores com possibilidade de exposição aos vírus
das hepatites, ou outras doenças (tétano, difteria, tuberculose, influenza,
etc.) passíveis de proteção por meio de vacinação, aprovada por autoridade
competente.
• Adequado acompanhamento médico, incluindo a
realização de exames parasitológicos e microbiológicos de fezes, sorologia para
leptospirose, etc. por ocasião das avaliações médicas.
• Adoção de sistema adequado de proteção individual,
quando for tecnicamente comprovada a impossibilidade de adoção de proteção
coletiva, tendo-se em mente de que a proteção pretendida pode não ser
alcançada, pois, na prática, os EPI podem ser inadequados para as condições em
que os trabalhos são realizados. Por exemplo, as botas costumam ter altura
superior ao espaço disponível para encaixe dos pés no estribo.
• Educação da população quanto aos métodos adequados
de acondicionamento de resíduos.
• Instituição de sistema de gerenciamento
diferenciado para controle dos tratamentos preliminares, acondicionamento,
coleta e destinação final de resíduos provenientes de serviços de saúde (ações
intra e extra estabelecimentos de saúde), envolvendo em sua elaboração os diversos
segmentos da sociedade que possam ter atividade correlata (associações de hospitais
e serviços de saúde, associações de profissionais da área de saúde, órgãos
públicos envolvidos com meio ambiente, saúde, limpeza urbana, universidades,
outros segmentos da sociedade). Criar canais de comunicação entre as
instituições, para envolvê-las nas ações de fiscalização, estabelecendo-lhes
competências.
• Instituição de sistema de gestão de segurança e
saúde, incluindo empregados de empresas terceirizadas, contemplando aspectos
referentes aos riscos biológicos.
Riscos Ergonômicos
• Para coletores de resíduos, esforço físico
exacerbado, envolvendo caminhar/correr até 40 km/dia (em algumas cidades de
relevo acidentado o esforço é muito aumentado), subir e descer inúmeras vezes
ao dia do estribo do caminhão de coleta, que não é concebido levando em
consideração as variáveis antropométricas, carregar peso, varrer locais onde
são instaladas feiras livres, ao seu término, sem que estejam instituídas
pausas.
• Sobrecarga muscular estática e dinâmica para
coletores, varredores, operadores de máquinas de acionamento repetitivo e para
os que laboram em esteiras de seleção de materiais, em usinas de reciclagem.
• Posturas inadequadas (trabalho de pé, flexão e
torção repetida de segmentos corporais), sem que estejam instituídas pausas.
• Coleta e trabalhos nos aterros em horário noturno.
• Para coletores há contradições na determinação da
tarefa (organização inadequada do trabalho), já que há orientação para executar
trabalhos em ritmo que evite acidentes, mas estimula-se a jornada por tarefa
cumprida (determinação do trecho do dia).
• A imprevisibilidade do conteúdo do trabalho, que ao
mesmo tempo em que permite ao coletor laborar na rua, “livre”, o expõe a
condições variáveis do trânsito, da população alvo, do clima, do conteúdo do
lixo, do dia da semana (por exemplo, às segundas feiras o lixo é mais volumoso,
em estado avançado de putrefação).
• A constatação, pelo coletor, de que grande parte da
população o confunde com o lixo, dando invisibilidade ao seu trabalho, gerando
baixa auto estima.
Como medidas de segurança recomenda-se:
• Realizar a análise ergonômica do trabalho, com
documento a ser mantido à disposição da fiscalização do Ministério do Trabalho
e Emprego, contemplando todas as atividade que envolvam riscos dessa natureza e
tendo em conta que as condições de trabalho devem estar adaptadas às
características psicofisiológicas dos trabalhadores. Deverá estar contemplado
no mínimo:
a) características dos postos de trabalho e condições gerais de máquinas
e equipamentos utilizados, além de possíveis impactos na saúde dos
trabalhadores.
b) Aspectos relacionados à sobrecarga estática e/ou dinâmica de
segmentos corporais, tais como esforço físico exigido, levantamento de peso,
movimentos corporais envolvidos, posturas assumidas no desenvolvimento das
tarefas, desvios articulares, grupos musculares e regiões corporais envolvidos
e possíveis repercussões sobre a saúde dos trabalhadores.
c) Questões relacionadas com a organização do trabalho, envolvendo a
análise do trabalho prescrito e o real, as normas reais de produção, exigência
de tempo, conteúdo das tarefas, ritmos de trabalho, horas-extras, trabalhos em
turnos, incidência de queixas dos trabalhadores em relação ao acometimento de
regiões corporais exigidas no desempenho das tarefas, análise da satisfação no
trabalho e do clima organizacional de empresa.
d) Deverão ser colhidas as impressões e sugestões dos trabalhadores
sobre os aspectos acima listados e os resultados deverão compor a análise
ergonômica.
e) Deverá haver a indicação cientificamente fundamentada da necessidade
ou não de pausas e alternância de tarefas. No caso de pausas deverão estar
explicitadas a duração e periodicidade. Para a alternância de tarefas detalhar
grupos musculares a serem poupados.
As recomendações de intervenção ergonômica deverão ser acompanhadas de
cronograma de implementação.
• Promover adequado acompanhamento médico para
verificar adoecimento decorrente/agravado por trabalhos que imponham riscos
ergonômicos. Os dados alterados deverão compor o Relatório Anual do Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo surtir efeitos nas ações
de combate/controle de fontes de adoecimento no trabalho.
• Instituição de sistema de gestão de segurança e
saúde, incluindo empregados de empresas terceirizadas, abordando aspectos
ergonômicos.
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