Experiências relevantes identificadas nas empresas:
Algumas iniciativas das empresas, que acrescentam qualidade na gestão da
Saúde e Segurança foram identificadas e merecem ser comentadas, devido ao
caráter inovador, criativo e de potencial reprodução em outros empresas e
serviços. Dentre elas citamos:
Ø Desenvolvimento de INTRANET com disponibilização de informações úteis
para a gestão de saúde e segurança na empresa (SANEPAR /PR; COPASA/MG).
Ø Desenvolvimento de manuais detalhados para treinamento e consulta
relacionados à EPI (procedimentos para seleção, especificação e reposição),
CIPA, ordens de serviço, manual de obras de saneamento (SANEPAR).
Ø Elaboração da Cartilha do Presidente da CIPA contendo informações gerais
sobre os procedimentos de implantação e funcionamento da CIPA, sugestão de
plano de trabalho, roteiros de inspeção, orientação sobre o mapeamento de
risco, etc. (COPASA).
Ø Elaboração de cartilha ilustrada com as ordens de serviço de segurança (SANEPAR).
Ø Estruturação de municipais, grupo de trabalhadores em pequenas
localidades e sistemas, que reúnem periodicamente e remetem as necessidades de
saúde e segurança para as CIPAs, e realização de DIPATs - dias de prevenção de acidentes
de trabalho, descentralizados para atingir maior número de trabalhadores
(SANEPAR).
Ø Elaboração e implantação de Planos de Emergência em situações com
potencial de extravasamento de esgoto, emergências em mananciais de
abastecimento, incêndio, transporte rodoviário de gás cloro e vazamento de gás
cloro em estações de tratamento de água (abordando além dos aspectos
operacionais, os procedimentos de segurança para os trabalhadores, os EPI e EPC
e Kits de emergência).(SANEPAR).
Ø Plano de contingência para vazamento de cloro (COPASA).
Ø Elaboração de fichas e placas informativas em caso de intoxicação por
cloro, informando aspectos toxicológicos do cloro, procedimentos de socorro e procedimentos
médicos necessários, as quais devem acompanhar os acidentados para orientar os
socorristas e o serviço médico.(SANEPAR).
Ø Elaboração de manual de obras, que aborda condições sanitárias, EPI, procedimentos
em caso de acidentes de trabalho, sinalização, trabalho a céu aberto,
explosivos, instalações elétricas, ferramentas, máquinas e equipamentos, escavações
e fundações, prevenção e combate a incêndio, SESMT, fiscalização e escoramento
(madeira, metálico e misto).
Ø Participação de representante do sindicato dos trabalhadores na CIPA (reivindicação
do sindicato de trabalhadores atendida pela empresa) (COPASA).
Ø Reuniões itinerantes de CIPA para envolver o maior número de
trabalhadores e locais de trabalho (COPASA).
Ø Norma técnica (T193/0) visando a segurança de trabalho em ambientes confinados
e norma P117 lampião teste de gás (procedimento de segurança em espaços
confinados) (COPASA).
Ø As empresas CAVO – Companhia Auxiliar de Viação e Obras (Curitiba) e SLU
– Superintendência de Limpeza Urbana ( Belo Horizonte) disponibilizam educação formal
de adultos aos seus empregados, com cursos de alfabetização e certificação do
ensino fundamental até o 2° grau. Ambas promovem curso de direção defensiva para os motoristas. A
SLU disponibiliza também curso de dinâmica da língua portuguesa e noções para
comunicação escrita.
Ø A empresa SLU desenvolve uma série de projetos voltados para os
funcionários (apenas os funcionários próprios, não incluindo os terceirizados),
tais como: Saúde do Servidor: consta de programa de orientação de doentes
crônicos (hipertensão arterial) e programa de prevenção ao abuso do álcool.
Ø Cidadania e Valorização do Servidor: incluindo projeto de atendimento
“in loco” (assistência social no local de trabalho); Visita ao Aterro Sanitário
(para levar o servidor a conhecer o seu processo de trabalho); Coral Reciclar
(desenvolvimento por meio de arte, música e do lúdico); Cidadania e Trabalho
(abordar as mudanças de processo de trabalho e de reforma administrativa);
Busca de Melhorias nas Relações de Trabalho (solucionar problemas de
relacionamento interpessoal nos locais de trabalho); Preparação para a
Aposentadoria (discutir a aposentadoria enquanto nova etapa de vida e seu
potencial); Redução de Acidentes do Trabalho (por meio da valorização do
servidor); Atendimento ao Servidor com dificuldade de Adaptação no Trabalho.
Ø Treinamento e Desenvolvimento: Projetos de Desenvolvimento de Recursos Humanos
(discussão de temas do cotidiano, disseminação de conhecimento, cursos, palestras
e eventos, treinamentos introdutórios de integração, abordagem de relações interpessoais,
técnicas de atendimento ao público, capacitação dos servidores para
Ø apresentações públicas, desenvolvimento gerencial, promoção de
cooperação em equipes).
Ø São regularmente desenvolvidas pelas empresas campanhas educativas, envolvendo
a comunidade, para que promovam o acondicionamento correto dos resíduos, em
especial material perfuro- cortante. Tais campanhas utilizam diversos
Ø recursos de mídia, como inserções em rádio, TV, como também material didático
impresso.
Ø Projetos Lixo que não é Lixo, da Prefeitura de Curitiba: Coleta Seletiva
regular, de resíduos sólidos recicláveis, em caminhão especial, incentivando a
população, a separar adequadamente os resíduos recicláveis, contribuindo com a
consciência ambiental, com a redução de volume de resíduos aterrados e com a
melhoria de aspectos das condições de trabalho dos coletores. A coleta abrange
a totalidade das vias do município, resultando aproximadamente 1800 toneladas
por mês.
Ø Projeto Câmbio Verde, da Prefeitura de Curitiba: troca de material
reciclável (papel, plástico, metais, etc.), por gêneros hortifrutigranjeiros,
em comunidades carentes, com a participação de equipes de coletores. São
coletadas cerca de 360 toneladas de produtos recicláveis, envolvendo mais de
1800 famílias. Esse projeto além de reduzir o volume de trabalho dos coletores,
enriquece sua tarefa, incrementa o conceito da importância social do seu
trabalho, permite seu envolvimento em trabalhos de cunho social, gerando
satisfação pessoal com a atividade.
Ø Projeto Compra do Lixo da Prefeitura de Curitiba: desenvolvido nas
comunidades carentes, em especial em vilas e favelas, onde a forma de
urbanização não permite a entrada de caminhões de coleta. São distribuídos
sacos de lixo para a comunidade, que recolhe o resíduo orgânico e
indiferenciado, dispondo-os em sacos e transportando-o para uma caçamba,
instalada próxima da residência de um líder comunitário e recolhida
diariamente. Os volumes entregues são pesados, e cada 5 quilos de resíduo é
trocado, semanalmente, por um quilo de gênero hortifrutigranjeiro. Tal projeto
traz os mesmos benefícios descritos anteriormente. São coletadas 500 toneladas
de resíduos por mês.
Ø Conteinerização dos resíduos: Caminhão especial, que realiza a coleta em
algumas regiões de Curitiba, onde há concentração de edifícios domiciliares,
por meio de containers que, transportados ao caminhão, são automaticamente despejados
no compactador, e evitando acidentes pérfuro-cortantes e reduzindo vitando
contato do coletor com os resíduos e assim riscos ergonômicos.
Ø Coleta Especial para Resíduos Domiciliares: consiste na entrega
voluntária pela população do lixo tóxico existente em suas casas, tais como
pilhas, baterias de telefones celulares, tintas, lâmpadas fluorescentes,
embalagens de inseticidas. O material coletado é encaminhado até a Central de
Tratamento de Resíduos Industriais de Curitiba – C.T.R.I., onde são
neutralizados.
Ø Projeto “Para Dez” do Setor de Varrição da SLU: desenvolvido após
identificar exposição a fatores de risco relacionados a LER/DORT. Representa a
adoção de interrupção dos trabalhos de varrição por 10 minutos a cada 50
trabalhados. Nos contratos de prestação de serviços há cláusula exigindo a
mesma conduta para empregados de empresas terceirizadas.
Ø Instalação de Mini Ponto de Apoio – MPA: a SLU, instalou em vários
pontos da cidade o MPA, estrutura de concreto para suporte aos trabalhos de
varrição, visando possibilitar condições sanitárias e de conforto, para os
profissionais da
Ø varrição. A utilização é estendida a empregados de terceiras. No
interior dos MPA há pia, armários individuais, aquecedor de marmitas, chuveiro
elétrico, vaso sanitário e água corrente. A chave do MPA fica com a líder da
equipe. Além dos MPA, em cada região da cidade há alojamentos, em alvenaria,
com maior capacidade e condições de conforto.
Ø Vassouras Recicláveis: para proporcionar maior conforto nos trabalhos de
varrição, a SLU passou a utilizar vassoura confeccionada em material reciclado,
com peso bem inferior aos dos modelos convencionais, além da superior
durabilidade.
Todas as
iniciativas já identificadas nas empresas que venham acrescentar ganhos à
qualidade de vida e trabalho dos trabalhadores do setor de resíduos sólidos, tais
como intervenções ergonômicas, novas tecnologias de processo de trabalho, educação
de adulto, reabilitação de acidentados, suporte assistencial à famílias, treinamentos,
estratégias de envolvimento e participação dos trabalhadores, devem ser
valorizadas e divulgadas em notas técnicas ou recomendações, nas quais devem estar
asseguradas condições similares de segurança, saúde, formação e qualidade de
vida no trabalho
para todos os trabalhadores, independente da forma do vínculo empregatício.
2° Capítulo: RISCOS NO SETOR SANEAMENTO E SUA PREVENÇÃO Tratamento de Água.
O objetivo das plantas de tratamento de água (Estações de Tratamento de Água
- ETA) é o de eliminar os elementos contaminantes (tratamento higiênico), atendendo
as necessidades humanas e respeitando os limites impostos pelas legislações.
Para tal é necessário que se consiga que os contaminantes da água convertam-se
em resíduos insolúveis (lodos), em líquidos (óleos) ou em gases (nitrogênio),
mediante a aplicação de tratamentos apropriados. Há ainda os tratamentos
estéticos (correção da cor, sabor e turbidez) e o econômico, para redução da
corrosividade, dureza, etc.).
O processo de transformação da água em um produto apropriado para o
consumo passa por diversas etapas, constituídas basicamente por :
Ø Captação que pode ser superficial (rios, lagos e represas) e
subterrânea, com ou sem uso de sistemas de bombeamento.
Ø Oxidação de metais, como o ferro e o manganês, com o uso de cloro ou similar,
para torná-los insolúveis.
Ø Coagulação, que consiste na desestabilização (neutralização das cargas elétricas)
das partículas coloidais possibilitando a sua aglomeração e formação dos
flocos. Para tal faz-se a adição de produtos (mais comuns são a cal para controle
de pH, o sulfato de alumínio (Al2 (SO4)3 e o cloreto férrico como coagulantes
primários);
Ø Floculação realizada em tanques para formação de flocos de impurezas maiores.
Ø Decantação que consiste na separação dos flocos de resíduos da água que irão
para o fundo dos tanques pela ação da gravidade.
Ø Filtração em sistemas compostos por filtros lentos, rápidos e de
pressão, conforme sua velocidade ou pressão. Os filtros são constituídos primordialmente
de camadas de antracito, areia e cascalho.
Ø Desinfecção utilizando-se cal clorada, hipocloritos e mais comumente o
cloro como desinfetante, mantendo-se residual do produto para assegurar a ausência
de contaminação durante o trajeto por redes e reservatórios até os usuários, já
que pode permanecer fonte de contaminação pela formação de biofilmes
microbianos. Com o uso de cloro nessa etapa há a formação dos Triahalometanos,
cujos limites máximos determinados pela Organização Mundial de Saúde e pelo
Ministério da Saúde no Brasil, são os de 0,1 mg/litro (100 microgramas por
litro), caso contrário poderão ser maléficos à saúde de consumidores finais do
produto.
Ø Estabilização do pH, por meio da adição de cal à água Fluoretação
(fluossilicato de sódio) como agente de prevenção de cáries dentárias. São necessários
cuidados com a dosagem, caso contrário poderá causar a fluorose).
Riscos no Trabalho em Estações de Tratamento de Água - ETA:
Riscos Físicos:
Ø Radiação não-ionizante pela exposição ao sol para trabalhos a céu aberto
e nos trabalhos de solda em oficinas de manutenção.
Ø Ruído proveniente de máquinas e equipamentos, especialmente as de
setores de elevatórias, roçadeiras de gramíneas, equipamentos de jateamento de
areia utilizados para recuperação de hidrômetros, máquinas de aspersão de
Ø produtos químicos em represas e lagos.
Ø Vibração, notadamente em centrais de comando de elevatórias, quando
essas estão instaladas em pavimento superior ao de casa de máquinas.
Ø Umidade.
Ø Situações em que o Índice de IBUTG esteja acima do limite de tolerância,
tais como trabalho a céu aberto, ambientes sem ventilação adequada.
É necessária a
adoção de medidas. Assim recomenda-se:
Ø Fornecer proteção contra a exposição ao sol para tarefas com postos de trabalho
fixos, tais como toldos, guarda-sol com haste flexível para possibilitar adaptação
ao posicionamento do sol durante o dia.
Ø Alternar tarefas de modo a reduzir a exposição ao sol.
Ø Fornecer cremes cutâneos contendo fatores de proteção contra raios ultravioleta
“A“ e “B”, com potencial de proteção a ser definido pelo médico coordenador do
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO.
Ø Fornecer anteparos executados em material incombustível para proteção de
trabalhadores circunvizinhos aos trabalhos com solda e de equipamentos de proteção
individual, para o soldador propriamente dito, promovendo seu adequado
acompanhamento médico no que se refere à realização de radiografia de tórax e
espirometria, por tratar-se de fonte de exposição de aerodispersóides não fibrogênicos.
Ø Realizar dosimetria de ruído, de no mínimo 75% da jornada efetiva de
trabalho, para avaliar a real exposição de trabalhadores ao risco. Em casos em
que ficar comprovada dose maior ou igual a 80 dB(A), deverá a empresa instituir
o
Ø Programa de Conservação Auditiva – PCA. Na impossibilidade técnica de redução
da geração/propagação/exposição ao ruído, adotar-se-á o uso de EPI, cuidando-se
para que ofereçam a proteção requerida.
Ø Quanto à umidade deve ser exigida a ênfase ao exame dermatológico por ocasião
de quaisquer avaliações médicas, assim como a adoção de adequadas medidas de
proteção individual.
Ø Avaliar as condições de conforto térmico, adotando-se medidas tais como alternância
de tarefas, feitas em locais com maior conforto térmico, fornecimento
satisfatório de líquidos, etc.
Riscos de
Acidentes:
Ø Explosões em atmosferas contendo metano, tais como em espaços confinados
(poços de visita, valas subterrâneas, locais de instalações de registros,
tanques de sedimentação esvaziados para reparos). Registre-se ainda o risco de explosões
nos trabalhos em oficinas de manutenção com uso de equipamentos de solda
oxi-acetilênica sem adequada inspeção periódica/conservação de cilindros de
gases.
Ø Operação de máquinas ou partes delas (motores em elevatórias, bombas e seus
dispositivos mecânicos, principalmente, se acionados inadvertidamente em
momentos de manutenção).
Ø Contusões e quedas (pelas diferenças de nível e umidade no solo).
Ø Soterramento em obras de construção e reparação de redes de água.
Ø Acidentes por atropelamento, pelo desempenho de tarefas em vias
públicas.
Ø Acidentes de trânsito, tais como abalroamento, em atividades externas em
que o trabalhador desloca-se em veículos particulares ou da empresa.
Ø Choques elétricos em escavações em virtude de contato com redes
elétricas subterrâneas energizadas, com equipamentos não aterrados, com partes elétricas
desprotegidas de máquinas e equipamentos. Atentar para a possibilidade de
existirem tarefas de manutenção em partes submersas de
Ø máquinas elétricas.
Ø Picadas de animais peçonhentos na entrada em poços de visita (PV) e em trabalhos
de capina de áreas verdes de estações de tratamento de água.
Ø Afogamento por queda em tanques de tratamento, nas observações
rotineiras do setor e em represas e lagos, nas operações de aspersão de
produtos químicos, com utilização de embarcações que não oferecem proteção adequada.
Ø Traumas por queda de materiais, tais como tubos, manilhas e sacarias nos
procedimentos de carga, descarga e armazenamento.
Ø Mordedura de cães nas atividades realizadas em vias públicas, tais como
a de leitura de consumo de água.
Como medidas de
segurança recomenda-se:
Ø Averiguar previamente a concentração de oxigênio e a presença de gases tóxicos
antes de se adentrar o espaço confinado, providenciando-se ventilação/exaustão
mecânica adequadas para correção das não conformidades, se necessário. Por
exemplo a insuflação/exaustão de ar.
Ø Adequar treinamento de trabalhadores quanto a medidas de segurança para adentrar
a locais confinados, incluindo a suspensão dos trabalhos nos casos em que
persistirem condições inadequadas para a execução das tarefas prescritas.
Manter equipe composta por no mínimo 3 pessoas, autorizadas a laborar somente
mediante Permissão para Trabalho - PT.
Ø Utilizar completa e corretamente os EPI. No caso de trabalhos em poços
de visita o uniforme deverá ser impermeável, constituído de peça única para não
permitir solução de continuidade, que poderia expor a pele do trabalhador ao contato
com animais peçonhentos.
Ø Adequar sinalização do local, especialmente em se tratando de trabalhos
em vias públicas para reparo de redes.
Ø Treinar em direção defensiva os trabalhadores que utilizem veículos.
Ø Adotar de sistemas de controle que impossibilitem o acionamento
inadvertido de máquinas em manutenção. Para a possibilidade de manutenção de
partes submersas de máquinas, cuidar para o desligamento e desenergização prévios,
o uso de equipamentos adequados de mergulho por profissionais especialmente
treinados para tais tarefas, que serão executadas, no mínimo, por 2
profissionais.
Ø Emitir ordens de serviço e/ou de procedimentos operacionais a serem adotados
para manutenção de máquinas procedendo aos pertinentes treinamentos de
trabalhadores.
Ø Instalar proteção coletiva nos locais com riscos de queda e, na
impossibilidade técnica, fornecimento e exigência de uso de EPI.
Ø Garantir que as instalações elétricas estejam desenergizadas e com isolamento
adequado, estando máquinas aterradas.
Ø Adotar medidas adequadas quanto ao prévio estudo do solo, adequado escoramento
de valas e deposição de resíduos delas retirados, etc.
Ø Proibir o fumo e o porte de equipamentos capazes de gerar fagulhas e
faíscas.
Ø Realizar inspeção periódica de cilindros de gases em equipamentos de
solda oxi-acetilênica, conforme previsão da Norma Regulamentadora 13.
Ø Adotar procedimentos operacionais padronizados, com adequado treinamento
de trabalhadores, quanto à sinalização e isolamento de áreas sob içamento, transporte
e empilhamento de materiais.
Ø Fornecer equipamentos contra afogamento, treinando e exigindo o uso. Na possibilidade
de uso de cinto de segurança, adotá-lo como rotina, tais como nas atividades de
limpeza de grades de remoção preliminar de impurezas da água, situação em que a
edificação em que estiverem instaladas as grades pode servir de ponto de
fixação de cintos.
Ø Promover campanha de educação da população para vacinação de animais e para
não permitir animais soltos oferecendo risco aos leituristas.
Riscos Químicos:
Ø Poeira em processos de reparação de hidrômetros, pois em alguns locais
são utilizados sistemas de jateamento de areia. Atentar para a possibilidade de
exposição a amianto nos processos de retirada e recolocação, a seco, de lonas de
freio contendo o mineral.
Ø Exposição a inseticidas, incluídos os do grupo dos organofosforados, nas
tarefas de limpeza e manutenção de margens de represas.
Ø Exposição a cloro gasoso (CL2) nos processos de oxidação de metais e na etapa
de desinfecção da água. O cloro é previamente dissolvido em menores volumes de
água para posterior adição em tanques. O cloro gasoso pode ocasionar, inclusive
em pequenas concentrações, alterações em vias aéreas em conseqüência da
formação de ácido clorídrico. As alterações vão de irritação até a síndrome de
sofrimento respiratório do adulto, e ao edema agudo de pulmão em concentrações
de 40 a 60 ppm, sendo fatal após 1 hora
Ø de exposição a concentrações de 50 a 100 ppm.
Ø Exposição a dióxido de cloro e cloritos nos processos de tratamento de
água.
Ø Exposição a gás metano em poços de visita e tanques esvaziados para reparos.
O metano compete com o oxigênio reduzindo sua concentração no ambiente,
representando risco de asfixia, além de poder ocasionar explosão na presença de
fagulha ou fonte de ignição.
Ø Produtos químicos utilizados nos laboratórios de análises. Gases e
vapores em setores de manutenção e em laboratórios de análises químicas.
Ø Contato com óleos, graxas e solventes em oficinas de manutenção e de
pintura de veículos e máquinas em geral.
Ø Exposição a diversos produtos químicos decorrente de inadequações nos processos
de diluição, acréscimo de soluções de produtos à água e armazenamento.
Como medidas de
segurança recomenda-se:
Ø Substituir processo de jateamento de areia pelo de granalha de aço. Até completa
substituição, adotar correta avaliação e acompanhamento médico dos expostos.
Ø Substituir lonas de freio contendo amianto por outras isentas do
mineral, promovendo, no mínimo, o acompanhamento médico dos trabalhadores já expostos,
conforme previsto na legislação trabalhista (NR 07 e NR 15, Anexo 12) na
periodicidade e prazos nelas estabelecidas.
Ø Promover o adequado acompanhamento médico em empregados encarregados de
realizar tarefas de limpeza de margens de represas e lagos, pelo risco da
exposição a organofosforados.
Ø Instituir Planos de Contingências e Controle de Emergência para
situações de vazamento de produtos tóxicos.
Ø Elaborar programa de treinamento em higiene visando esclarecer sobre os métodos
de manuseio e utilização de substâncias e seus riscos à saúde.
Ø Providenciar enclausuramento ou isolamento dos processos. Dotar
laboratórios de equipamentos tais como exaustores, capelas, etc.
Ø Instituir ventilação e exaustão em locais com possibilidade de
vazamentos de produtos.
Ø Instalar chuveiros e lava-olhos em locais com possibilidade de contato
com cloro e outros produtos capazes de causar lesões cutâneas e oculares.
Ø Proibir formalmente o fumo durante trabalhos em locais confinados ou com
possibilidade de conter metano.
Disponibilizar
conjuntos respiratórios autônomos para situações emergenciais, promovendo o
adequado treinamento para seu uso. Fornecer e tornar obrigatório o uso de
equipamentos de proteção individual – EPI Aprimorar processos de diluição e
acréscimo de soluções de produtos à água e de processos de armazenamento,
buscando reduzir/eliminar o manuseio desses produtos e instituir métodos
adequados de armazenamento. Tais medidas deverão ter em conta também os
possíveis danos ao meio ambiente.
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