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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

GÁS NATURAL COM ÓLEO

Abastecimento gera problemas para os veículos

GÁS NATURAL COM ÓLEO

E o GNV? Temos aí um grande problema. Como fiscalizar os 1.446 postos que abastecem com GNV? Quais os procedimentos para a fiscalização? Quais os pontos de selagem dos dispensers? Quanto de óleo é permitido por metro cúbico de gás natural, no abastecimento? Qual é a densidade do gás natural quando o estado é abastecido por mais de uma fonte?
Existe a normativa da ANP – Agência Nacional de Petróleo, que regulamenta alguns pontos, como a pressão máxima de abastecimento – 220 kgf/cm² – (200 kgf/cm² + 10%) e a especificação do GNV.
A Petrobras, na década de 80, exigia que o máximo permitido de óleo no gás, para uso automotivo, fosse de 0.001 ppm (partes por milhão) e que o princípio de medição do GNV ao cliente fosse Coriolis.
Constatado que esta exigência selecionava alguns fabricantes de equipamentos (compressores), ela foi sendo deixada de lado, dando oportunidade para fabricantes de compressores lubrificados, sempre mais baratos que os isentos de óleo na compressão, ganhassem o mercado pelo preço. Hoje, temos a maioria dos postos com compressores lubrificados, que arrastam um volume de óleo muito grande para o cilindro e redutor do veículo consumidor. Não posso aqui quantificar este volume de óleo, pois depende de cada fabricante, da estocagem fixa e da manutenção. Não estaria errando em afirmar que há compressores, lubrificados, que enviam por dia um volume de 2 litros de óleo para os consumidores.
Outro aspecto que temos que considerar é qual a densidade deste gás após a compressão, com esta mistura de óleo. Como ainda não existe o plano de selagem para os dispensers, é muito fácil proceder à alteração da densidade, e desta forma burlar o consumidor e os órgãos de fiscalização, utilizando uma densidade durante o abastecimento e outra quando da fiscalização.
Não é raro o consumidor ficar surpreso que o cilindro do seu veículo, quando dos primeiros abastecimentos, caiba o volume especificado pelo fabricante e com a continuidade dos abastecimentos este volume vá diminuindo.
Podem existir algumas variações pela temperatura de abastecimento, pois quanto mais baixa a temperatura de abastecimento maior o volume, de gás, com a mesma pressão. O volume especificado pelo fabricante do cilindro perde muito com o acúmulo de óleo arrastado pela compressão, ocupando assim o espaço para o gás.
Fazendo uma atuação semelhante à que foi feita nos postos de combustíveis líquidos, vamos ter surpresas muito desagradáveis, não com adulteração, mas com uma variação muito grande de volume. Concluindo, temos dois fatos principais a considerar: calibração e medição dos dispensers e perda de autonomia do veículo por acúmulo de óleo dentro do cilindro do usuário.
Autor/Fonte: Carlos Augusto Sobrinho

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