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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

CUIDADO AO TRAFEGAR NAS INSTALAÇÕES INTERNAS DO SUPERMERCADO EXTRA



SENHORES. ESTA ABERRAÇÃO DE GRAVE RISCO ELÉTRICOS, AOS CLIENTES E FUNCIONÁRIOS, ESTA EM DESCUMPRIMENTO DA NORMA REGULAMENTADORA NR.º 10 - SEGURANÇA EM SERVIÇOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, FOI CONSTATADA, POR MIM, NO SUPERMERCADO EXTRA DA AVENIDA EXPEDICIONÁRIA - MONTESE -CE, CHAMEI O RESPONSÁVEL E SOLICITEI A IMEDIATA RETIRADA DESTA INSTALAÇÃO, SOB PENA DE DENUNCIA. AINDA FIQUEI, NO AMBI  ENTE POR 1(UMA) HORA, CUIDANDO PARA OS CLIENTES NÃO SOFREREM UM ACIDENTE



NR 13 -Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações - CONTINUIDADE - PARTE 20



4 - MÉTODOS DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Com respeito às características da água, deve-se procurar conhecer, através de análise, certo número de elementos constituintes que definirão o método a ser adotado, no que diz respeito ao pré-aquecimento.

Constituinte
Quantidade média em água bruta
Como tratar
Gás carbônico
02 a 10 ppm
  • Desgaseificação
  • Desmineralização
Oxigênio
10 ppm
  • Desaeração, sulfito de sódio e hidrazina
Sólidos
25 a 500 ppm
  • Desedimentação
Dureza
Acima de 20 ppm
  • Abrandamento e dispersão anti-incrustante
Sólidos totais dissolvidos
25 a 500 ppm
  • Estimar freqüência de purgas e necessidade de desmineralização
pH
7,0 a 7,8
  • Soda, fosfato ou outros alcalinizantes
Alcalinidade
Acima de 200 ppm
  • Desalcalinização
Cloretos
Acima de 50 ppm
  • Desmineralização

São empregados diversos métodos de tratamento de água. Costuma-se classificá-los em métodos de tratamento externo e métodos de tratamento interno.
Método de tratamento interno:
}  Precipitação com fosfato
}  Quelatos
}  Aminas fílmicas.
}  Aminas neutralizantes.
}  Sulfito de sódio.
}  Hidrazina.
Método de tratamento interno:
}  Precipitação ou Desaeração.
}  Quelatos.
}  Aminas filmicas.
}  Aminas neutralizantes.
}  Sulfito de sôdio.
}  Hidrazina.

4.1 Métodos de tratamento externo
 São usados para tratar a água antes que ela entre nas caldeiras. O tratamento pode ser feito através de vários processos, dependendo das condições em que se encontra a água.
Se estiver muito carregada de impurezas e partículas sólidas visíveis, pode-se utilizar um sistema de filtragem com areia (isso normalmente ocorre quando a água é captada diretamente do rio), ou ainda, por no tanque de decantação a cal, como se faz para o abastecimento urbano de água. Um outro processo consiste em usar aparelhos especiais (abrandadores), destinados a eliminar a dureza da água e corrigir o seu pH.
Bastante usado, também, é o método da desaeração, que tem por finalidade fazer a remoção dos gases que se encontram na água, como o oxigênio e o gás carbônico.
Os métodos de tratamento externo mais utilizados são:
}  Clarificação
}  Filtração
}  Troca Iônica
}  Desgaseificação ou Desaeração
}  Destilação


 4.1.1 Clarificação
Este processo engloba três etapas, cada uma constitui um processo diferente, que exige certos requisitos para assegurar os resultados desejados:
        a) Coagulação
É o processo pelo qual se obtém o equilíbrio de cargas elétricas através da adição e mistura rápida de um produto químico (coagulante) com carga iônica contrária à água a ser tratada.
Após o equilíbrio das cargas, é possível a sua aglomeração, sem que haja repulsão entre as mesmas, formando flocos.
b) Floculação
 Consiste na reunião de vários flocos pequenos mediante agitação suave, os quais formam partículas maiores com maior velocidade de decantação. A agitação deve ser controlada para evitar a desintegração dos flocos frágeis, chamada defloculação.
c) Decantação
É a etapa final do processo de clarificação. À medida que os flocos agregados são decantados, a água clarificada eleva-se e pode ser, então, separada do sedimento.
Os flocos decantados são removidos como lodo e o alume tem sido o coagulante mais utilizado. Porém, à medida que os critérios de despejo de lodo estão se tornando mais severos, estes estão sendo substituídos por coagulantes sintéticos e auxiliares da coagulação.  

4.1.2 Filtração
 A maioria dos flocos formados são removidos por sedimentação. No entanto, sempre sobram partículas mais leves que devem ser separadas por filtração.
Os filtros são geralmente compostos de várias camadas de pedras, pedregulhos e areia. Às vezes, usa-se ainda uma camada, ou mais, de antracito, que dá um bom rendimento na filtração e diminui a freqüência de lavagem, além de não ser necessário o uso da sílica na água.

4.1.3 Troca iônica
         a) Abrandamento
O abrandamento ou amolecimento de uma água consiste na remoção total dos íons de cálcio e magnésio presentes, geralmente em forma de carbonatos, bicarbonatos, sulfatos e cloretos.
A eliminação dos cátions é necessária, pois, do contrário, haveria o risco da formação de sais de cálcio e magnésio, que se incrustam no interior do gerador de vapor, podendo causar problemas, como maior consumo de combustível ou mesmo ruptura dos tubos da caldeira.

Fosfato
Usado quando se deseja diminuir a dureza final para cerca de 2 a 4 ppm.

Troca Iônica
Consiste na utilização de trocadoras de íons. Estes são substâncias sólidas e insolúveis das mais variáveis origens e natureza química que têm a propriedade de, quando em contato com soluções de eletrólitos, trocar íons de sua própria estrutura com íons do meio, sem que haja mudanças de suas características estruturais.
O estado inicial das resinas pode ser novamente alcançado através do processo regenerativo.
O processo de troca iônica compreende quatro etapas:

1ª) Operação
O abrandador possui uma resina constituída de moléculas que possuem íons de sódio (Na), os quais deverão ser trocados pelos íons de cálcio (Ca) e magnésio (Mg). Assim, quando a água passa através da resina, os íons de cálcio e magnésio ficam retidos, enquanto os íons de sódio são liberados para o fluxo de água. Com o tempo, a resina vai se saturando, perdendo sua capacidade de troca, sendo necessário restituir os seus cátions (Na+) trocados. Para isso, faz-se a regeneração da resina.

Observação: Verifica-se a eficiência da resina através da análise de dureza feita periodicamente na água abrandada.

2a) Processo de regeneração
Na regeneração ocorrem as três etapas que compõem o processo de troca iônica, são elas:
Contra-lavagem
Para se obter uma boa regeneração, é necessário possibilitar um bom contato entre as esferas de resina e a solução regenerante (salmoura). Durante a operação de abrandamento, pela ação da passagem da água, a resina vai sendo compactada, o que prejudica a ação regenerante. A contra-lavagem, como o próprio nome indica, nada mais é do que a passagem do fluxo de água em sentido contrário ao fluxo do abrandamento, promovendo, assim, a descompactação da resina.
Regeneração
Realizada a expansão da resina, esta se encontra em condições de ser regenerada, isto é, de receber de volta todos os cátions trocados durante o abrandamento. Como os cátions trocados são os de sódio (Na+), para restituí-los, é necessário usar um produto que contenha sódio e que os libere facilmente. O regenerante mais utilizado é o cloreto de sódio (NaCI). A solução do regenerante passa lentamente através da resina, ocorrendo, então, as reações de regeneração.

Lavagem ou enxagüe
Restituídos os cátions de sódio trocados com a resina, é necessário eliminar o sal residual, devido ao excesso utilizado na regeneração. A lavagem é necessária para fazer a compactação da resina, pois é este processo que proporciona o tempo necessário para que a água fique em contato com a resina durante o abrandamento.

Nota: Toda a água descartada nas operações de contra-lavagem, regeneração e lavagem denomina-se efluente.
b) Desmineralização
Este processo consta obrigatoriamente da passagem da água por um ou mais leitos catiônicos e um ou mais leitos aniônicos. A resina catiônica é operada no ciclo de hidrogênio e a resina aniônica no ciclo hidróxido.
Dessa maneira, define-se a desmineralização como o processo de remoção de cátions e ânions da água, tornando-a praticamente pura.
O efluente do leito catiônico consiste em íons de hidrogênio, enquanto que o efluente do leito aniônico consiste em íons de hidróxido. Como o hidrogênio e o hidróxido formam a água, pode-se reforçar seu conceito de pureza, obtido pelo processo de desmineralização 
Existe uma série de dispositivos de desmineralização com diferentes e variados equipamentos. As diferenciações são devido à necessidade de se obter a qualidade da água efluente, no processo de troca iônica a que se deseja chegar. Existem equipamentos onde as resinas catiônicas e aniônicas estão intimamente misturadas em um único leito.
Outros equipamentos podem conter várias combinações de leitos de resinas catiônicas e varias combinações de leitos de resinas aniônicas.
Conforme foi visto no abrandarnento, as resinas de troca iônica possuem uma capacidade limitada de troca. Portanto, quando o limite de capacidade estiver prestes a ser atingido, a resina deverá sofrer um processo regenerativo. Este método é uma reversão do método de troca iônica.
No caso de resinas catiônicas operando no ciclo de sódio, adiciona-se sal - cloreto de sódio (NaCI) - em forma concentrada até 10%, para regenerar a capacidade de sódio dessas resinas. Quando operam no ciclo de hidrogênio, utiliza-se ácido sulfúrico (H2SO4) ou ácido clorídrico (HCI) como solução regenerante.
Resinas aniônicas são normalmente regeneradas com soda cáustica (NaOH) ou hidróxido de amônio (NH4OH), que atuam como soluções regenerantes fornecedoras de íons OH¯ para resina.

4.1.4 Desgaseificação ou Desaeração
É o método de tratamento que visa eliminar os gases dissolvidos na água. Processa-se por aquecimento da água a temperatura de aproximadamente 100ºC. Para sua execução, empregam-se equipamentos chamados desgaseificadores ou desaeradores, que têm duas finalidades:
}  Aquecimento da água de alimentação das caldeiras, objetivando a economia do combustível;
}  Desprendimento de elementos gasosos indesejáveis que se encontram dissolvidos na água (oxigênio, gás carbônico, sulfídrico, etc). 
Os desgaseificadores devem ter revestimentos internos adequados, para não se corroerem.

4.1.5 Destilação
Este processo é utilizado quando se deseja obter grande quantidade de água com elevado índice de pureza. Raramente usado em caldeiras, por motivos econômicos, é comum em laboratórios para pequenas vazões.

4.2 Métodos de tratamento interno
Por mais sofisticado que seja o tratamento externo da água de alimentação, é necessário o tratamento químico da água, no interior das caldeiras.
O tratamento interno deverá completar o externo para eliminar todas as impurezas contidas na água, como dureza, gases dissolvidos, sílica, ferro, etc, pois nenhum tratamento externo é completamente eficiente.
Existem alguns casos em que o tratamento externo é dispensável, como em caldeiras de baixa pressão, quando a água captada é de boa qualidade, ou quando há grandes percentagens de retomo de condensado.
Um bom tratamento interno deve ter por objetivos:
}  Eliminar a dureza da água, evitando, assim, a formação de incrustações;
}  Dispersar o ferro e o cobre, evitando sua deposição na caldeira;
}  Proteger o sistema de alimentação de água contra a corrosão e incrustação;
}  Eliminar o oxigênio da água de alimentação;
}  Condicionar a matéria suspensa, tornando-a não-aderente aos metais da caldeira;
}  Proteger as linhas de vapor e do condensado contra o ataque de oxigênio e gás carbônico.
Há vários processos de tratamento interno da água. Alguns reduzem a dureza e são chamados redutores de dureza; outros reduzem o oxigênio, sendo chamados de redutores de oxigênio.
        a) Redutores de dureza

A dureza da água é causada pela presença de íons de cálcio e magnésio. Sabe-se que a dureza é temporária quando os sais de cálcio e magnésio encontram-se na forma de bicarbonatos, os quais, pela ação do calor, decompõem-se em carbonatos, precipitando, por serem insolúveis;
b) Redutores de oxigênio
O oxigênio pode ser encontrado na água à temperatura ambiente em concentração de até 8 ppm. É um elemento de elevado potencial de corrosão, despolariza áreas catódicas, destrói as películas protetoras dos metais, acelera a corrosão nas linhas de vapor e condensado e ataca o cobre e suas ligas nos condensadores e rotores de bombas.
A remoção química do oxigênio pode ser feita utilizando substâncias redutoras ou seqüestrantes.
Os métodos de tratamento interno mais utilizados são os seguintes:

4.2.1 Precipitação com fosfato
É através do método da precipitação com fosfato que se efetua a transformação dos sais formando precipitados rígidos, no interior da caldeira. Esta transformação se dá quando a água é aquecida, transformando-os em precipitados não-aderentes ou lamas, facilmente removíveis pelas descargas de fundo. Os sais de cálcio são facilmente precipitados no interior da caldeira, o mesmo ocorre com os sais de magnésio e de hidróxido de magnésio.
O programa de condicionamento por adição de fosfatos tem, como princípio, a formação de sais não-aderentes em presença de alcalinidade hidróxida. No caso do cálcio, é formado um fosfato básico, vulgarmente conhecido como hidroxipatita de cálcio, enquanto o magnésio, em presença de sílica e alcalinidade hidróxida, forma a serpentina, que é um silicato básico de magnésio.
Em resumo, o controle do programa de fosfato precipitante é feito pela manutenção de certa concentração de fosfato e alcalinidade hidróxida na água da caldeira, associada às descargas de fundo para remoção de lamas.

4.2.2 Tratamento com Quelatos
Este tratamento difere completamente do convencional, pois não precipita o cálcio e o magnésio. Neste processo, são formados complexos solúveis impossíveis de sofrer incrustações na caldeira e, como não há formação de lamas, estes são removidos pela descarga.
Este método requer um controle bastante rígido das análises físico-químicas, pois os quelatos são extremamente seletivos ao ferro, podendo atacar a caldeira e formar complexos ferrosos ou férricos.

4.2.4 Aminas Neutralizantes
Em sistema onde há retorno de condensado, é comum ocorrer ataque ácido ao metal na linha de água, devido à presença do gás carbônico formando carbonato de ferro. Em todo condensado há contaminação de gás carbônico através do contato entre o vapor e o ar atmosférico.
A forma de prevenir esse ataque corrosivo - que, além de enfraquecer a tubulação, é responsável pelo transporte de ferro e cobre para o interior da caldeira - é a utilização de produtos neutralizadores do efeito ácido. Tais produtos são conhecidos como aminas neutralizantes, sendo que as mais comuns e atualmente utilizadas são a morfolina e a cicloexilamina, cada uma com determinada característica.
Em alguns casos, é possível efetuar a neutralização de acidez do condensado, adicionando-lhe amônia ou hidróxido de amônia. O controle da neutralização é efetuado pela medição de pH do condensado.

4.2.5 Sulfito de Sódio
No tratamento de água, o sulfito de sódio é usado como seqüestrante de origem, provocando uma reação com o pH a temperaturas elevadas, contribuindo para a formação do sulfato de sódio.
É utilizado em caldeiras de baixa e média pressão.
4.2.6 Hidrazina
Antigamente, a hidrazina era mais utilizada em caldeiras de alta pressão, onde o sulfito causava problemas. Sua reação com o oxigênio, relativamente lenta e não-uniforme, impedia seu uso em geradores de baixa pressão.
Recentemente, foi desenvolvido um catalisador orgânico que aumenta a taxa de reação da hidrazina com o oxigênio, permitindo seu uso eficiente em geradores de baixa pressão.
É adicionada fora da caldeira, normalmente na linha ou no tanque de alimentação, a fim de dar tempo para a reação se processar.
A alimentação de produtos químicos é feita através de tanques dotados de bombas dosadoras. Normalmente, os produtos químicos – fosfatos, soda cáustica, dispersantes, sulfatos, etc – são adicionados diretamente na água de alimentação das caldeiras, sendo colocados num ponto após o desaerador, antes da caldeira propriamente dita.
Tais produtos devem permitir que as reações químicas ocorram fora da caldeira. Assim, a hidrazina, utilizada como seqüestrante de oxigênio, deve ser adicionada de forma contínua na água de alimentação, porém, distante da caldeira, para dar o tempo necessário da reação se processar. Também os dispersantes, anti-incrustantes e condicionadores de lama deverão ser dosados continuamente.


Observação: Na dosagem dos produtos químicos, devem ser levados em consideração os seguintes fatores: o teor de impureza no volume da água adicionada na alimentação e o residual de produtos a ser mantido na água, no interior das caldeiras.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

NR 13 -Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações - CONTINUIDADE - PARTE 19


3 - ÁGUA PARA ALIMENTAÇÃO DE CALDEIRAS ELÉTRICAS

3.1 Caldeiras a Eletrodo Submerso
 No caso específico destas caldeiras, as características de condutividade da água devem ser consideradas com muito cuidado.
Para obter uma operação satisfatória das caldeiras a eletrodos submersos, deve-se ter a condutividade da água dentro de certos limites. Esta deverá ser tão baixa quanto possível, de modo a reduzir ao mínimo as descargas de água da caldeira e, desde que possível, todo o condensado deverá ser devolvido ao tanque de água de alimentação.
A água de reposição dessas caldeiras deverá ser completamente desmineralizada, já que são exigidos valores de condutividade muito baixos.
Para obter água de baixa condutividade, pode-se fazer uma desmineralização que, além de tirar a dureza da água (bicarbonato de cálcio e magnésio) - partículas positivas (cátions), retira também as negativas (ânions), proporcionando baixos índices de incrustações nas caldeiras, o que reverte em menor número de paradas para limpeza, maior durabilidade dos eletrodos e maior confiabilidade de operação.
A intensidade da corrente que passa através da água, ou seja, a potência consumida, é função direta da superfície dos eletrodos em contato com a água, bem como da condutividade de sua água.
 Antes da implantação de caldeiras elétricas, deve-se fazer a análise da água que será utilizada pelo condensado e a usada para reposição. A vida útil dos eletrodos de contato está diretamente ligada à qualidade da água utilizada.
No interior das caldeiras, a condutividade da água deverá estar em torno de 200mhO (20ºC), variando, sobretudo, com a tensão nominal aplicada.

Características
Tensão
6,3 kV
13,8 kV
Dureza (ppm CaCO3)
< 1
< 1
Oxigênio (ppm)
< 0,01
< 0,01
Condutividade mhO (20ºC)
< 100
< 50
PH
8 – 9
8 – 9

Características
Tensão
6,3 kV
13,8 kV
Dureza (ppm CaCO3)
< 10
< 10
Oxigênio (ppm)
0
0
Condutividade mhO (20ºC)
< 300
< 250
PH
9 – 10
9 – 10

Manter a condutividade da água dentro de certos valores é importante para o bom desempenho das caldeiras elétricas do tipo eletrodo, pois a água serve como condutor. Se a condutividade estiver abaixo do mínimo, não será possível desenvolver a potência nominal da caldeira. Por outro lado, se a condutividade for excessiva, poderá ocorrer curto-circuito com conseqüente desarme do disjuntor.

3.2 Caldeiras a Jato de Água
 A água de alimentação das caldeiras (constituída de condensado recuperado e da água procedente da estação de tratamento) deverá ser condutora de corrente elétrica, a fim de permitir a passagem de corrente e, conseqüentemente, o aquecimento e a vaporização da água. O controle de condutividade da água de alimentação das caldeiras é, portanto, de grande importância no funcionamento das mesmas, com elevado rendimento do conjunto.
Se as caldeiras elétricas forem alimentadas continuamente por água da mesma composição, a concentração de sais na água contida aumentará cada vez mais. Desse modo, as caldeiras deverão ser drenadas descontinuamente e a quantidade de água retirada deverá ser igual à alimentada. Esse processo deve ser simultâneo para manter constante e dentro do valor prescrito, o teor de sais da água das caldeiras.
A tabela 5 indica os valores limites aplicáveis à água de alimentação e à água das caldeiras.
Tipos de água
Caldeiras a Jato de Água
Caldeiras a Eletrodo Submerso
Água de alimentação
Dureza residual (ppm CaCO3)
< 10
> 1
Valor p (ppm CaCO3)
> 2,5
> 2,5
Oxigênio O2 (ppm)
< 0,02
< 0,02
Condutividade (µ s/cm)
< 500
< 10
Água da caldeira
Condutividade a 20ºC (µ s/cm)
2.000 – 4.000
< 50
Valor p (ppm CaCO3)
< 750
< 75
Conteúdo PO4 (ppm)
Max. 25
Max. 35

De forma geral, podemos afirmar que a água de reposição para caldeiras a jato de água deverá ser apenas abrandada.
A dureza temporária da água é originada por bicarbonatos de cálcio e magnésio, muito solúveis, que se transformam a temperaturas entre 60 e 80ºC, produzindo incrustações, no caso de caldeiras e bicos injetores. A dureza permanente, produzida por sulfatos e silicatos de cálcio e de magnésio, de grande solubilidade, tende a aumentar a condutividade da água das caldeiras, razão pela qual o dreno deverá ser aumentado.
Para obter a alcalinidade necessária da água das caldeiras, acrescenta-se soda cáustica (NaOH) ou fosfato trisódico (Na3PO4), sendo esses os únicos produtos que devem ser adicionados à água de alimentação.
A água de reposição das caldeiras a eletrodo submerso deverá ser completamente desmineralizada, uma vez que são exigidos valores de condutividade muito baixos na água de alimentação.
Na escolha de um programa de tratamento de água para caldeiras, vários fatores influem:
}  Características da água
}  Pressão da caldeira
}  Tipo de indústria
}  Finalidade do vapor
}  Qualidade requerida para o vapor
}  Carga média do vapor
}  Participação do condensado retornado
}  Tipo de caldeira
}  Custo do combustível
}  Custos globais
Com respeito às características da água, deve-se procurar conhecer, através de análise, certo número de elementos constituintes que definirão o método a ser adotado, no que diz respeito ao pré-aquecimento.

Constituinte
Quantidade média em água bruta
Como tratar
Gás carbônico
02 a 10 ppm
  • Desgaseificação
  • Desmineralização
Oxigênio
10 ppm
  • Desaeração, sulfito de sódio e hidrazina
Sólidos
25 a 500 ppm
  • Desedimentação
Dureza
Acima de 20 ppm
  • Abrandamento e dispersão anti-incrustante
Sólidos totais dissolvidos
25 a 500 ppm
  • Estimar freqüência de purgas e necessidade de desmineralização
pH
7,0 a 7,8
  • Soda, fosfato ou outros alcalinizantes
Alcalinidade
Acima de 200 ppm
  • Desalcalinização
Cloretos
Acima de 50 ppm
  • Desmineralização