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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Reservatórios não são ideologia, diz Zimmermann

Secretário-executivo ressaltou que engenharia norteia definições das usinas

Por Natália Bezutti, de São Paulo (SP)
Crédito: Norte Energia
O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, garantiu que a construção de reservatórios nas hidrelétricas do País não está vinculada há questões ideológicas mas, sim, às características ténicas e de potenciais a serem explorados em cada região. O secretário participou do 14º Encontro de Energia da Fiesp, que acontece nesta segunda-feira (05/08).
Como exemplo, Zimmermann citou a hidrelétrica de Belo Monte (11.233MW) que já havia sido projetada para ser contruída a fiio d’água, assim como as usinas do rio Madeira, Jirau (3.750MW) e Santo Antônio (3.150MW). Já no Sudeste, por conta da acumulação das bacias, as usinas tiveram projetos voltados para os grandes reservatórios, contrariamente ao que ocorreu no Sul do País, em que as característricas da região não permitiram.
“Usinas com reservatórios são importantes, mas tem engenharia por trás. E a região amazônica, por exemplo, não tem grandes quedas. Nós temos potencial de mais de 20 mil MW na Amazônia, um desafio que até 2017 nós venceremos. A hidreletricidade é uma vantagem na América do Sul e não tem como deixar de explorar”, ponderou o secretário.
Já nos locais protegidos por leis ambientais, o governo desenvolverá o potencial hidrelétrico através das usinas plataformas, como as projetadas para a bacia do rio Tapajós, para não interferir no entorno da usina e não desenvolver a região que não pode ter interferências, por serem protegidas por lei.
Sobre a entrada de novas fontes, como a solar, Zimmermann foi enfático: “A energia solar tem seu espaço mas, para um país subdesenvolvido, não comece por aí”. Ele apontou que a indústria hidrelétrica impulsiona o desenvolvimento das indústrias primárias, além da melhora do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e índices econômicos muncipais, quando atingidos pelos empreendimentos.
Para ele, o alto desenvolvimento da tecnologia solar na Europa, faz com que esse países queiram entrar no mercado brasileiro, e trazer a tecnologia já desenvolvida lá pela indústria.
Sobre o assunto, o diretor de infraestrutura da Fisp, Carlos Cavalcante, também opinou que incrementar a geração eólica e solar – intermitentes – não é a solução para o Brasil, já que as hidrelétricas geram mais energia por quilômetro quadrado. “Não podemos ser ingenuos. Os países desenvolvidos querem vender a tecnologia que o Brasil ainda não dominou”.
Gás não convencional
Para este ano, o Márcio Zimmermann aposta no desenvolvimento da exploração de gás não convencional, com poços para exploração junto às térmicas, a respeito das novas descobertas no São Francisco. “Temos mais de 100 mil quilômetros de rede básica, graças ao desenvolvimento das hidrelétricas. Não temos gasodutos, mas temos linhas para desenvolver rapidamente com termelétricas na boca do poço e monetizar isso”.

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