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segunda-feira, 20 de junho de 2011

CURSO DE NR 10 - BÁSICO MODULO 3 - TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO

3 - TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO

Acidentes

Os acidentes são materialização dos riscos associados as atividades, procedimentos, projetos e instalações,  máquinas e equipamentos. Para reduzir a freqüência de acidentes, é preciso avaliar os riscos.
  • Que pode acontecer errado?;
  • Quais são as causas básicas dos eventos não desejados?;
  • Quais são as conseqüências?.
A análise de risco é um conjunto de métodos e técnicas que aplicado a uma atividade identifica, avalia qualitativa e quantitativamente, os riscos que essa atividade representa para a população exposta, para o meio ambiente e para a empresa, de uma forma geral.

Riscos
       De origem elétrica;
       De queda;
       Transporte e com equipamentos;
       Ataques de insetos;
       Riscos Ocupacionais;
       Riscos Ergonômicos;
       Ataque de animais peçonhentos/domésticos

Riscos de origem elétrica /Riscos de queda

Riscos de origem elétrica
        Choque elétrico;
        Campo elétrico;
        Campo eletromagnético.

Riscos de queda

As quedas, conseqüência de choques elétricos, de utilização inadequada de equipamentos de elevação (escadas, cestas, plataformas), falta ou uso inadequado de EPI, falta de treinamento dos trabalhadores, falta de delimitação e de sinalização do canteiro do serviço e ataque de insetos.

Riscos no transporte e com equipamentos

Veículos a caminho dos locais de trabalho, em campo, o deslocamento diário dos trabalhadores até os efetivos pontos de prestação de serviços.
Esses deslocamentos expõem os trabalhadores aos riscos característicos das vias de transporte.

Riscos de ataques de insetos, Animais peçonhentos/domésticos

Na execução de serviços em torres, postes, subestações, usinas, leitura de medidores, serviços de poda de árvores e outros pode ocorrer ataques de insetos, tais como abelhas e formigas.

Riscos ocupacionais

Consideram-se riscos ocupacionais, os agentes existentes nos ambientes de trabalho, capazes de causar danos à saúde do empregado.


GRUPO VERDE
GRUPO VERMELHO
GRUPO MARROM
GRUPO AMARELO
GRUPO AZUL
Riscos Físicos
Riscos Químicos
Riscos Biológicos
Riscos Ergonômicos
Riscos de Acidentes
Ruídos
Poeiras
Vírus
Esforço Físico intenso
Arranjo físico inadequado
Vibrações
Fumos
Bactérias
Levantamento e Transporte manual de peso
Máquinas e equipamentos sem proteção
Radiações ionizantes
Névoas
Protozoários
Exigência de postura inadequada
Ferramentas inadequadas ou defeituosas
Radiações não ionizantes
Neblinas
Bacilos
Controle rígido de produtividade
Iluminação inadequada
Frio
Gases

Imposição de ritmos excessivos
Eletricidade
Calor
Vapores

Trabalho em turno e noturnos
Probabilidade de incêndio ou explosão
Pressões anormais
Produtos químicos em geral

Jornadas de trabalho prolongadas
Armazenagem inadequada
Umidade


Monotonia e repetitividade
Animais peçonhentos



Outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico
Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes




Riscos ergonômicos

Biomecânicos: posturas inadequadas de trabalho, levando a intensas solicitações musculares, levantamento e transporte de carga, etc.

         Organizacionais: “pressão psicológica” para atendimento a emergências ou a situações com períodos de tempo rigidamente estabelecidos, pressões da população com falta do fornecimento de energia elétrica.

         Psicossociais: elevada exigência cognitiva necessária ao exercício das atividades.

         Ambientais: risco ambiental compreende os físicos, químicos e biológicos; esta terminologia fica inadequada, deve-se separar os riscos provenientes de causas naturais (raios, chuva, terremotos, ciclones, ventanias, inundações, etc.).

Acidentes

Os principais resultados de uma análise de risco são a identificação de cenários de acidentes, suas freqüências esperadas de ocorrências e magnitudes das possíveis conseqüências. A análise de riscos deve incluir as medidas de prevenção de acidentes e as medidas para controle das conseqüências de acidentes para os trabalhadores e para as pessoas que vivem ou trabalham próximos á instalação ou para o meio ambiente.
As metodologias representam os tipos de processos ou de técnicas de execução dessas análises de riscos da instalação ou da tarefa.

Conceitos básicos:

Perigo – Uma ou mais condições físicas ou químicas      com possibilidade de causar danos ás pessoas, propriedades, ao ambiente ou uma combinação de todos.
Risco – Medida da perda econômica e/ou danos  para a
vida humana, resultante da combinação entre a freqüência
da ocorrência a magnitude das perdas ou danos
(conseqüências). As seguintes expressão, podem definir riscos:
    • Combinação de incerteza e de dano;
    • Razão entre o perigo e as medidas de segurança;
    • Combinação entre o evento, a probabilidade e suas conseqüências.
Definições

Avaliação de riscos – É o processo que utiliza os resultados da análise de riscos e os compara com os critérios da tolerabilidade previamente estabelecidos.
Gerenciamento de riscos – é a formulação e a execução de medidas e procedimentos técnicos e administrativos que tem o objetivo de prever, controlar ou reduzir os riscos existentes na instalação industrial, objetivando mantê-la operando dentro dos requisitos de segurança considerado toleráveis.
Causa de acidente - É a qualificação da ação, frente a um risco/perigo, que contribuiu para um dano seja pessoal ou impessoal.
Ex.: A avenida com grande movimento não constitui uma causa do acidente, porém o ato de atravessá-lá com pressa, pode ser considerado como uma das causas.
Controle - É uma ação que visa eliminar/controlar o risco ou quando isso não é possível, reduzir a níveis aceitáveis o risco na execução de uma determinada etapa do trabalho, seja através da adoção de materiais, ferramentas, equipamentos ou metodologia apropriada.

Níveis de risco.
  • Catastrófico;
  • Crítico;
  • Moderado;
  • Não crítico;
  • Desprezível.
  • Classificação de riscos.
         Categoria I Desprezível – Quando as conseqüências/danos estão restritos á áreas industriais da ocorrência do evento com controle imediato;

         Categoria II Marginal – Quando as conseqüências danos atingem outras subunidades e/ou áreas não industriais com controle e sem contaminação do solo, ar ou recurso hídricos;

         Categoria III Crítica -  Quando as conseqüências/danos provocam contaminação temporária do solo, ar ou recursos hídricos, com possibilidade de ações de recuperação imediatas.

         Categoria IV Catastrófica – Quando as conseqüências/danos atingem áreas externas, comunidades circunvizinhas e/ou meio ambiente.

Planejamento   

Principais técnicas para a identificação dos riscos/perigos:
        
Análise preliminar de riscos – Método de estudo preliminar e sumário de riscos, normalmente conduzido em conjunto com o grupo de trabalhadores expostos, com o objetivo de identificar os acidentes  potenciais de maior prevalência na tarefa e as características intrínseca destes.
É um método de estudo de riscos realizado durante a fase de planejamento e desenvolvimento de um determinado processo, tarefa ou planta industrial, com a finalidade de prever e prevenir riscos de acidentes que possam acontecer durante a fase operacional e de execução da tarefa.
Análise de falha humana – Método que identifica as causas e os efeitos dos erros humanos observados em potencial.
O método também identifica as condições dos equipamentos e dos processos que possam contribuir para provocar esses erros.
Método de análise de falhas e de defeitos - Método específico de análise de riscos, concebido para ser utilizado em equipamentos mecânicos.
  • Na tubulação de todos os sistemas e equipamentos existentes numa instituição ou planta industrial;
  • Na identificação das modalidades de falhas possíveis em cada um deles;
  • Na especificação dos defeitos desfavoráveis destas falhas sobre o sistema e sobre o conjunto das instalações.
Análise de segurança de sistemas - É a técnica que tem por finalidade avaliar  e aumentar o grau de confiabilidade e o nível de segurança intrínseca de um sistema determinado, para os riscos previsíveis.
Como a segurança intrínseca é o inverso da insegurança ou nível de vulnerabilidade, todos os projetos de redução de riscos e de preparação para desastres concorrem para incrementar o nível de segurança.
Árvore de eventos - Técnica dedutiva de análise de riscos utilizada para avaliar as possíveis conseqüências de um acidente potencial, resultante de um evento inicial tomado como referência, o qual pode ser um fenômeno natural ou ocorrência externa ao sistema, um erro humano ou uma falha do equipamento.
É um método que tem por objetivo antecipar e descrever, de forma seqüenciada, a partir de um evento inicial, as conseqüências lógicas de um possível acidente.
Os resultados da análise da árvore de eventos caracterizam seqüências de eventos intermediários, ou melhor, um conjunto cronológico de falhas e de erros que, a partir do evento inicial, culminam no acidente ou evento-topo ou principal.
Árvore de falhas - Técnica dedutiva de análise de risco na qual, a partir da focalização de um determinado acontecimento definido como evento-topo ou principal, se constrói um diagrama lógico que especifica as várias combinações de falhas de equipamentos, erros humanos ou de fenômenos ou ocorrências externas ao sistema que provocar o acontecimento. 

Análise Preliminar de Risco (APR)

É uma técnica qualitativa cujo objetivo consiste na identificação dos riscos/perigos potenciais decorrentes de novas instalações ou da operação das já existentes.
Em uma dada instalação, para cada evento perigoso identificado em conjunto com as respectivas conseqüências, um conjunto de causas é levantado, possibilitado a classificação qualitativa do risco associado, de acordo com categorias preestabelecidas de freqüência de ocorrência do cenário de acidente e de severidade das conseqüências.
A APR/APP permite uma ordenação qualitativa dos cenários de acidentes encontrados, facilitando a proposição e a priorização de medidas para redução dos riscos da instalação, quando julgadas necessárias, além da avaliação da necessidade de aplicação de técnicas complementares.
A metodologia adotada nas Análises Preliminares de Riscos ou Perigo, compreende a execução das seguintes tarefas:
      • Definição dos objetivos e do escopo da análise;
      • Definição das fronteiras das instalações analisadas;
      • Coleta de informações sobre a região, as instalações, as substancias perigosas envolvidas e os processos;
      • Subdivisão da instalação em módulos da análise;
      • Realização da APR/APP propriamente dita.
      • Elaboração das estáticas dos cenários identificados por categorias de freqüência e de severidade;
      • Análise dos resultados, elaboração de recomendações e preparação do relatório.
As principais informações requeridas para a realização de uma APR/APP são as relacionadas:
      • Sobre as instalações – especificações técnicas de projeto, especificações de equipamentos, lay-out das instalações e descrição dos principais sistemas de proteção e segurança;
      • Sobre os processos – descrição dos processos envolvidos; e
      • Sobre as substâncias – características e propriedades físicas e químicas.
Para simplificar a realização da análise, as instalações estudadas são divididas em “módulos de análise”, os quais podem ser: unidades completas, locais de serviços elétricos, partes de locais de serviços elétricos ou partes específicas das instalações, tais como subestações, painéis, etc. A divisão das instalações é feita com base em critérios de funcionalidade, complexidade e proximidade física.
A realização da análise propriamente dita, é feita através do preenchimento de uma planilha de APR/APP para cada módulo de análise da instalação. O preenchimento deve ser realizado conforme a seguir:
1ª coluna – Etapa: descrever, sucintamente, as diversas etapas da atividade/operação;
2ª coluna – Risco/perigo: descrever os riscos/perigos identificados para o módulo de análise em estudo;
3ª coluna – Modo de detecção: os modos disponíveis na instalação para detecção do risco/perigo, identificado na 2ª coluna, devem ser relacionados nesta coluna;
4ª coluna – Efeitos: Listar os possíveis efeitos danosos de cada risco/perigo;
5ª coluna – Recomendações/observações – Esta coluna deve conter as recomendações de medidas  mitigadoras de risco propostas pela equipe.

Check list

O objetivo é criar o hábito de verificar os itens de segurança antes de iniciar as atividades, auxiliando na prevenção dos acidentes e no planejamento das tarefas, enfocando os aspectos de segurança.
Será preenchido de acordo com as regras de Segurança do Trabalho. “A Equipe somente iniciará a atividade, após realizar a identificação de todos os riscos, medidas de controle e após concluir o respectivo planejamento da atividade”.

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