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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ARRECADA, ARRECADA, ARRECADA........E NADA PARA QUEM PAGA OS IMPOSTOS.



Governo arrecada mais, mas sempre fecha no vermelho

Nos últimos anos, o governo, qualquer um, tem feito um teatro. Primeiro, faz um orçamento contando que a arrecadação de impostos aumentará, independentemente da conjuntura econômica. Acha que a arrecadação crescerá mais do que a inflação e o PIB.
No Congresso, a receita prevista é aumentada ainda mais com base num cálculo sem base metodológica. Ao criar aumento de receita, criam também despesas. Depois, o governo corta parte da gordura colocada pelo Congresso e chama isso de corte.
Mas, mesmo depois do corte, gastará mais do que havia previsto na proposta original e mais do que no ano passado, já descontando a inflação.
Outra coisa: no anúncio de ontem, o governo cometeu o erro de anunciar cortes em despesas obrigatórias que não podem ser cortadas. O jornal O Globo tem jornalistas especializados em orçamento, como Regina Alvarez, que vivem olhando com lupa os gastos públicos. Chegaram à conclusão de que R$ 20 bilhões dos R$ 55 bilhões são despesas obrigatórias. O Globo diz, então, que se o corte acontecer, será de R$ 35 bi.
O final desse filme costuma ser assim: a carga tributária acaba sendo elevada - nos últimos 15 anos, ela subiu quase 10 pontos percentuais. O governo aumenta o gasto de custeio da máquina e corta no investimento, onde não deveria.
Precisamos rever como é feito o gasto público para saber o que podemos reorganizar dessas despesas, porque o governo sempre termina no vermelho, com déficit, apesar de mandarmos cada vez mais dinheiro.
Enviado por Míriam Leitão - 

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