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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

NR 13 -Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações - CONTINUIDADE - PARTE FINAL



PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES

ÍNDICE

1- INTRODUÇÃO
2- ACIDENTES DE TRABALHO
2.1- Generalidades
2.2- Causas de Acidentes
3- CARACTERÍSTICAS DA CASA (OU ÁREA) DE CALDEIRA
4-RISCOS DE ACIDENTES NA CASA (OU ÁREA) DE CALDEIRAS
5- RISCOS À SAÚDE
5.10- Poluição do Ar Provocada por Caldeiras
5.2- Efeitos da Poluição no Ar
6- PRINCIPAIS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
7- PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES E OUTROS RISCOS
7.1- Outras Medidas
8- CUIDADOS DURANTE A LIMPEZA
9- PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
10- CONSIDERAÇÕES SOBRE O EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

1 INTRODUÇÃO
Na busca de minimizar os acidentes de trabalho decorrentes da deficiência operacional em caldeiras, o MONITOR, consciente de seu papel junto à sociedade, elaborou este manual com informações sobre os pontos fundamentais e os cuidados indispensáveis antes, durante e após a operação.
As exigências legais contidas na portaria N° 23 de 26/04/1995 da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho – SSST – do Ministério do Trabalho são reiteradas ao longo deste documento, proporcionando uma familiaridade entre o aluno e seu ambiente de trabalho, de modo que se possa obter como resultado, elevado índice de salubridade.
Absorvendo este conteúdo e utilizando-o quando necessário, o profissional poderá extrair mais do equipamento, sem pôr em risco sua vida. Assim, o objetivo desta instituição estará sendo cumprido.

2 - ACIDENTES DO TRABALHO

2.1 Generalidades
Do ponto de vista prevencionista, acidente de trabalho pode ser definido como uma ocorrência não-programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais. Portanto, sob o ponto de vista prevencionista, o acidente do trabalho ocorre desde que haja perda de tempo útil, mesmo que não haja vítima.
Do ponto de vista legal, no Brasil, considera-se acidente de trabalho aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesões corporais, perturbação funcional ou doença que cause a morte, perda, redução permanente ou temporária da capacidade do trabalhador.
Assim, o acidente do trabalho, sob o ponto de vista legal, pode ocorrer:
}  no exercício do trabalho
}  a serviço da empresa
É considerado acidente de trabalho quando provoca:
}  lesão corporal
}  perturbação funcional
}  doença ocupacional

2.2 Causas de acidentes
As causas dos acidentes podem ser classificadas em duas categorias:
a) Atos inseguros ou perigosos
São atos que partem do empregado, decorrentes da execução de tarefas de uma forma contrária às normas de segurança. Em outras palavras, é o tipo de comportamento adotado pelo trabalhador que pode levá-lo, ou não, a sofrer um acidente. São exemplos destes atos:
}  Recusa do funcionário em utilizar equipamentos de proteção individual (EPI), fornecidos pela empresa e cujo uso é obrigatório por lei;
}  Utilizar ferramentas manuais de maneira incorreta ou imprópria;
}  Utilizar equipamentos defeituosos ou em serviços incompatíveis com suas características;
}  Não obedecer a sinais ou instruções de segurança.
b) Condições inseguras ou perigosas
Também conhecidas como riscos profissionais, decorrem diretamente das condições do local ou do ambiente de trabalho. São falhas, defeitos, irregularidades técnicas, carência de dispositivos de segurança e outros que põem em risco a integridade física das pessoas e a própria segurança das instalações e dos equipamentos.
São exemplos de condições inseguras:
}  Proteção mecânica inadequada;
}  Equipamentos grosseiros, cortantes, escorregadios, corroídos, trincados, de qualidade inferior;
}  Escadas, pisos e tubulações (encanamentos) em condições precárias;
}  Projetos ou construções inseguras;
}  Processos, operações ou disposições (arranjos) perigosos. empilhamento defeituoso, armazenagem malfeita, passagem obstruída; sobrecarga no piso, congestionamento de maquinaria e operadores; etc.;
}  Iluminação inadequada ou incorreta;
}  Ventilação inadequada ou incorreta.

3 - CARACTERÍSTICAS DA CASA (OU ÁREA) DE CALDEIRAS
Uma casa de caldeiras deve possuir algumas características específicas para a finalidade a que se destina, visando permitir o perfeito funcionamento do equipamento que abriga e a máxima segurança na sua operação.
Dessa forma a casa de caldeiras deve:

Ser ampla
Uma casa de caldeiras reduzida, que não permita fácil deslocamento dos operadores, acarreta uma série de riscos:
}  a temperatura no seu interior ficará elevada, pois, não havendo espaço suficiente, será difícil a ventilação;
}  dificultará todas as operações necessárias ao funcionamento e manutenção das caldeiras;
}  tornará difícil qualquer providência em caso de emergência, possibilitando maior incidência de condições inseguras e até mesmo de atos inseguros.
 Ser bem arejada
O bom arejamento será benéfico tanto para a saúde dos operadores quanto para as próprias caldeiras, que não devem ter temperatura elevada em seu exterior.

Ser bem iluminada
Não se pode conceber a operação de qualquer equipamento em local de pouca iluminação. Além disso, as caldeiras possuem uma série de instrumentos de controle e proteção que precisam estar bem visíveis ao operador, para que o mesmo possa, a qualquer instante, tomar conhecimento das condições de funcionamento dos mesmos. Só assim ele poderá tomar as medidas necessárias ao trabalho seguro do equipamento.

Possuir rede de esgoto
A rede de esgoto permite uma boa limpeza no ambiente, pois estando sujo torna-se inseguro. No caso das casas de caldeiras, a sujeira provoca insegurança muito maior por haver combustível em seu interior, o que aumenta o risco de incêndios.

Possuir estrutura adequada
A casa de caldeiras deve ser construída em alvenaria cintada, tendo o teto em estrutura leve ou, no caso de laje, este deverá estar simplesmente apoiado.
O objetivo dessas características em relação ao teto é direcionar a formação de choque para cima em caso de explosão.

4 - RISCOS DE ACIDENTES NA CASA (OU ÁREA) DE CALDEIRAS
Na área de caldeiras, os operadores devem ficar atentos para evitar acidentes, tais como:
}  Quedas
}  Corpo estranho nos olhos
}  Escorregões
}  Queimaduras
}  Intoxicações
}  Choques elétricos
}  Colisões (por falta de espaço)
}  Torções lombares
}  Irritações cutâneas
}  Perturbações funcionais provocadas pelo ruído.

5 - RISCOS À SAÚDE

5.1 Poluição do Ar Provocada por Caldeiras
A poluição do ar causada por caldeiras, está relacionada a um problema mais genérico: o das emissões de poluentes oriundos da queima de óleos combustíveis utilizados como fonte de energia, no ar atmosférico.
Os equipamentos que utilizam gás como produzem menor poluição no ar, apesar das más condições de queima resultarem em pequenas, porém ofensivas, emissões de monóxido de carbono ou de gases e vapores orgânicos.

5.2 Efeitos da Poluição no Ar
Os óxidos de enxofre podem causar danos ao homem, às plantas e aos materiais. Em altas concentrações, esses ácidos irritam o trato respiratório superior dos seres humanos, devido a sua alta solubilidade em corpos fluidos. Em pequenas concentrações, o ácido de enxofre pode tornar a respiração mais difícil.
Os efeitos dos ácidos de enxofre, representados na “Tabela de efeitos dos compostos sulfurosos”, não derivam somente da presença deste ácido, estão associados à presença de outros poluentes encontrados na atmosfera urbana. Vale salientar que estes efeitos não são válidos para exposições breves.
Devido às reações entre os poluentes e dos poluentes com o oxigênio e a água na atmosfera, bem como a influência da temperatura e da luz solar sobre essas reações, os efeitos dos ácidos de enxofre na atmosfera podem diferir dos seus efeitos em condições de laboratório.
É evidente que a poluição por óxido de enxofre agrava as doenças respiratórias existentes nos seres humanos. No entanto, estudos clínicos mostram que algumas pessoas são mais sensíveis que outras a ação dos poluentes. Assim:
}  Exposição prolongada às concentrações relativamente baixas de dióxido de enxofre tem sido associada ao aumento da mortalidade por doenças cardiovasculares em pessoas idosas;
}  Prolongada exposição a concentrações mais altas de dióxido de enxofre tem sido associada a um aumento de mortalidade por doenças respiratórias e a um aumento de doenças infantis em idade escolar, reveladas por sintomas como tosse, irritação da membrana mucosa e secreção mucosa;
}  O ar residual nos pulmões de pacientes com enfisema tem sido significativamente reduzido quando os pacientes respiram um ar livre de poluição;
}  O mais importante fator de melhoria da sensação de bem-estar de pacientes com bronquite crônica tem sido a diminuição das quantidades de poluição por fumaça e dióxido de enxofre (SO2).
Concentração de SO2 ppm
Tempo de exposição
Efeitos
0,01 a 0,03
Exposição anual
  • Corrosão metálica
  • Função pulmonar prejudicada
  • Morbidade cardiovascular aumentada
  • Dano crônico à vegetação
  • Aumento da taxa de mortalidade por doenças respiratórias
0,07 a 0,8
Exposição por 3 ou 4 dias
  • Internação em hospitais pelo aumento de doenças cardiovasculares
  • Aumento de sinusite e tosse
  • Dano agudo a certo tipo de vegetação
  • Aumento de taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares
0,21 a 0,28
Exposição por 24 horas
  • Piora o estado de pacientes com bronquite
  • Aumenta a taxa de mortalidade
  • Dano à vegetação sensível
0,5 a 1,6
Exposições breves (minutos)
  • Dano detectável à vegetação sensível
  • Dano agudo aos arbustos
  • Aumento da pulsação e respiração
  • Limite para induzir constrições brônquicas em pessoas saudáveis

Concorre também para a poluição do ar, o monóxido de carbono, ou carbono livre, que resulta da relação imprópria ar/combustível. A relação ideal é de 16 Kg de ar para 1 Kg de combustível. Quando, na mistura, houver a quantidade de ar correta e mais de 1 kg de combustível ou a quantidade de combustível correta, mas apresentar menos de 16 kg de ar, haverá emissão de fumaça preta que, aspirada por muito tempo, provocará doenças respiratórias ou pulmonares.
O monóxido de carbono (CO) é um gás perigoso, porque é incolor, inodoro e inflamável. Seu efeito predominante é a asfixia. A concentração máxima admissível é de 90 ppm.
Exposições superiores a 4.000 ppm são fatais em menos de 60 minutos. Os sintomas variam desde uma ligeira dor de cabeça a aumento de freqüência respiratória, passando através de estágios como confusão mental, colapso, perda da visão e audição e até perda da consciência e morte.

6 - PRINCIPAIS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
A principal medida de proteção é a prevenção, ou seja, a tentativa de evitar que ocorra a poluição. Consegue-se isso mantendo as caldeiras em perfeitas condições de funcionamento (quando não há combustão completa, há emissão de fumaça).
Fatores como combustão incompleta, atomizacão inacabada de óleo – causada pela temperatura imprópria de combustível – tiragem deficiente e vazão óleo/ar inadequada, propiciam a formação de fumaça.
Operação adequada e boa manutenção são fatores básicos para reduzir a emissão de fumaça, fazendo-a permanecer dentro dos limites compatíveis com as normas legais existentes.
Preocupados com a poluição do ar nos centros urbanos e industrializados, os governos já criaram algumas medidas, tais como:
}  Colocação de lavador de fuligem nas chaminés dos fornos e caldeiras;
}  Construção de chaminés mais altas para que os poluentes possam ser jogados mais longe e se espalharem;
}  Intensificação do uso do gás natural nos veículos e nas combustões industriais;
}  Tratamento de efluentes.

7 - PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES E OUTROS RISCOS
Estão descritas abaixo as principais medidas de prevenção contra explosões nas caldeiras antes, durante e após a operação:
a) Antes da Operação:
}  Assegurar-se que os sistemas automáticos de operação e segurança estejam testados e em boas condições de funcionamento;
}  Circular ar na fornalha antes de acender ou reacender os queimadores. Isto se faz ligando o ventilador por 1 ou 2 minutos antes de ligar o piloto;
}  Assegurar-se que as comunicações da caldeira com a garrafa de nível e desta com o visor de nível estão desobstruídas. Isto se faz dando descarga na garrafa de nível;
}  Verificar se o depósito de água esta sendo suficientemente abastecido;
}  Verificar se as bombas estão em bom estado de funcionamento;
}  Verificar se os sistemas piloto e fotocélula estão em perfeito estado de funcionamento;
}  Drenar a água dos tanques de óleo e do aquecedor.
b) Durante a Operação
}  Não se ausentar da casa de caldeira e monitorar toda instrumentação;
}  Não exceder a pressão máxima de trabalho permitida;
}  Testar as válvulas de segurança pelo menos uma vez por semana;
}  Observar o funcionamento das válvulas solenóides de óleo e do aquecedor;
}  Ficar sempre atento aos momentos de parada e reacendimento;
}  Não esquecer nunca o visor de nível;
}  Drenar o indicador de nível a cada 4 horas;
}  Nunca tentar reacender o maçarico usando o calor da fornalha;
}  Se a água desaparecer do visor de nível, apagar a caldeira e deixá-la esfriar;
}  Ao apagar a caldeira, fechar a válvula VDM;
}  Obedecer rigorosamente à recomendação da ETA para as descargas de fundo;
}  Observar sempre a fumaça na saída da chaminé;
}  Nunca esvaziar a caldeira pressurizada dando descarga de fundo;
c) Após a Operação
}  Deixar o nível da água a três quartos do visor, quando apagar a caldeira;
}  Antes de remover qualquer acessório ou porta de visita, assegurar-se que não há mais pressão no interior da caldeira;
}  Fechar todas as aberturas da fornalha e da chaminé quando apagar a caldeira;
}  Assegurar-se que as válvulas solenóide de óleo e válvula de óleo manual estão com perfeita estanqueidade;
}  Não permitir acúmulo de óleo ou gás dentro da caldeira.

7.1 Outras medidas
Existem, ainda, outros cuidados que devem ser tomados para evitar acidentes, dependendo do tipo de caldeira.
A inspeção diária no corpo de nível promove a descarga das torneiras de prova, do indicador, e do próprio corpo de nível. Esta operação permite constatar se as partes responsáveis pela indicação do nível interno não estão entupidas. Às vezes, acontece do tubo de comunicação do corpo de nível com a caldeira ficar obstruído por excesso de incrustações, impedindo que se constate o nível real no interior da unidade. Se o operador prossegue na operação da caldeira, podem ocorrer danos totais por falta de água.
Quando, eventualmente, constata-se esse defeito a tempo, nunca se deve injetar água imediatamente no interior da caldeira. Nesse caso, deve-se apagar o fogo imediatamente e esfriá-la, para evitar explosões.
Deve-se testar diariamente a válvula de segurança, verificando se abre e fecha automaticamente sem desprender vapor, quando em pressão inferior à sua operação. Esta operação deve ser feita com cuidado, para não desnivelar o contrapeso da válvula. No caso de vazamento anormal na válvula, é expressamente proibido adicionar pesos de segurança para estancá-lo. O procedimento adequado consiste em esmerilar sua sede até assegurar-lhe perfeita estanqueidade.
A caldeira deve ser descarregada diariamente, conforme prescrições de tratamento da água. A descarga deve ser feita, de preferência, quando a unidade estiver operando a baixa carga.
Os vidros indicadores de nível e de aparelhos indicadores em geral devem estar perfeitamente limpos, a fim de evitar erros de leitura. Se o vidro de nível estiver embaçado internamente, na primeira parada da caldeira deve-se limpá-lo.
A pressão de trabalho na caldeira não pode exceder, para evitar disparos da(s) válvula(s) de segurança. A perda de vapor por esta(s) válvula(s) é muito significativa no rendimento da instalação;
No caso de operar com óleo combustível, nunca aproveitar a incandescência da fornalha para reacender o queimador. Cada vez que for reacendê-lo, deve-se introduzir uma tocha. Essa prática impede a eventual formação de gases combustíveis na câmara, a ponto de provocar sua explosão com danos totais na fornalha.
Deve ser extraída, diariamente, uma amostra da água de alimentação e de descarga, para controle de tratamento. Esta rotina, infelizmente, na maioria dos casos é abandonada, resultando em sérios prejuízos para o usuário.
No caso das caldeiras que possuem sistema de controle de nível por eletrodos, deve-se limpá-los para a segurança do funcionamento no sistema de alarme, acoplado ao indicador de nível.

8 - CUIDADOS DURANTE A LIMPEZA
Os seguintes cuidados devem ser tomados durante a limpeza de uma caldeira:
}  Limpar cuidadosamente todo o espaço em torno da caldeira. Remover qualquer resíduo de óleo. A caldeira deve ser limpa como se fosse um salão de festas;
}  Travar todas as válvulas com arame, para impedir a abertura acidental de alguma delas;
}  Proibir o uso de lâmpadas desprotegidas dentro da caldeira. Os cabos elétricos das lâmpadas portáteis devem estar com o isolamento em bom estado; e os aparelhos de iluminação devem ser do tipo estanque, sendo preferível usar lanternas portáteis durante o trabalho;
}  Proibir o fumo durante a aplicação de produtos químicos de limpeza;
}  Evitar a aplicação de grande quantidade de produto de limpeza, de modo que possa ficar acumulado em locais sujeitos a altas temperaturas;
}  Prestar particular atenção para detectar qualquer incêndio quando a caldeira for acesa pela primeira vez, após ter sido tratada;
}  Limitar a entrada de pessoal somente aos trabalhos de emergência, depois que a caldeira for borrifada com produto de limpeza e até que todo o composto tenha sido removido e que a caldeira esteja acesa;
}  Examinar cuidadosamente o lado da água antes de fechar a caldeira, para verificar se há matéria estranha;
}  Verificar, antes de fechar uma caldeira, se não tem alguém lá dentro ou se não foi esquecida nenhuma ferramenta.

9 - PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
Devem ser tomadas as seguintes medidas de segurança:
}  Não permitir que se trabalhe no interior de uma caldeira sem que a ventilação tenha sido providenciada. Cuidados devem ser tomados com os gases tóxicos que se formam, inclusive dentro do tubulão de vapor;
}  Assegurar-se que todos os suspiros e drenos dos tubulões e coletores estejam abertos antes de abrir uma porta de visita. Não ficar na frente das portas de visita quando for abri-las pela primeira vez;
}  Não deixar nenhuma ferramenta em posição que possa cair ou obstruir a ventilação;
}  Nos espaços que possam conter vapores inflamáveis, toda instalação elétrica deve ser testada quanto à existência de terra. Os defeitos devem ser corrigidos antes que se envie alguém para trabalhar na área: os testes devem ser feitos a partir de um quadro de distribuição que esteja fora do espaço a ser testado e os reparos devem ser feitos com o circuito desenergizado;
}  Não permitir o uso de chamas desprotegidas, como as de maçaricos, velas, fósforos, etc, em tanques de óleo ou nas proximidades dos suspiros desses tanques;
}  Limpar imediatamente qualquer óleo derramado;
}  Manter todas as juntas das redes de óleo em perfeitas condições de vedação;
}  Manter os extintores de incêndio carregados e em boas condições;
}  Examinar e testar o sistema de burrifamento de vapor a cada 600 horas de funcionamento, durante a limpeza no lado do fogo. Assegurar-se que todos os furos dos tubos estão desobstruídos e sem escória solta. A limpeza pode ser feita passando-se um prego em cada furo e, em seguida, admitindo vapor no sistema;
}  A temperatura do óleo combustível não deve estar acima do ponto de fulgor em nenhuma parte do sistema, exceto entre os aquecedores e os maçaricos. De qualquer modo a temperatura não deve exceder a necessária para que o óleo atinja a viscosidade de 135 SSU;
}  Não exceder, em nenhuma parte do sistema, a pressão máxima recomendada;
}  As caldeiras que têm depósitos de óleo nas suas superfícies de aquecimento – óleo, graxa ou matéria estranha na água de alimentação – não devem ser postas a vaporizar intensamente, exceto em emergências;
}  Testar freqüentemente, com uma régua, as partes retas dos tubos geradores, para ver se houve alguma deflexão;
}  Testar os manômetros em intervalos regulares;
}  Não tentar melhorar a vedação das portas de visita e janelas de inspeção durante os testes hidrostáticos até que a pressão tenha sido elevada a um máximo de 50 libras de pressão de teste.

10 - CONSIDERAÇÕES SOBRE O EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
São indicados os EPI’s que melhor atendam às características de proteção, resistência, praticidade e sejam de fácil manutenção.
Na operação com caldeiras, é indicado o uso de capacete, luvas apropriadas (de couro ou asbesto, conforme necessário) e batas de couro.
O EPI deve ser mantido sempre em bom estado de uso. Para isso, cuidados especiais devem ser observados, conforme o tipo de material usado na sua fabricação.
A empresa deve ajudar o trabalhador a conservar seu EPI, não só conscientizando-o de que, ao conservar o equipamento, ele estará protegendo a si mesmo, mas também lhe fornecendo bolsas individuais e armários apropriados para guardá-lo.
Na seleção de um EPI, deve-se considerar o grau de proteção que o equipamento deve satisfazer, a facilidade de uso e a necessidade, ou não, de usá-lo em conjunto com outro equipamento de segurança).
Na seleção de trabalho, deve-se considerar a parte do corpo do trabalhador a ser protegida. É importante observar que:
}  Para cada trabalho, usa-se o EPI adequado;
}  EPI protege o operador contra os riscos nos locais de trabalho, proporcionando-lhe, ao mesmo tempo, proteção contra as condições incômodas e desagradáveis;

}  EPI deve oferecer a proteção mais completa possível à região do corpo diretamente ameaçada.

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