PREVENÇÃO
CONTRA EXPLOSÕES
ÍNDICE
1-
INTRODUÇÃO
2- ACIDENTES
DE TRABALHO
2.1-
Generalidades
2.2- Causas
de Acidentes
3-
CARACTERÍSTICAS DA CASA (OU ÁREA) DE CALDEIRA
4-RISCOS DE
ACIDENTES NA CASA (OU ÁREA) DE CALDEIRAS
5- RISCOS À
SAÚDE
5.10-
Poluição do Ar Provocada por Caldeiras
5.2- Efeitos
da Poluição no Ar
6-
PRINCIPAIS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
7- PREVENÇÃO
CONTRA EXPLOSÕES E OUTROS RISCOS
7.1- Outras
Medidas
8- CUIDADOS
DURANTE A LIMPEZA
9-
PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
10-
CONSIDERAÇÕES SOBRE O EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
1 INTRODUÇÃO
Na busca de
minimizar os acidentes de trabalho decorrentes da deficiência operacional em
caldeiras, o MONITOR, consciente de seu papel junto à sociedade, elaborou este
manual com informações sobre os pontos fundamentais e os cuidados
indispensáveis antes, durante e após a operação.
As
exigências legais contidas na portaria N° 23 de 26/04/1995 da Secretaria de
Segurança e Saúde no Trabalho – SSST – do Ministério do Trabalho são reiteradas
ao longo deste documento, proporcionando uma familiaridade entre o aluno e seu
ambiente de trabalho, de modo que se possa obter como resultado, elevado índice
de salubridade.
Absorvendo
este conteúdo e utilizando-o quando necessário, o profissional poderá extrair
mais do equipamento, sem pôr em risco sua vida. Assim, o objetivo desta
instituição estará sendo cumprido.
2 -
ACIDENTES DO TRABALHO
2.1
Generalidades
Do ponto de
vista prevencionista, acidente de trabalho pode ser definido como uma
ocorrência não-programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no
processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões
nos trabalhadores e/ou danos materiais. Portanto, sob o ponto de vista
prevencionista, o acidente do trabalho ocorre desde que haja perda de tempo
útil, mesmo que não haja vítima.
Do ponto de
vista legal, no Brasil, considera-se acidente de trabalho aquele que ocorre
pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesões corporais,
perturbação funcional ou doença que cause a morte, perda, redução permanente ou
temporária da capacidade do trabalhador.
Assim, o
acidente do trabalho, sob o ponto de vista legal, pode ocorrer:
} no exercício do trabalho
} a serviço da empresa
É
considerado acidente de trabalho quando provoca:
} lesão corporal
} perturbação funcional
} doença ocupacional
2.2 Causas
de acidentes
As causas
dos acidentes podem ser classificadas em duas categorias:
a) Atos
inseguros ou perigosos
São atos que
partem do empregado, decorrentes da execução de tarefas de uma forma contrária
às normas de segurança. Em outras palavras, é o tipo de comportamento adotado
pelo trabalhador que pode levá-lo, ou não, a sofrer um acidente. São exemplos
destes atos:
} Recusa do funcionário em utilizar equipamentos de proteção
individual (EPI), fornecidos pela empresa e cujo uso é obrigatório por lei;
} Utilizar ferramentas manuais de maneira incorreta ou imprópria;
} Utilizar equipamentos defeituosos ou em serviços incompatíveis
com suas características;
} Não obedecer a sinais ou instruções de segurança.
b) Condições
inseguras ou perigosas
Também
conhecidas como riscos profissionais, decorrem diretamente das condições do
local ou do ambiente de trabalho. São falhas, defeitos, irregularidades
técnicas, carência de dispositivos de segurança e outros que põem em risco a
integridade física das pessoas e a própria segurança das instalações e dos
equipamentos.
São exemplos
de condições inseguras:
} Proteção mecânica inadequada;
} Equipamentos grosseiros, cortantes, escorregadios, corroídos,
trincados, de qualidade inferior;
} Escadas, pisos e tubulações (encanamentos) em condições
precárias;
} Projetos ou construções inseguras;
} Processos, operações ou disposições (arranjos) perigosos.
empilhamento defeituoso, armazenagem malfeita, passagem obstruída; sobrecarga
no piso, congestionamento de maquinaria e operadores; etc.;
} Iluminação inadequada ou incorreta;
} Ventilação inadequada ou incorreta.
3 -
CARACTERÍSTICAS DA CASA (OU ÁREA) DE CALDEIRAS
Uma casa de
caldeiras deve possuir algumas características específicas para a finalidade a
que se destina, visando permitir o perfeito funcionamento do equipamento que
abriga e a máxima segurança na sua operação.
Dessa forma
a casa de caldeiras deve:
Ser ampla
Uma casa de
caldeiras reduzida, que não permita fácil deslocamento dos operadores, acarreta
uma série de riscos:
} a temperatura no seu interior ficará elevada, pois, não havendo
espaço suficiente, será difícil a ventilação;
} dificultará todas as operações necessárias ao funcionamento e
manutenção das caldeiras;
} tornará difícil qualquer providência em caso de emergência,
possibilitando maior incidência de condições inseguras e até mesmo de atos
inseguros.
Ser
bem arejada
O bom
arejamento será benéfico tanto para a saúde dos operadores quanto para as
próprias caldeiras, que não devem ter temperatura elevada em seu exterior.
Ser bem
iluminada
Não se pode
conceber a operação de qualquer equipamento em local de pouca iluminação. Além
disso, as caldeiras possuem uma série de instrumentos de controle e proteção
que precisam estar bem visíveis ao operador, para que o mesmo possa, a qualquer
instante, tomar conhecimento das condições de funcionamento dos mesmos. Só
assim ele poderá tomar as medidas necessárias ao trabalho seguro do
equipamento.
Possuir rede
de esgoto
A rede de
esgoto permite uma boa limpeza no ambiente, pois estando sujo torna-se inseguro.
No caso das casas de caldeiras, a sujeira provoca insegurança muito maior por
haver combustível em seu interior, o que aumenta o risco de incêndios.
Possuir
estrutura adequada
A casa de
caldeiras deve ser construída em alvenaria cintada, tendo o teto em estrutura
leve ou, no caso de laje, este deverá estar simplesmente apoiado.
O objetivo
dessas características em relação ao teto é direcionar a formação de choque
para cima em caso de explosão.
4 -
RISCOS DE ACIDENTES NA CASA (OU ÁREA) DE CALDEIRAS
Na área de
caldeiras, os operadores devem ficar atentos para evitar acidentes, tais como:
} Quedas
} Corpo estranho nos olhos
} Escorregões
} Queimaduras
} Intoxicações
} Choques elétricos
} Colisões (por falta de espaço)
} Torções lombares
} Irritações cutâneas
} Perturbações funcionais provocadas pelo ruído.
5 - RISCOS À
SAÚDE
5.1 Poluição
do Ar Provocada por Caldeiras
A poluição
do ar causada por caldeiras, está relacionada a um problema mais genérico: o
das emissões de poluentes oriundos da queima de óleos combustíveis utilizados
como fonte de energia, no ar atmosférico.
Os
equipamentos que utilizam gás como produzem menor poluição no ar, apesar das
más condições de queima resultarem em pequenas, porém ofensivas, emissões de
monóxido de carbono ou de gases e vapores orgânicos.
5.2 Efeitos
da Poluição no Ar
Os óxidos de
enxofre podem causar danos ao homem, às plantas e aos materiais. Em altas
concentrações, esses ácidos irritam o trato respiratório superior dos seres
humanos, devido a sua alta solubilidade em corpos fluidos. Em pequenas
concentrações, o ácido de enxofre pode tornar a respiração mais difícil.
Os efeitos
dos ácidos de enxofre, representados na “Tabela de efeitos dos compostos
sulfurosos”, não derivam somente da presença deste ácido, estão associados à
presença de outros poluentes encontrados na atmosfera urbana. Vale salientar
que estes efeitos não são válidos para exposições breves.
Devido às
reações entre os poluentes e dos poluentes com o oxigênio e a água na
atmosfera, bem como a influência da temperatura e da luz solar sobre essas reações,
os efeitos dos ácidos de enxofre na atmosfera podem diferir dos seus efeitos em
condições de laboratório.
É evidente
que a poluição por óxido de enxofre agrava as doenças respiratórias existentes
nos seres humanos. No entanto, estudos clínicos mostram que algumas pessoas são
mais sensíveis que outras a ação dos poluentes. Assim:
} Exposição prolongada às concentrações relativamente baixas de
dióxido de enxofre tem sido associada ao aumento da mortalidade por doenças
cardiovasculares em pessoas idosas;
} Prolongada exposição a concentrações mais altas de dióxido de
enxofre tem sido associada a um aumento de mortalidade por doenças
respiratórias e a um aumento de doenças infantis em idade escolar, reveladas
por sintomas como tosse, irritação da membrana mucosa e secreção mucosa;
} O ar residual nos pulmões de pacientes com enfisema tem sido
significativamente reduzido quando os pacientes respiram um ar livre de
poluição;
} O mais importante fator de melhoria da sensação de bem-estar de
pacientes com bronquite crônica tem sido a diminuição das quantidades de
poluição por fumaça e dióxido de enxofre (SO2).
Concentração
de SO2 ppm
|
Tempo de
exposição
|
Efeitos
|
0,01 a
0,03
|
Exposição
anual
|
|
0,07 a 0,8
|
Exposição
por 3 ou 4 dias
|
|
0,21 a
0,28
|
Exposição
por 24 horas
|
|
0,5 a 1,6
|
Exposições
breves (minutos)
|
|
Concorre
também para a poluição do ar, o monóxido de carbono, ou carbono livre, que
resulta da relação imprópria ar/combustível. A relação ideal é de 16 Kg de ar
para 1 Kg de combustível. Quando, na mistura, houver a quantidade de ar correta
e mais de 1 kg de combustível ou a quantidade de combustível correta, mas
apresentar menos de 16 kg de ar, haverá emissão de fumaça preta que, aspirada
por muito tempo, provocará doenças respiratórias ou pulmonares.
O monóxido
de carbono (CO) é um gás perigoso, porque é incolor, inodoro e inflamável. Seu
efeito predominante é a asfixia. A concentração máxima admissível é de 90 ppm.
Exposições
superiores a 4.000 ppm são fatais em menos de 60 minutos. Os sintomas variam
desde uma ligeira dor de cabeça a aumento de freqüência respiratória, passando
através de estágios como confusão mental, colapso, perda da visão e audição e
até perda da consciência e morte.
6 -
PRINCIPAIS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
A principal
medida de proteção é a prevenção, ou seja, a tentativa de evitar que ocorra a
poluição. Consegue-se isso mantendo as caldeiras em perfeitas condições de
funcionamento (quando não há combustão completa, há emissão de fumaça).
Fatores como
combustão incompleta, atomizacão inacabada de óleo – causada pela temperatura
imprópria de combustível – tiragem deficiente e vazão óleo/ar inadequada,
propiciam a formação de fumaça.
Operação
adequada e boa manutenção são fatores básicos para reduzir a emissão de fumaça,
fazendo-a permanecer dentro dos limites compatíveis com as normas legais
existentes.
Preocupados
com a poluição do ar nos centros urbanos e industrializados, os governos já
criaram algumas medidas, tais como:
} Colocação de lavador de fuligem nas chaminés dos fornos e
caldeiras;
} Construção de chaminés mais altas para que os poluentes possam
ser jogados mais longe e se espalharem;
} Intensificação do uso do gás natural nos veículos e nas
combustões industriais;
} Tratamento de efluentes.
7 -
PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES E OUTROS RISCOS
Estão descritas abaixo as principais medidas de prevenção contra
explosões nas caldeiras antes, durante e após a operação:
a) Antes da Operação:
}
Assegurar-se
que os sistemas automáticos de operação e segurança estejam testados e em boas
condições de funcionamento;
}
Circular
ar na fornalha antes de acender ou reacender os queimadores. Isto se faz
ligando o ventilador por 1 ou 2 minutos antes de ligar o piloto;
}
Assegurar-se
que as comunicações da caldeira com a garrafa de nível e desta com o visor de
nível estão desobstruídas. Isto se faz dando descarga na garrafa de nível;
} Verificar se o depósito de água esta sendo suficientemente
abastecido;
} Verificar se as bombas estão em bom estado de funcionamento;
} Verificar se os sistemas piloto e fotocélula estão em perfeito
estado de funcionamento;
} Drenar a água dos tanques de óleo e do aquecedor.
b) Durante a
Operação
} Não se ausentar da casa de caldeira e monitorar toda
instrumentação;
} Não exceder a pressão máxima de trabalho permitida;
} Testar as válvulas de segurança pelo menos uma vez por semana;
} Observar o funcionamento das válvulas solenóides de óleo e do
aquecedor;
} Ficar sempre atento aos momentos de parada e reacendimento;
} Não esquecer nunca o visor de nível;
} Drenar o indicador de nível a cada 4 horas;
} Nunca tentar reacender o maçarico usando o calor da fornalha;
} Se a água desaparecer do visor de nível, apagar a caldeira e
deixá-la esfriar;
} Ao apagar a caldeira, fechar a válvula VDM;
} Obedecer rigorosamente à recomendação da ETA para as descargas
de fundo;
} Observar sempre a fumaça na saída da chaminé;
} Nunca esvaziar a caldeira pressurizada dando descarga de fundo;
c) Após a
Operação
} Deixar o nível da água a três quartos do visor, quando apagar a
caldeira;
} Antes de remover qualquer acessório ou porta de visita,
assegurar-se que não há mais pressão no interior da caldeira;
} Fechar todas as aberturas da fornalha e da chaminé quando apagar
a caldeira;
} Assegurar-se que as válvulas solenóide de óleo e válvula de óleo
manual estão com perfeita estanqueidade;
} Não permitir acúmulo de óleo ou gás dentro da caldeira.
7.1 Outras
medidas
Existem,
ainda, outros cuidados que devem ser tomados para evitar acidentes, dependendo
do tipo de caldeira.
A inspeção
diária no corpo de nível promove a descarga das torneiras de prova, do
indicador, e do próprio corpo de nível. Esta operação permite constatar se as
partes responsáveis pela indicação do nível interno não estão entupidas. Às
vezes, acontece do tubo de comunicação do corpo de nível com a caldeira ficar
obstruído por excesso de incrustações, impedindo que se constate o nível real
no interior da unidade. Se o operador prossegue na operação da caldeira, podem
ocorrer danos totais por falta de água.
Quando,
eventualmente, constata-se esse defeito a tempo, nunca se deve injetar água
imediatamente no interior da caldeira. Nesse caso, deve-se apagar o fogo
imediatamente e esfriá-la, para evitar explosões.
Deve-se
testar diariamente a válvula de segurança, verificando se abre e fecha automaticamente
sem desprender vapor, quando em pressão inferior à sua operação. Esta operação
deve ser feita com cuidado, para não desnivelar o contrapeso da válvula. No
caso de vazamento anormal na válvula, é expressamente proibido adicionar pesos
de segurança para estancá-lo. O procedimento adequado consiste em esmerilar sua
sede até assegurar-lhe perfeita estanqueidade.
A caldeira
deve ser descarregada diariamente, conforme prescrições de tratamento da água.
A descarga deve ser feita, de preferência, quando a unidade estiver operando a
baixa carga.
Os vidros
indicadores de nível e de aparelhos indicadores em geral devem estar perfeitamente
limpos, a fim de evitar erros de leitura. Se o vidro de nível estiver embaçado
internamente, na primeira parada da caldeira deve-se limpá-lo.
A pressão de
trabalho na caldeira não pode exceder, para evitar disparos da(s) válvula(s) de
segurança. A perda de vapor por esta(s) válvula(s) é muito significativa no
rendimento da instalação;
No caso de
operar com óleo combustível, nunca aproveitar a incandescência da fornalha para
reacender o queimador. Cada vez que for reacendê-lo, deve-se introduzir uma
tocha. Essa prática impede a eventual formação de gases combustíveis na câmara,
a ponto de provocar sua explosão com danos totais na fornalha.
Deve ser
extraída, diariamente, uma amostra da água de alimentação e de descarga, para
controle de tratamento. Esta rotina, infelizmente, na maioria dos casos é abandonada,
resultando em sérios prejuízos para o usuário.
No caso das
caldeiras que possuem sistema de controle de nível por eletrodos, deve-se
limpá-los para a segurança do funcionamento no sistema de alarme, acoplado ao
indicador de nível.
8 - CUIDADOS DURANTE A LIMPEZA
Os seguintes
cuidados devem ser tomados durante a limpeza de uma caldeira:
} Limpar cuidadosamente todo o espaço em torno da caldeira.
Remover qualquer resíduo de óleo. A caldeira deve ser limpa como se fosse um
salão de festas;
} Travar todas as válvulas com arame, para impedir a abertura
acidental de alguma delas;
} Proibir o uso de lâmpadas desprotegidas dentro da caldeira. Os
cabos elétricos das lâmpadas portáteis devem estar com o isolamento em bom
estado; e os aparelhos de iluminação devem ser do tipo estanque, sendo
preferível usar lanternas portáteis durante o trabalho;
} Proibir o fumo durante a aplicação de produtos químicos de
limpeza;
} Evitar a aplicação de grande quantidade de produto de limpeza,
de modo que possa ficar acumulado em locais sujeitos a altas temperaturas;
} Prestar particular atenção para detectar qualquer incêndio
quando a caldeira for acesa pela primeira vez, após ter sido tratada;
} Limitar a entrada de pessoal somente aos trabalhos de
emergência, depois que a caldeira for borrifada com produto de limpeza e até
que todo o composto tenha sido removido e que a caldeira esteja acesa;
} Examinar cuidadosamente o lado da água antes de fechar a
caldeira, para verificar se há matéria estranha;
} Verificar, antes de fechar uma caldeira, se não tem alguém lá
dentro ou se não foi esquecida nenhuma ferramenta.
9 -
PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
Devem ser
tomadas as seguintes medidas de segurança:
} Não permitir que se trabalhe no interior de uma caldeira sem que
a ventilação tenha sido providenciada. Cuidados devem ser tomados com os gases
tóxicos que se formam, inclusive dentro do tubulão de vapor;
} Assegurar-se que todos os suspiros e drenos dos tubulões e
coletores estejam abertos antes de abrir uma porta de visita. Não ficar na
frente das portas de visita quando for abri-las pela primeira vez;
} Não deixar nenhuma ferramenta em posição que possa cair ou
obstruir a ventilação;
} Nos espaços que possam conter vapores inflamáveis, toda
instalação elétrica deve ser testada quanto à existência de terra. Os defeitos
devem ser corrigidos antes que se envie alguém para trabalhar na área: os
testes devem ser feitos a partir de um quadro de distribuição que esteja fora
do espaço a ser testado e os reparos devem ser feitos com o circuito
desenergizado;
} Não permitir o uso de chamas desprotegidas, como as de
maçaricos, velas, fósforos, etc, em tanques de óleo ou nas proximidades dos
suspiros desses tanques;
} Limpar imediatamente qualquer óleo derramado;
} Manter todas as juntas das redes de óleo em perfeitas condições
de vedação;
} Manter os extintores de incêndio carregados e em boas condições;
} Examinar e testar o sistema de burrifamento de vapor a cada 600
horas de funcionamento, durante a limpeza no lado do fogo. Assegurar-se que
todos os furos dos tubos estão desobstruídos e sem escória solta. A limpeza
pode ser feita passando-se um prego em cada furo e, em seguida, admitindo vapor
no sistema;
} A temperatura do óleo combustível não deve estar acima do ponto
de fulgor em nenhuma parte do sistema, exceto entre os aquecedores e os
maçaricos. De qualquer modo a temperatura não deve exceder a necessária para
que o óleo atinja a viscosidade de 135 SSU;
} Não exceder, em nenhuma parte do sistema, a pressão máxima
recomendada;
} As caldeiras que têm depósitos de óleo nas suas superfícies de
aquecimento – óleo, graxa ou matéria estranha na água de alimentação – não
devem ser postas a vaporizar intensamente, exceto em emergências;
} Testar freqüentemente, com uma régua, as partes retas dos tubos
geradores, para ver se houve alguma deflexão;
} Testar os manômetros em intervalos regulares;
} Não tentar melhorar a vedação das portas de visita e janelas de
inspeção durante os testes hidrostáticos até que a pressão tenha sido elevada a
um máximo de 50 libras de pressão de teste.
10 -
CONSIDERAÇÕES SOBRE O EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
São
indicados os EPI’s que melhor atendam às características de proteção,
resistência, praticidade e sejam de fácil manutenção.
Na operação
com caldeiras, é indicado o uso de capacete, luvas apropriadas (de couro ou
asbesto, conforme necessário) e batas de couro.
O EPI deve
ser mantido sempre em bom estado de uso. Para isso, cuidados especiais devem
ser observados, conforme o tipo de material usado na sua fabricação.
A empresa
deve ajudar o trabalhador a conservar seu EPI, não só conscientizando-o de que,
ao conservar o equipamento, ele estará protegendo a si mesmo, mas também lhe
fornecendo bolsas individuais e armários apropriados para guardá-lo.
Na seleção
de um EPI, deve-se considerar o grau de proteção que o equipamento deve
satisfazer, a facilidade de uso e a necessidade, ou não, de usá-lo em conjunto
com outro equipamento de segurança).
Na seleção
de trabalho, deve-se considerar a parte do corpo do trabalhador a ser
protegida. É importante observar que:
} Para cada trabalho, usa-se o EPI adequado;
} EPI protege o operador contra os riscos nos locais de trabalho,
proporcionando-lhe, ao mesmo tempo, proteção contra as condições incômodas e
desagradáveis;
} EPI deve oferecer a proteção mais completa possível à região do
corpo diretamente ameaçada.
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