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MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS
9.2 Programa
de Manutenção Preventiva de Caldeiras Elétricas
A manutenção
deste tipo de caldeiras é muito simples. Internamente, a caldeira possui apenas
um componente móvel: a válvula borboleta, que controla o nível de água no
interior da cuba. Externamente, a bomba de circulação é independente do casco,
o que facilita sua substituição ou reparo, sendo desnecessário parar a
caldeira.
Os eletrodos
de contato sofrem desgastes durante a operação da caldeira, apresentando vida
útil que varia de acordo com sua qualidade.
São
elementos de baixo custo, fabricados em aço carbono - SAE 1050 a 1070 -,
podendo ser produzidos na própria indústria. Em média, sua troca tem sido
efetuada a cada seis meses e o tempo gasto na sua remoção e instalação é de
seis a oito horas, desde a parada da caldeira até a mesma entrar novamente em
funcionamento.
Esses
eletrodos são aparafusados na extremidade de cada um dos eletrodos suportes.
Para a troca dos eletrodos de contato, não é necessária a remoção dos eletrodos
suportes, pois a substituição é feita internamente, utilizando-se a porta de
visita.
9.3 Programa
de Manutenção Preventiva de Caldeiras Fora de Operação
É
importante o tratamento das caldeiras que, por algum motivo, estejam fora de
operação, pois se sabe que a maior parte dos danos de corrosão são provenientes
da falta de tratamento durante esse período e que a corrosão é o resultado da
exposição do metal úmido em contato com o oxigênio do ar.
Para
prevenir a corrosão em caldeiras fora de operação, são necessários cuidados
específicos para cada tipo.
a) Caldeiras
em prontidão
São as
caldeiras que estão de reserva, podendo entrar em operação a qualquer momento.
Para fazer
sua manutenção, deve-se enchê-las de água com produtos químicos – soda, sulfito
de sódio, etc – até atingir o ventilador superior, para eliminar o ar. O
nitrogênio gasoso também poderá ser utilizado para manter uma pressão positiva
na caldeira, prevenindo-a da contaminação por oxigênio ou vazamento.
b) Caldeiras
em hibernação
São aquelas
que deverão permanecer fora de operação durante longo período. Devem ser bem
limpas e secas, colocando-se bandejas contendo sílica gel ou óxido de cálcio
hidratado para absorver a umidade, sendo também necessário selá-las para evitar
a entrada de oxigênio.
Periodicamente,
estas caldeiras devem ser inspecionadas, procedendo-se a substituição de seus
agentes absorventes de umidade.
9.4
Manutenção Corretiva
Após a ocorrência
de envelhecimento ou desgaste prematuro, rupturas, explosões, danificações
localizadas ou generalizadas de suas partes ou acessórios, a caldeira deverá
sofrer intervenções, para recuperar suas condições de funcionamento normal. O
conjunto dessas intervenções constitui o que se denomina manutenção corretiva.
Para a
segurança das caldeiras, é de extrema importância que, ao se proceder a
manutenção corretiva, sejam observadas as mesmas exigências seguidas quando de
sua fabricação.
Dessa forma,
para se substituir, por exemplo, um tubo de determinada caldeira, devem ser
empregados os mesmos materiais e observados os mesmos procedimentos exigidos
pela norma de fabricação dessa caldeira. Também para as juntas soldadas em
manutenção, deve-se adotar o mesmo procedimento.
Em resumo,
para se fazer uma manutenção corretiva adequada, é necessário pessoal
qualificado, procedimentos normalizados e materiais especificados, não sendo
essa, portanto, uma atribuição dos operadores de caldeiras.
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