ALIMENTAÇÃO DE PRODUTOS
QUÍMICOS
5.1 Dosadores
Os dosadores são utilizados para
receber e inserir, nas caldeiras, os produtos destinados ao tratamento interno
químico da água. São instalados perto da sucção da bomba de alimentação de modo
que a própria água, ao entrar na caldeira, transporte esses produtos por
diferença de pressão.
A figura 2 apresenta uma
instalação típica de um dosador do tipo de controle por válvula agulha com
escala graduada.
Podem ser utilizadas também,
antes da bomba de alimentação, bombas dosadoras com uma ou mais saídas para a
linha de alimentação.
6 - TRATAMENTO DE ÁGUA PARA
CALDEIRAS ELÉTRICAS
O bom desempenho e a vida útil
de qualquer caldeira depende muito do tratamento dispensado à água utilizada na
geração de vapor. Faz-se o tratamento da água objetivando prevenir
incrustações, corrosão e arraste.
Para as caldeiras elétricas,
isso também é verdadeiro, acrescendo um cuidado especial à condutividade,
dependendo da qualidade da água de alimentação, pode, ou não, ser necessário
desmineralizá-la, para que atinja um nível de condutividade que não exija
purgas contínuas ou descargas de fundo muito freqüentes.
Embora uma instalação de
desmineralização possa constituir um maior investimento inicial, este será
compensado pelo baixo custo operacional, proporcionado pela menor ou nenhuma
adição de produtos químicos e pelo melhor desempenho e vida útil da caldeira.
A ocorrência de incrustações
sobre os eletrodos acarreta perda de capacidade das caldeiras, devido à
característica isolante desses depósitos, diminuindo a área atuante dos
eletrodos. Isso vem reforçar a necessidade do tratamento da água.
Conforme anteriormente
esclarecido, este tratamento pode ser minimizado se for feito utilizando-se o
condensado como água de alimentação.
No quadro seguinte, está
especificada a freqüência dos testes utilizados para tratamento da água das
caldeiras, bem como seus limites.
Tab. 7 Condições das caldeiras X
testes obrigatórios
Condição da caldeira
|
Testes obrigatórios
|
Freqüência dos testes
|
Vaporizando
|
pH
Alcalinidade
Dureza
Condutividade (elétrica)
Cloretos
|
Diariamente, meia hora após
extrações ou purgas efetuadas.
|
Apagada
|
PH
Dureza
Condutividade (elétrica)
Oxigênio
|
Semanalmente, antes do
acendimento da caldeira.
|
8 - CONTROLES FÍSICOS DA ÁGUA
Os controles físicos da água
operam a eliminação dos materiais por meio de processos que não interferem em
sua composição. São eles:
Desaerador
Também é um método externo e tem
por finalidade eliminar os gases que estão contidos na água, principalmente o
oxigênio, através do uso do desaerador;
Extrações ou descargas de fundo
e de superfície
Têm por finalidade eliminar os
sólidos dissolvidos e em suspensão evitando a formação de lama recozida. Podem
ser consideradas como um complemento do tratamento químico, pois de nada
adiantará tratar a água quimicamente com reagentes, se não forem eliminadas as
partículas sólidas formadas por eles. Essas extrações eliminam, também, alguma
quantidade de óleo que possa estar contida na água de alimentação.
Se as extrações de superfície
forem insuficientes, poderão provocar a formação de espumas e também o
arrastamento destas para as tubulações de vapor, prejudicando o sistema. A
insuficiência das extrações de fundo provocará o aparecimento de lama recozida
e o superaquecimento dos tubos.
Várias extrações de 15 segundos,
cada uma, serão muito mais eficientes que uma única extração prolongada.
Para a freqüência das extrações ou
descargas de fundo, deve-se considerar que:
}
Como já foi dito, a
quantidade de produtos químicos adicionados à água provocam a formação de
outros sólidos em suspensão. Portanto, a quantidade de extrações de fundo deve
estar relacionada à quantidade de produtos adicionados. Se, a olho nu, for
notada a presença de sólidos, a freqüência das extrações deverá ser aumentada;
}
A excessiva
quantidade de cloretos na água determinará a contaminação da mesma. Dessa
forma, ocorre o aumento de sólidos em suspensão e as extrações de fundo devem
ser aumentadas;
}
O tempo entre uma
extração e outra deve ser determinado corretamente, podendo ser variável,
considerando-se os problemas mencionados acima. A pressão da linha é marcada
normalmente no cartão registrador, aparecendo uma depressão no momento de cada
descarga. Desde que esteja sendo efetuado tratamento interno com adição de
solventes químicos, o número de descargas deverá obedecer às seguintes
diretrizes:
ü dureza até 10 ppm - descargas de 4 em 4 horas
ü dureza até 20 ppm - descargas de 3 em 3 horas
ü dureza até 30 ppm - descargas de 2 em 2 horas
ü dureza até 40 ppm - descargas de 1 em 1 hora
} As águas das extrações de fundo e de alimentação das
caldeiras, devem estar dentro dos limites de controle apresentados no quadro
seguinte, de acordo com a pressão de regime das mesmas.
Tab. 8 Limites de controle da
água
Até 13 Kg/cm2
|
13,1 – 20
|
20,1 – 30
|
30,1 - 40
|
40,1 – 50
|
50,1 - 60
|
|
PH
|
11,0
|
11,0
|
11,0
|
10,5
|
10,5
|
10,0
|
Dureza
|
0
|
0
|
0
|
0
|
0
|
0
|
Alcalinidade
Fenolfitaleina
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
Alcalinidade metil orange
(C/CaCO3)
|
< 800
|
< 700
|
< 600
|
< 500
|
< 400
|
< 300
|
Alcalinidade hidróxida (C/CaCO3)
|
150 – 300
|
150 – 250
|
100 – 150
|
80 – 120
|
80 – 120
|
80 – 100
|
Cloretos (C/Cl)
|
< 250
|
< 200
|
H2O desmineralizada
|
|||
Fosfato (C/PO4)
|
30 – 80
|
30 – 60
|
30 – 60
|
20 – 50
|
20 – 40
|
15 – 30
|
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