5 - PARTES DE UMA CALDEIRA
5.1 Fornalhas
Um fator importante na fornalha é a formação
de um recinto fechado e termicamente isolado do meio exterior. Pode ser de
tijolos refratários (tijolos que resistem a altas temperaturas) de boa
qualidade, pois as temperaturas podem atingir até 1.600ºC dependendo da
fornalha.
Quando forem instalados tijolos refratários
novos recomenda-se que se aplique pouco calor nos primeiros dias e se vá
aumentando, gradativamente, até os tijolos atingirem suas características de
operação. Caso isto não seja observado e aplique-se um calor elevado
bruscamente, os tijolos refratários poderão vir a se danificar.
Outra
maneira de apresentação de refratários é em pó, onde, nesse caso, é aplicado
sob a forma de argamassa ou concreto.
Um bom refratário deve ter as seguintes
características:
}Alta
refratariedade e alto ponto de fusão;
}Alta
refratariedade sob carga;
}Resistência
ao choque térmico;
}Dilatação
quase nula.
Os componentes dos refratários podem variar
conforme sua aplicação e a temperatura que terão de suportar. Os principais
componentes são: Óxido de Sílica, Óxido de Alumínio, Óxido de Magnésio,
Grafite, Silício, etc.
5.1.1 Fornalhas para queima de combustíveis sólidos
São as fornalhas com suporte e grelhas. As
grelhas podem ser planas, inclinadas ou dispostas na forma de degraus. Estas
fornalhas destinam-se a queima de lenha e seus derivados: carvão, sobras de
produtos, bagaço de cana, casca de castanha, etc. Normalmente, a alimentação é
feita manualmente, embora possa ser mecanizada.
A desvantagem deste tipo de fornalha é que
elas apresentam baixas de temperatura na entrada do combustível, grande
produção de resíduos e uso limitado em caldeiras de pequena capacidade.
Quanto a fornalha para óleo combustível ou
gás, existe muita variedade:
}Um
tipo para caldeira flamotubular, em que os gases quentes passam
por dentro do cilindro.
}Outro
tipo para caldeira aquotubular, em que a água circula pela
junção dos tubos e sua região externa configura a fornalha das caldeiras aquotubulares.
5.1.2 Fornalhas para queima de combustíveis em suspensão
São usadas quando se queima óleo, gás ou
combustíveis sólidos pulverizados e o elemento responsável por sua queima é o
maçarico ou o combustor
Neste caso, a fornalha é dividida em duas
partes: fornalha propriamente dita (câmara de combustão) e maçarico
(combustor). Para que ocorra uma combustão ideal, uma das condições é que o
combustível passe para o estado gasoso, ou seja, que ele seja pulverizado.
Como vimos, as fornalhas desempenham
importante função em um gerador de vapor, portanto para sua construção devem
ser observados os seguintes aspectos:
}
o tipo de combustível,
}a
facilidade de limpeza, o teor de cinzas produzidas pelo combustível,
}a
volatilidade,
}a
temperatura na fornalha,
}o
regime de trabalho,
}a
injeção de ar e a coordenação com os modos ou meios de alimentação.
Isso tudo deve ser feito levando-se em
consideração a finalidade da caldeira, seus componentes e a área local e
periférica de instalação.
5.2 Tubos
Tubos são os elementos que recebem a maior
quantidade de calor da fornalha. Estes têm a finalidade de transferir o calor
dos gases quentes para a água. Existem dois tipos de tubos: um para caldeira flamotubular e outro para aquotubular, independente do tipo de
combustível.
Em caldeiras flamotubulares, como foi visto, os gases passam
por dentro dos tubos e a água permanece por fora.
Em caldeiras aquotubulares estes tubos possuem água em seu
interior e formam as paredes da fornalha, recebendo calor diretamente dos gases
da combustão.
Tem,
também, o papel de ligar o tubulão de vapor superior aos coletores
ou depósitos de água inferiores. Completando a circulação da água em convecção
natural no sentido descendente, existem os tubos de retorno externamente à
câmara de combustão. A água recebendo calor no feixe tubular torna-se mais
leve, menos densa e tende a subir em corrente ascendente para o tubulão de vapor, onde se vaporiza.
5.3 Corpos cilíndricos (costado, casco ou carcaça)
Apenas as caldeiras flamotubulares e as elétricas possuem corpos
cilíndricos, que são diferentes entre si.
Nas caldeiras flamotubulares, os gases passam através dos
tubos e a água que os envolve é comportada em um corpo cilíndrico. Logo, para
melhor visualizar, pode-se dizer que a caldeira flamotubular é um cilindro com água
atravessado por tubos.
O
nível da água, neste cilindro, não pode ser superior a três quartos e nem sua
capacidade inferior a metade.
As extremidades do casco podem ser de diversos
tipos:
}espelhos
(com abertura, sem abertura, estaiados, não-estaiados);
}tampos
planos;
}tampos
abaulados
5.4 Queimadores
Para cada combustível existe um queimador,
independente do tipo de caldeira (flamotubular ou aquotubular).
Numa caldeira, a função mais importante do
sistema é exercida pelos chamados queimadores ou combustores, os quais realizam
a pulverização do óleo, projetando-o no interior da fornalha. O queimador de
óleo tem por finalidade pulverizar o óleo combustível e lançá-lo no interior da
fornalha dividido em gotículas, cujos diâmetros variam aproximadamente de 30 a
150 mícrons. Dessa forma ocorre gaseificação
rápida, permitindo que a superfície de contato do combustível com o oxigênio do
ar de combustão seja grandemente aumentada.
5.5 Queimadores de pulverização com fluído auxiliar
Subdividem-se em:
Queimador de pulverização a ar de baixa
pressão
Este tipo de queimador é encontrado em fornos
industriais e em algumas caldeiras antigas. A pressão do ar varia de 150 a 800
mm de coluna d’água e passa para o bico do queimador através de uma série de
palhetas que lhe dão um movimento rotativo. Devido a forma cônica do bico do
queimador, a velocidade do ar é aumentada sem que se modifique o seu movimento
espiral. Como conseqüência, obtemos um turbilhonamento que faz o óleo combustível
parcialmente aquecido ser inteiramente misturado com o ar, facilitando a
combustão.
Em um queimador a ar de baixa pressão, sua velocidade varia com a raiz quadrada da
pressão. Assim, se a pressão do ar no bico do queimador correspondente a
descarga máxima for de 635 mm de coluna d’água, ao se reduzir a descarga de
óleo à metade será necessário reduzir para cerca de 160mm de coluna d’água a
pressão de ar, de modo a manter correta a proporção ar/ óleo.
Nos
queimadores de baixa pressão é necessário grande volume de ar. Em geral, não
são satisfatórias as condições de pulverização abaixo de 250mm de coluna
d’água. A viscosidade máxima admissível neste tipo de queimador está em torno
de 90 SSU.
Queimador
de Pulverização a Ar de Alta Pressão.
Neste tipo de queimador, a pressão do ar é
superior a 15psi. O ar primário para este queimador é produzido por
compressores e quanto maior for a pressão de ar primário, menor será a
quantidade na percentagem total de ar necessário. Assim, complementa-se com ar
secundário, facilitando o controle da combustão. Este tipo de queimador também
trabalha eficientemente com vapor e admite viscosidade máxima em torno de 170
SSU.
Queimador
de Pulverização Mecânica.
Também denominado de jato-pressão é
normalmente empregado em instalações de grande porte - nas quais predominam o
fator econômico - e em instalações marítimas, isto devido ao menor consumo de
energia e de água.
A
pulverização do óleo combustível é produzida pela passagem do óleo sob alta
pressão através de um orifício. Sua pressão varia normalmente de 60 a 140psi,
mas pode atingir valores maiores, sendo produzida por uma bomba para óleos até
150 SSU.
Queimadores
a Gás
Estes queimadores são equipamentos que, em um
sistema de combustão, têm as seguintes funções:
}fornecer
o gás combustível e o comburente à câmara de combustão, fixando adequadamente o
posicionamento da chama;
}misturar
convenientemente o gás combustível e o comburente;
}proporcionar
os meios necessários para manter uma ignição contínua da mistura gás
combustível/ ar, evitando a extinção da chama.
Entenda psi como lb/pol2.
Tambor
de Vapor (Tubulão Superior)
Existe apenas um tipo para as caldeiras aquotubulares. O tambor de vapor é o local
onde ocorre a separação entre o vapor e a água.
Tubulão de Lama (Tubulão Inferior)
Existe apenas um tipo para as caldeiras aquotubulares. Recebe este nome (lama) porque
é o local onde há a deposição dos sólidos.
Chaminé
A chaminé é uma parte importante da caldeira.
Ela ajuda na tiragem (saída dos gases da combustão) porque existe a diferença
de pressão atmosférica entre sua base e seu topo, provocada pela desigualdade
de temperatura dos gases de combustão.
Pode ser constituída de chapas de aço ou
alvenaria de tijolo comum, porém em qualquer um dos casos sua construção deve
ser rigorosamente projetada e executada, levando-se em consideração a
quantidade de gases que deverá passar, a velocidade destes gases, a temperatura
(tanto na base como no topo) e a pressão atmosférica local. Também, deve-se ter
cuidado para que não haja qualquer fenda que possibilite uma entrada falsa de
ar.
6.1 Dispositivo de Alimentação
6.1.1 Equipamentos para Alimentação de Água
nas Caldeiras.
Estes equipamentos desempenham um importante
papel, sua função é manter o nível de água para que a caldeira possa atender a
demanda de vapor. Eles devem ser controlados para repor exatamente a quantidade
de água que foi evaporada, garantindo o regime permanente de geração, de forma
segura para operadores e equipamentos.
Os equipamentos para a alimentação de água
podem variar de acordo com a capacidade da caldeira. Os principais são:
Injetores
São equipamentos para alimentação de água,
usados em pequenas caldeiras de comando manual. Por conta disso foram muito
empregados em locomotivas a vapor. Seu princípio simples de funcionamento
baseia-se no uso do próprio vapor de caldeira ou de ar comprimido que é
injetado dentro do aparelho (onde existem os cônicos divergentes e as válvulas
de retenção, de controle, e de sobrecarga).
Quando o ar ou o vapor passam pelos cônicos
divergentes, formando um vácuo, a válvula de admissão é aberta e arrasta, por
sucção, a água do reservatório para dentro da caldeira. Se a água entrar em
excesso, esta sairá através da válvula de sobrecarga.
Bomba
da água
É
um equipamento importante para o funcionamento da caldeira, visto que fornece a
água de alimentação. Este, deve ter uma pressão superior à pressão de trabalho,
a fim de que seja introduzida água no sistema. A sua instalação hidráulica é
dotada de válvulas de retenção que evitam o retorno do líquido de trabalho, bem
como a entrada de ar no circuito de aspiração.
Bombas Alternativas
As bombas alternativas podem ser movidas por
intermédio de turbinas a vapor, conjunto de êmbolos, motor elétrico ou rodas,
no caso de locomotivas a vapor. Apresentam como grandes vantagens a economia de
força e a capacidade de se adequarem a diferentes fontes de energia para
funcionar
A desvantagem que este equipamento apresenta é
ter sua capacidade limitada a uma vazão máxima de 50.000 litros por hora e
facilidade de arrastar, junto com a água, grandes quantidades do óleo
lubrificante usado no sistema.
Sua construção é bastante simples: consta de
uma câmara, duas válvulas de retenção e um êmbolo. A água é admitida e
eliminada da câmara pelo movimento alternativo do êmbolo
As
bombas alternativas são vulgarmente chamadas de bombas de “pistão”. Aquelas que
usam conjunto de êmbolos para seu acionamento são chamadas de “burro” ou
“burrinho d’água”.
Bombas
Centrífugas
São bombas que apresentam os melhores
resultados pela simplicidade de seus componentes, facilidade de manutenção e
grande vazão oferecida, atingindo até 500.000 litros de água por hora.
Seu funcionamento consiste em um disco com um
jogo de palhetas que giram em alta velocidade e fazem a sucção da água. Os
discos são chamados de estágios, cuja quantidade pode variar de acordo com a
capacidade da bomba. Nas caldeiras de baixa pressão empregam-se bombas com
apenas 1 (um) estágio e nas de alta pressão são usados multiestágios. Cada estágio aumenta 3gf/cm2 na pressão da bomba.
6.1.2
Regulador de Nível Elétrico
O regulador de nível é composto de duas
partes:
a) Os elementos de comando (eletrodos “E”) no
corpo de nível (CN) e (CNS);
b) O controle de nível (CNC) no interior do
Armário dos Controles (A).
Coluna de Nível (CN)
Trata-se de uma garrafa contendo: de 4 a 6
eletrodos de nível, na parte superior da caldeira; vidro indicador de nível de
água (VIN); 2 torneiras de prova (TP-1) e (TP-2); válvula de dreno para
descarga (VDRN) da coluna de nível e registros isoladores para troca de vidros
(VVN-1) e (VVN-2).
Os
eletrodos (E) devem ser mantidos sempre limpos, para esse fim deve-se
descarregar a coluna pela válvula (VDRN) algumas vezes por dia, com pressão bem
alta e durante alguns segundos. No mínimo uma vez ao mês retirar os eletrodos
para limpeza, deste modo evita-se também a formação de lama na coluna e nas
regiões I e III que pode impedir o funcionamento total do regulador de nível.
As torneiras de provas (TP-1) e (TP-2) servem
para limpeza e teste (funcionamento) da coluna de nível.
A
torneira de prova superior (TP-1) servirá para fazer a limpeza dos eletrodos de
nível superior (Nº 9 e Nº 10).
A
torneira de prova inferior (TP-2) servirá para fazer a limpeza dos eletrodos
inferiores (Nº 11 e Nº 12) e ao mesmo tempo verificar o funcionamento correto
do sistema de segurança de nível, pois quando se abre a torneira de prova
inferior (TP-2) o alarme deverá soar e a combustão deverá ser interrompida.
Será explicitada abaixo a função que cada
eletrodo possui.
}eletrodo
nº 9 comanda a parada da bomba de alimentação, quando a água atinge este nível.
}eletrodo
nº 10 dá partida na bomba de água, quando o nível desce até um pouco abaixo
deste ponto.
}eletrodo
nº 11 comanda a interrupção do fogo por falta de água na parte interna da
caldeira, fazendo soar o alarme;
}eletrodo
nº 12 comanda a passagem de corrente através da água para os eletrodos de
controle;
As ligações trocadas nos eletrodos podem
trazer sérios problemas na alimentação geral da combustão.
Nota: Antes de retirar os eletrodos
de nível para exame e limpeza, descarregue toda a pressão da caldeira, deixando
a 0 (zero) Lb/pol2, sem permitir a água no vidro
indicador de nível. A simples troca do vidro visor de nível requer certos
cuidados, dentre eles o fechamento dos registros, a retirada das gaxetas e dos
fragmentos de vidro, o corte do novo vidro na medida correta e, finalmente, o
reaperto das gaxetas.
Na
coluna de nível não pode existir vazamento algum, do contrário, haverá
desequilíbrio no indicador da coluna.
Ponha a prova também a proteção do nível
mínimo. Para isso proceda da seguinte forma:
Com a caldeira “acesa” abra totalmente a
válvula (VDRN);
}Observe
que neste instante deve acontecer o seguinte: a bomba de água funcionará, o
combustor se apagará e o alarme soará.
}Se
isso não acontecer é porque há um defeito. Procure-o e corrija-o;
}Se
acontecer da bomba de água funcionar, o combustor se apagar e o alarme soar
feche a válvula (VDRN) e o Gerador de Vapor voltará a funcionar normalmente.
No
caso de entupimento das regiões (I) e (III) retire o “Plug” que existe na região (II) com a
caldeira fria e faça a limpeza com um pedaço de arame para retirar lamas e
crostas, devendo-se ainda, retirar os castelos e contra-sede da válvula de dreno da coluna, a
fim de que pequenos fragmentos não danifiquem a sede da válvula.
Para limpar o vidro indicador de nível (VIN)
abra a válvula (VDN) durante alguns segundos. Repita a operação quantas vezes
forem necessárias. Se observar, que abrindo a válvula (VDRN) a ação do
regulador de nível é muito lenta, verifique se há entupimento nas regiões I e
III.
Controle
de Nível (CNC)
Este funciona por intermédio do contato entre
os eletrodos de nível e a água sendo constituído de um transformador com
primário de 220 volts e o secundário de 250 voIts, 3 relés, sendo: 1 de contato
normalmente abertos, 2 de 1 contato normalmente aberto e 1 contato fechado e 6
eletrodos de controle, sendo 4 na garrafa de nível (CN) e 2 de segurança dentro
do corpo da caldeira no (CNS)
Nota: Em casos especiais existem 4
relés e 8 eletrodos de controle (ATA - 28 a 30 de alta pressão).
Os
eletrodos são mergulhados na massa de água através da qual emitem entre si
corrente elétrica.
O eletrodo nº 11 fica em série com o circuito
de alimentação das bobinas eletromagnéticas da bomba de óleo e do ventilador.
Se o nível da água no interior da caldeira desce abaixo do mínimo permissível,
a combustão é interrompida e o alarme soa.O
eletrodo nº 10 comanda o acionamento da bomba de água sempre que o nível cair
abaixo dele, enquanto que o eletrodo nº
9 comanda a parada desta bomba assim que for atingida pela água. A diferença de
comprimento entre estes dois eletrodos (nº 9 e 10) é a faixa de nível normal da
água no interior da caldeira.
Os três eletrodos (nº 9, 10 e 11) recebem
corrente elétrica do nº 12, fechando o circuito para dois relés da caixa (CNC).
6.1.3
Alimentação de Energia Elétrica – Controle
Quadro de Comando
É
o componente da caldeira onde estão todos os dispositivos elétricos que
permitem sua operação. No caso de caldeiras com alimentação a combustível
líquido os dispositivos são mais complexos, pois determinam o acendimento
automático e o controle da chama, além de outros comandos como o de nível de
água, controlando as bombas de alimentação e os relés de alta pressão.
Nas
caldeiras com alimentação por combustível sólido (lenha), os quadros de comando
são mais simples possuindo apenas o comando de nível automático, o qual
controla o funcionamento das bombas de alimentação de água e o aumento de
pressão.
Descrição
da Aparelhagem no Quadro de Comando.
Os comandos são postos em um armário que os
abriga de poeira e, principalmente, de umidade. Os comandos que estão montados
no quadro são basicamente os que aparecem na figura a seguir:
Legenda:
1- seleção
do comando manual ou automático;
2 - chave de ligar e desligar a bomba d'água;
3 - chave
de ligar e desligar o ventilador de exaustão;
4 - .alarme
sonoro de advertência;
5 - lâmpadas
piloto;
6 - chaves
magnéticas de ligação do nível automático.
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