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terça-feira, 25 de junho de 2013

Fundo de incentivo solar no Ceará está há mais de um ano em revisão

São Paulo, 19 de Junho de 2013 - 18:00

FIES que previa orçamento de R$10 milhões, nunca ficou operacional

Por Natália Bezutti
Crédito: getty
O Fundo de Incentivo à Energia Solar do Estado do Ceará (FIES), que previa um orçamento de R$10 milhões para cobrir o custo adicional da geração solar em relação a outras fontes, continua parado para reformulação. Instituído em 2009, sem nunca iniciar desembolsos, o fundo está há mais de um ano em processo de reformulação.
Apesar do tempo em que está revisão, Diego Romano - que faz parte da diretoria de atração de investimentos da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) - declarou que o processo de revisão do subsídio ainda está na fase inicial. “Não queremos divulgar como vai ser a revisão porque isso ainda está em conversa, está muito embrionário”.
O FIES utiliza a ferramenta denominada feed in tarif, arrecadando recursos provenientes do tesouro estadual, patrocinadores voluntários, indústrias incentivadas pelo FDI (Fundo de Desenvolvimento Industrial do Estado do Ceará) e outras interessadas em utilizar parcialmente energia solar.
No Estado estão instaladas as usina de Tauá da MPX Energia, com capacidade instalada de 1MW, e a Kwara Russas de 10MW, em fase de desenvolvimento. Além disso, conta com o projeto da Energia Solar Brasileira (Esbra), para a construção de uma fábrica de painéis e células fotovoltaicas na cidade de Horizonte, que está parado e sem perspectivas reais de retomada.
Romano acredita que o Estado poderia atrair ainda mais empreendimentos solares se o governo desse uma sinalização positiva para o setor. Ele ainda revela que investidores têm procurado o Ceará para prospectar empreendimentos, e que é otimista sobre o futuro da fonte, apesar da retirada de players mundiais, como a Simenes e a Bosch.
“Acreditamos que na Europa a retirada ocorre em consequência da crise financeira que se instalou. Inclusive, muito dos investidores que recebemos na Adece são de lá. Então não vejo essa preocupação para o país agora, a não ser que o governo não tome nenhuma medida para fomentar o setor solar”.

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