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terça-feira, 30 de outubro de 2012

O veneno que assassinou Jango ainda assombra a democracia


publicada em 26 de outubro de 2012

João Goulart foi deposto pelos militares em 1964 e, em 1976, foi assassinado no exílio a mando do presidente Geisel , segundo confissão do ex-agente secreto do Uruguai, Mário Neira Barreto. O ministro do STF, Marco Aurélio Mello, recentemente, considerou o golpe como "um mal necessário"...
Na semana decisiva do julgamento do mensalão no STF e das eleições em São Paulo, em que, casadinhos e entrosados, Judiciário e imprensa conservadora se completam no ofício de produzir notícias e propagá-las com fins eleitorais, eis que surge uma revelação nebulosa do passado recente do país.

Segundo declarações do ex-agente do serviço secreto uruguaio, Mario Neira Barreto, o ex-presidente João Goulart foi envenenado a mando a ditadura brasileira, com conhecimento e autorização do presidente Ernesto Geisel, a pedido do ex-delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Dops (Departamento de Ordem Política e Social).

Aos poucos a verdade vai surgindo e desvendando plenamente o horror praticado pelo estado de exceção iniciado em 1964 com o golpe dos militares e saudado pela imprensa, à época, como uma resposta democrática ao perigo comunista.

As manipulações midiáticas permanecem como prática comum para a formação de opinião pública favorável aos intentos de uma elite reacionária. Somente as justificativas para a farsa e o golpismo mudaram e se adequaram aos novos contextos políticos.

Hoje estão mais propensas a se desenvolverem nas mais altas cortes do que em quartéis, como ocorrido em Honduras e no Paraguai recentemente.

Segundo trechos de uma entrevista de Barreto a EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), publicados em Opera Mundi , suas confissão e testemunho confirmam a ação terrorista do Estado brasileiro contra um ex-presidente deposto e exilado no Uruguai:

“Passei três anos gravando coisas do Jango, pensando em roubar a fazenda dele,o ouro que ele guardava. Mas então eu sou um ladrão fracassado. Por quê? Eu não roubei nada dele, como ladrão ou bandido eu não me dei bem. Foi uma operação muito prolongada que, no princípio, a gente não sabia que tinha como objetivo a morte do presidente Goulart”.

“Por que o Jango foi o perigo de toda essa história e foi decidida sua morte? Porque o Jango era perigoso por aquele jogo de cintura. Era um político que se aliava a qualquer um para conseguir o objetivo de levar o Brasil novamente a uma democracia”.

“Jango era o pivô porque forneceria as passagens, iria aos Estados Unidos e voltaria com toda aquela imprensa a Brasília, [passando] primeiro em Assunção, onde seria o conclave, a reunião de todas as facções políticas do Brasil que se encontravam dispersos e exilados, e ele faria possível essa reunião”.

“Não era bom para o Brasil...não era bom para os militares, para a ditadura. Daí que foi decidido que o Jango deveria morrer”.

“Primeiro se pensou em um veneno. Os remédios [que Goulart tomava por sofrer do coração] viriam da França, foram recebidos na recepção do hotel Liberty. Foi uma araponga que foi colocada nesse hotel, porque os remédios ficavam numa caixa forte verde. Então o empregado (infiltrado) começou a trabalhar e forneceu um lote com várias caixas de comprimido, ele não comprava uma, comprava um lote. Em cada caixa foi colocado um, apenas um comprimido com um composto. Não era um veneno, mas causaria uma parada cardíaca. Eu acho que o veneno coincidentemente, ele tomou aquela noite. Tanto o relato de Dona Maria Teresa (Fontela Goulart, viúva) quanto do capataz da fazenda é que os sintomas que eles relatam encaixam o que acontece. A pressão sobe, baixa constrição dos capilares, ele tem uma morte rápida., tomou o comprimido e já começou a se debater e, em dois minutos, morreu”. 


O veneno que teria tirado a vida de João Goulart, hoje se apresenta em manobras grotescas da lei, para formular teses capengas que possam agilizar e /ou fragilizar a democracia e anular a vontade do povo.

A poucos dias atrás o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, mais uma vez, afirmou que o golpe, ou revolução, segundo suas próprias palavras, teria sido um mal necessário para o que o Brasil é hoje.

Ao ser questionado pela Rede Brasil Atual, sobre uma afirmação sua em fevereiro de 2010, quando disse que a ditadura foi “um mal necessário tendo em conta o que se avizinhava”, Marco Aurélio saiu-se, tal como Serra, com outra pergunta:

“Eu devolvo a pergunta: sem a revolução – eu não me refiro à ditadura, ditadura é outra coisa – o que teríamos hoje? Não sei”. 

Mello foi ainda mais longe em suas declarações na palestra que deu na Universidade de Guarulhos, sobre “Segurança Jurídica no país”, ao negar, com tamanho impudor, após defender o golpe de 1964 e a deposição de João Goulart , que “o julgamento (do mensalão) não é um julgamento político. Mesmo porque diante dos ares democráticos da Carta de 1988, nós não poderíamos cogitar de julgamento político”.

Não é preciso avançar mais do que aquilo que está dito e daquilo que se buscou fazer entender.

Mello ao defender o “mal necessário de 1964”, a noite negra que envolveu o Brasil por longos, tenebrosos e torturantes 21 anos, não precisava tentar emendar com aquilo que não tem lugar em seu pensamento conservador.

O julgamento molda-se também como peça integrante de um golpe, que não depende apenas de alguns atores envolvidos para se concretizar de fato e de direito. Os acontecimentos expostos a todos os brasileiros, de maneira premeditada, em conjunto entre a grande imprensa, oposição e o Judiciário, constatam a associam para reverter a vontade popular sem a necessidade do voto e quando da necessidade do sufrágio, ações parametrizadas para influir no desejo da maioria por meio de peças jurídico-política-midiática.

O ministro foi, hoje, frontalmente contrariado pelos registros vivos da História, de que mal algum é necessário para o bem da sociedade como um todo, muito menos aqueles que são efeitos de avanços golpistas produzidos para proveito de poucos em detrimento dos anseios da grande maioria.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

MWh - JÁ PASSA DE R$ 300,00


PLD passa dos R$300 por MWh

PLD não ultrapassava os R$ 200/MWh desde fevereiro de 2008
Da redação
Crédito: Getty Images
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou nesta sexta-feira (11/10), o Preço de Liquidações de Diferenças (PLD) válidos de 13 a 19 de outubro. De acordo com o órgão, o preço médio da 3ª semana de outubro de 2012 foi fixado em R$ 322,49/MWh para os submercados Sul e Sudeste e R$ 329,04/MWh para Norte e Nordeste.
A CCEE informou que a redução das afluências do Sistema Interligado Nacional (SIN), verificada em todos os submercados, principalmente no Sudeste e Sul, foi determinante na elevação dos preços médios.Além disso, o limite de envio de energia do submercado Sudeste para os submercados Norte e Nordeste foi atingido em todos os patamares de carga, o que resultou em diferença de preços entre estes submercados.
O PLD voltou a registrar valor acima dos R$ 200/MWh na segunda semana deste mês, cenário que não a acontecia desde outubro de 2010 nos submercados Nordeste e Norte, conforme apontou a Comerc. Se consideradas as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul, a situação ocorreu pela última vez em fevereiro de 2008. 

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - FATOS HISTÓRICOS


Mulla da Silva - o estúpido

 
Lula, o nosso "ex-comandante", fez uma declaração "histórica, na semana passada, na posse de diretores do Sebrae:

"Temos que reconhecer que a situação é delicada, e que essa crise é, possivelmente, maior que a crise de 1929. E temos que reconhecer que o Roosevelt só conseguiu resolver a crise de 29 por causa da II Guerra Mundial.
Como não queremos guerra, queremos paz, nós vamos ter que ter mais ousadia, mais sinceridade, mais inteligência, porque... eu não quero, uma guerra, para resolver um problema econômico, tenha 6 milhões de mortos".

 
COMENTÁRIOS PERTINENTES/ REGISTROS HISTÓRICOS.

1. A Segunda Guerra Mundial não teve absolutamente nada a com a crise americana de 1929;

2. A Segunda Guerra Mundial foi motivada pelas condições impostas à Alemanha pelos vencedores da Primeira Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1918;

3. A Segunda Guerra Mundial começou em 1939 e terminou em 1945 e os Estados Unidos mandou suas tropas para Europa – entrou na guerra contra a Alemanha - em 1941;

4. A Segunda Guerra Mundial encerrou com 52 milhões de mortos, quase dez vezes mais que o número que o boçal falou;

5. Seis milhões foram as vitimas do Holocausto, patrocinado pelos nazistas. O dito cujo confundiu tudo o que a assessoria dele informou (tenha paciência, não queira que a limitada massa cinzenta dele decore tudo que lhe passam);

6. Em 1929, o mundo não tinha e nem imaginava o que seria uma economia globalizada;      

7.O Presidente Franklin Delano Roosevelt resolveu a crise americana diminuindo custos e impostos, e reduziu drasticamente as despesas do governo, exatamente o contrário do que a antológica anta e seus ministros não fizeram e que o atual governo também não está fazendo;

8
. Pela declaração imbecil, Sua Excia Metalurgí­ssima, Sr. Luís Inácio Lula da Silva, imagina que a crise só será extinta por meio de uma guerra mundial, mas ele, "o grande pacifista e magnânimo lí­der" não admitirá uma guerra mundial para que a crise seja solucionada, muito menos com 6 milhões de mortos. É mole?

 E esse é o cara que atingiu 74% de popularidade...

DÁ para acreditar?

Eu faço parte dos 26% que nem podem ouvir falar no nome dele e do PT & Cia, sem que fiquem com o estômago embrulhado e com ânsias 

 insuportáveis...
DEUS SALVE A NOSSA PÁTRIA!









domingo, 14 de outubro de 2012

AUTO SUFICIÊNCIA EM ÁLCOOL É PETRÓLEO - SEGUNDA O PETRALHA lula



Era uma vez, um país que disse ter conquistado a independência energética  com o uso do álcool feito a partir da cana de açúcar. Seu presidente falou ao mundo todo sobre a sua conquista e foi muito  aplaudido por todos.
Na época, este país lendário começou a expor  até para outros países mais desenvolvidos.
Alguns anos se passaram e este mesmo país assombrou novamente  quando anunciou que tinha tanto petróleo que seria um dos maiores produtores do mundo e seu futuro como exportador estava garantido.
A cada discurso de seu presidente, os aplausos eram tantos que confundiram  a capacidade de pensar de seu povo. O tempo foi passando e o mundo colocou  algumas barreiras para evitar que o grande produtor invadisse seu mercado.  A o mesmo tempo adotaram uma política de comprar as usinas do lendário país, para serem os donos do negócio.
 Em 2011, o fabuloso país grande produtor de combustíveis, apesar dos  alardes publicitários e dos discursos inflamados de seus governantes,  começou a importar álcool e gasolina.
 Primeiro começou com o álcool, e já importou mais de 400 milhões de litros  e deve trazer de fora neste ano um recorde de 1,5 bilhão de litros, segundo o presidente de sua maior empresa do setor, chamada Petrobras Biocombustíveis. Como o álcool do exterior é inferior, um órgão chamado ANP (Agência Nacional do Petróleo) mudou a especificação do álcool, aumentando de 0,4% para 1,0% a quantidade da água, para permitir a importação. Ao mesmo tempo, este país exporta o álcool de boa qualidade a um preço mais baixo, par a  honrar contratos firmados.
 Como o álcool começou a ser matéria rara, foi mudada a quantidade de álcool adicionada à gasolina, de 25% para 20%, o que fez com que a grande empresa  produtora de gasolina deste país precisasse importar gasolina, para nãofaltar no mercado interno. Da mesma forma, ela exporta gasolina mais barata   e compra mais cara, por força de contratos.
A fábula conta ainda que grandes empresas estrangeiras, como a BP (British  Petroleum), compraram no último ano várias grandes usinas produtoras de álcool neste país imaginário, como a Companhia Nacional de Álcool e Açúcar,  e já são donas de 25% do setor. A verdade é que hoje este país exótico exporta o álcool e a gasolina a  preços baixos, importa a preços altos um produto inferior, e seu povo paga por estes produtos um dos mais altos preços do mundo.
Infelizmente esta fábula é real e o país onde estas coisas irreais acontecem chama-se BRASIL.

 

 




sábado, 13 de outubro de 2012

O POVO IDIOTA, OS CORRUPTISTAS, AINDA ACREDITAM NESTE CANALHAS, PELO ASSISTENCIALISMO BARATO QUR PROPORCIONA A VAGABUNDAGEM.


Só falta a vitória do PT para 'lavar a alma', diz absolvido

UBLICIDADE
P
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DE SÃO PAULO
Absolvido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no processo do mensalão, o ex-deputado federal Professor Luizinho (PT), líder do governo Lula na Câmara na época do escândalo, estava com a mulher, Ana Lucia, quando recebeu a notícia do resultado do julgamento. Ana Lucia fez aniversário na quinta-feira.
"Toneladas saíram das nossas costas", disse ontem à Folha. Dizendo-se "feliz, mas não totalmente", em razão da condenação de petistas como José Dirceu e José Genoino, afirma que a vitória no segundo turno das eleições será a redenção.
"Para que minha alma possa ser lavada plenamente do ponto de vista pessoal, neste momento, é garantir os segundos turnos." Ele mora em Santo André (SP) e é dono de uma consultoria. Leia os principais trechos da entrevista:
Alex Almeida - 17.mar.08/Folhapress
O ex-deputado Professor Luizinho, do PT, absolvido no julgamento do mensalão
O ex-deputado Professor Luizinho, do PT, absolvido no julgamento do mensalão
*
Folha - Como o sr. se preparou para o dia do julgamento?
Professor Luizinho - Eu estava com minha esposa, era aniversário dela, estávamos juntos em um canto mais isolado porque a gente queria acompanhar só nós dois juntos. Toneladas saíram das nossas costas.
Após sete anos de espera, como o sr. recebeu a notícia de que havia sido absolvido?
Fico muito feliz, não totalmente feliz, mas estou muito feliz. Uma coisa é certa, esses sete anos deixaram marcas que nunca sairão.
O sr. está decepcionado com as condenações?
No caso do Genoino, do Dirceu, do João Paulo Cunha. Para mim, de verdade, acho que teve mudança na jurisprudência para poder garantir que eles pudessem ser condenados. Comigo, a falta de provas possibilitou que eu tenha esse resultado.
Genoino tem razão de estar abatido. Não é possível uma pessoa que teve sua vida em risco para garantir que o Brasil tivesse a democracia plena que está vivendo hoje ser cassado, condenado.
Nesse processo de democracia, da forma como foi feito, com pressão da imprensa, da oposição, é uma violência. Respeito a decisão do Supremo, mas querer que eu concorde com ela? Não posso, com ela não vou concordar nunca. Temos processos anteriores em que pessoas foram inocentadas porque se adotou outro caminho.
No caso do sr., então por que houve absolvição?
Sempre fui um articulador do governo lá dentro [Câmara] e sempre articulei para garantir que os projetos do meu presidente, do meu governo, fossem aprovados. E sempre fiz isso às claras, com a imprensa na porta da minha sala. Falava com a imprensa, e a imprensa sabia quais eram os parâmetros que eu adotava. E sempre acredito que a imprensa nunca teve nenhuma dúvida, porque acompanhou toda minha atuação lá dentro. E no processo isso nunca foi posto em jogo, não é? Como eu poderia estar envolvido em um processo cujo pressuposto era a compra de votos? Sendo líder do governo, eu era quem conduzia as votações, se eu não votasse a favor do governo perderia o meu cargo. Estranho era estar dentro do processo. Mas o Supremo recompôs a razão.
A princípio, o julgamento parece não ter afetado o desempenho do PT nas urnas?
O povo acompanhou esse processo diuturnamente, mas o povo percebeu que tinha coisas estranhas. Tem um pouco daquele sentimento semelhante daquela coisa, da mulher, da namorada, que possui um sexto sentido. O povo possui esse sexto sentido. Está percebendo: "Tá muito carregado isso aqui".
Então a população deu um voto de confiança ao PT?
O povo pensa: "Um partido que nos tira de situação de desencontro, que honra, que pode não ter feito tudo na intensidade que queria, mas que fez, que demonstrou que tentou fazer, que está fazendo". No governo Lula, é inegável a revolução, do miserável que deixou de ser miserável, dos pobres que deixaram a ser pobres. O povo pensa: "Não é possível". É o sexto sentido do povo, dá nisso.
Na oposição há uma elite rancorosa com o PT, que não aceita que o operário tenha conseguido fazer. Ou não tinham vontade ou competência. Ou é inveja mesmo. Para que minha alma possa ser lavada plenamente do ponto de vista pessoal, neste momento, é garantir os segundos turnos. A vitória, que isso aí ajuda a lavar nossa alma.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

NOTA DO corruPT SE SOLIDARIZANDO COM O dirceu


11/10/2012
 às 16:00 \ Política & Cia - RICARDO SETTI

MENSALÃO: Nota do PT que se solidariza com Dirceu — sem, covardemente, dizer isso às claras — é cínica, mentirosa e totalitária

O PT não se emenda.
Não tem jeito.
Vejam o caso dessa reunião do alto comando do partido, em São Paulo.
Começa que teve a participação e, na prática, a condução do criminoso condenado pelo Supremo Tribunal Federal José Dirceu.
Em seguida, que apoiou inteiramente a tese do réu condenado segundo a qual “a melhor resposta” ao julgamento do Supremo — que está enviando para a cadeia ele e outros “cumpanheiros” — é a eleição do ex-ministro da Educação Fernando Haddad prefeito de São Paulo.
Me expliquem o que quer dizer isso!
Quer dizer que a decisão soberana do Supremo — no caso dele, Dirceu, por sonoros 8 votos a 2 em favor da condenação por corrupção ativa — precisa de uma “resposta”?
E por quê?
A decisão foi tomada por algum tribunal de países que Dirceu admira, como a Venezuela em que o coronel Chávez manda na Justiça?
Em que país Dirceu julga que vive? Na Cuba que visita sempre com prazer, e onde recebeu treinamento para uma guerrilha que nunca teve coragem de fazer?
E o que é que teria que ver uma eventual vitória de Haddad em São Paulo com a cadeia onde, se tudo correr bem, o ex-chefe da Casa Civil irá passar larga temporada?
O eleitorado estaria, por acaso, absolvendo os ladravazes do PT?
O sonho dos tucanos paulistas é trazer o mensalão para a campanha de José Serra contra Haddad. Dirceu está fazendo isso por eles.
Mas continuo.
Não bastasse esse bestialógico, o Diretório Nacional do PT, obviamente influenciado por Dirceu, lançou ao final da reunião uma daquelas notas vociferantes, com as tradicionais entrelinhas totalitárias e ameaçadoras de sempre, em que diz, a certa altura:
“Nosso desempenho nas eleições municipais ganha ainda maior significado, quando temos em conta que ele foi obtido em meio a uma intensa campanha, promovida pela oposição de direita e seus aliados na mídia, cujo objetivo explícito é criminalizar o PT.
Não é a primeira, nem será a última vez, que os setores conservadores demonstram sua intolerância; sua falta de vocação democrática; sua hipocrisia, os dois pesos e medidas com que abordam temas como a liberdade de comunicação, o financiamento das campanhas eleitorais, o funcionamento do Judiciário; sua incapacidade de conviver com a organização independente da classe trabalhadora brasileira.
Mas a voz do povo suplantou quem vaticinava a destruição do Partido dos Trabalhadores”
Comento, em seguida, alguns pontos dessa nota agressiva e mentirosa:
1. “Criminalizar o PT”
Quem criminalizou não o PT, mas ex-membros de sua alta cúpula dirigente, não foi “a oposição de direita e seus aliados na mídia”, mas o mais alto e respeitável tribunal do país.
Não custa lembrar, uma vez mais, com infinita paciência, que, além de tudo, dos 10 ministros que votaram, 7 estão no Supremo por indicação de governos petistas.
2. A “intolerância” dos “setores conservadores”
O que é a “intolerância” que os “progressistas” e “esquerdistas” do PT — aliados de Collor, Maluf, Sarney e Renan Calheiros — atribuem aos “setores conservadores”?
Onde está a intolerância — esta sim, apanágio do PT desde seu nascedouro?
Por acaso seria aplaudir a decisão do Supremo que a) atestou que existiu o mensalão, até então, para Lula et caterva, “uma farsa”; b) atestou que foi alimentado por dinheiro público; c) comprovou que se destinava a comprar o apoio de deputados no Congresso para o lulalato; d) comprovou, e decidiu de acordo, que Dirceu, pela posição que ocupava, cometeu, em diferentes ocasiões, o crime de corrupção ativa?
Pois então me incluam entre os “conservadores” e “intolerantes”.
3. Liberdade de comunicação
Que autoridade tem o PT para falar do assunto? Estão há anos tentando o “controle social da mídia” — que, sabemos desde o tristemente célebre Franklin Martins, é calar a boca da imprensa independente. Nem o ministro petista Paulo Bernardo, das Comunicações, apoiou ou apoia esses delírios, que claramente o partido quer recolocar em debate.
4. Funcionamento do Judiciário
O PT só gosta que o Judiciário funcione quando não é para colocar na cadeia seus figurões.
No que é, afinal, que os “setores conservadores” estão obstaculizando o funcionamento do Judiciário?
Quem, senão Lula, acusou o mensalão — depois de aceita a denúncia do Ministério Público pelo Supremo — de ser uma “farsa”?
5. ” Incapacidade de conviver com a organização independente da classe trabalhadora brasileira”
Não me façam rir. Estão falando com maria-vai-com-as-outras Paulinho da Força, que já foi adversário feroz de Lula, aderiu ao lulalato e agora, em São Paulo, resolveu apoiar o tucano José Serra?
Ou da CUT? Aí a piada é maior ainda, já que se trata da velha e conhecida correia de transmissão sindical do partido — o qual, uma vez no poder, vem sucessivamente premiando sindicalistas por sua instalação em postos nos quais estão preparados, principalmente, para embolsar os salários graúdos.
A nota do PT, que se solidariza com Dirceu sem, covardemente, assumir isso, é cínica, mentirosa e de tom totalitário. Também faltou coragem aos lulo-petistas para dizer às claras o que a nota só sugere: sua inconformidade com as decisões democráticas do Supremo.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

JOSÉ DIRCEU E O CHORO DA DERROTADA DO CORRUPT


STF tem dado garantias aos réus, diz Gurgel


Procurador-geral da República qualificou como “despropositada” a argumentação de José Dirceu que seu julgamento é “político e de exceção”


Felipe Sampaio/STF
Para Gurgel, todos os direitos e garantias dos réus do mensalão foram respeitados pelo STF no julgamento do mensalão
O procurador-geral da República,
Roberto Gurgel, qualificou nesta
quarta-feira (10) como
“despropositada” a acusação que o Supremo Tribunal Federal (STF)
tem feito um julgamento de exceção contra os réus do mensalão.
Para o chefe do Ministério Público Federal, a corte tem garantido,
desde o início do processo,
os direitos e garantias
previstos na Constituição Federal.





“É uma afirmação despropositada. O STF tem desde o início,
não apenas no julgamento, se esmerado a assegurar aos acusados
todos aqueles direitos e garantias previstos na Constituição”, avaliou.
Para ele, a tramitação do caso é um “exemplo magnífico” dado por um tribunal “
de um país onde o estado democrático de direito vigora”.
Por mesmo motivo, também rejeita a possibilidade de os réus recorrerem à
Organização dos Estados Americanos (OEA).
Em nota divulgada logo após a sessão de ontem, o ex-ministro da 
Casa Civil José Dirceu afirmou que o julgamento no STF é “político e de exceção”.
“Fui prejulgado e linchado. Não tive, em meu benefício, a presunção de inocência”, disse.
Até ontem, havia seis votos pela condenação do petista por corrupção ativa.
Hoje, o decano do STF, Celso de Mello, também votou pela culpa dele.
Dirceu ainda responde à acusação por formação de quadrilha.

HÉLIO BICUDO - PASSANDO A LIMPO


"LULA ESCONDE A SUJEIRA"


Felipe Araujo/AE
Uma Certeza
Hélio Bicudo, petista há 25 anos: "É impossível que Lula não soubesse como os fundos estavam sendo angariados e gastos"

O jurista Hélio Bicudo, de 83 anos, tem uma longa militância em favor dos direitos humanos, na qual se destaca o combate à ação do Esquadrão da Morte paulista, no fim dos anos 60. Relutou muito antes de decidir manifestar sua opinião sobre o governo Lula e o PT, ao qual é filiado há 25 anos. Decidiu falar incentivado pela família e por alguns amigos, inclusive da base petista. "Não posso admitir que dentro da história que venho construindo, muitas vezes penosamente, eu possa ser considerado partícipe do que está acontecendo", disse Bicudo à editora de VEJA Lucila Soares, a quem concedeu a seguinte entrevista.

O SENHOR ACREDITA QUE O PRESIDENTE LULA SABIA DOS FATOS QUE ESTÃO VINDO A PÚBLICO?
Lula é um homem centralizador. Sempre foi presidente de fato do partido. É impossível que ele não soubesse como os fundos estavam sendo angariados e gastos e quem era o responsável. Não é por que o sujeito é candidato a presidente que não precisa saber de dinheiro. Pelo contrário. É aí que começa a corrupção.

POR QUE O PRESIDENTE NÃO TOMOU NENHUMA ATITUDE PARA IMPEDIR QUE A SITUAÇÃO CHEGASSE AONDE CHEGOU?
Ele é mestre em esconder a sujeira embaixo do tapete. Sempre agiu dessa forma. Seu pronunciamento de sexta-feira confirma. Lula manteve a postura de que não faz parte disso e não abre espaço para uma discussão pública.

HÁ OUTROS EXEMPLOS DESSA CARACTERÍSTICA?
Há um muito claro. Em 1997, presidi uma comissão de sindicância do PT para apurar denúncias contra o empresário Roberto Teixeira, que estava usando o nome de Lula para obter contratos de várias prefeituras no Estado de São Paulo. A responsabilidade dele ficou claríssima. Foi pedida a instalação de uma comissão de ética, e isso foi deixado de lado por determinação de Lula, porque o Roberto Teixeira é compadre dele. O único punido foi o Paulo de Tarso Venceslau, autor da denúncia. Ainda que não existisse necessariamente um crime, havia um problema sério, ético, político, que tinha de ter sido discutido e não foi. Essas coisas todas vão se acumulando e, no final, acontece o que se vê hoje.

ESSES MESMOS SINAIS ESTÃO PRESENTES NO ASSASSINATO DO PREFEITO DE SANTO ANDRÉ, CELSO DANIEL?
A história de Santo André ainda não está clara. Houve uma intervenção do próprio partido para caracterizar o crime como crime comum, do que eu discordo. Houve a eliminação do Celso, ou porque ele não concordava com a corrupção ou porque ele quis interromper o processo num determinado ponto.
O SENHOR FOI VICE-PREFEITO DE MARTA SUPLICY. COMO FOI PARTICIPAR DE UM GOVERNO PETISTA?
O que me realizou na prefeitura foi constituir a Comissão de Direitos Humanos do município. Fora isso, tudo passou ao largo do meu gabinete, por opção de Marta. E, em dezembro de 2004, já no fim do governo, quando assumi interinamente a prefeitura e houve uma chuva muito forte, com graves prejuízos à população, pude verificar que os serviços públicos estavam totalmente omissos. Convoquei uma reunião do secretariado e apareceram dois ou três. Para mim foi uma experiência extremamente negativa.

EM QUE MOMENTO O SENHOR COMEÇOU A PERCEBER QUE O PARTIDO ESTAVA NO CAMINHO ERRADO?
Quando a direção passou a tomar a frente das campanhas políticas. No início a militância era a grande força eleitoral. Isso foi mudando na medida em que o partido começou a abandonar os princípios éticos. A partir da campanha eleitoral de 1998, instalou-se definitivamente a política de atingir o poder a qualquer preço.

O PRESIDENTE LULA TAMBÉM QUERIA CHEGAR AO PODER A QUALQUER PREÇO?
Sim. Mas ele quer a representatividade, sem o ônus do poder. Ele dividiu o governo como se estivéssemos num sistema parlamentarista. É o chefe do Estado, mas não do governo. Nisso há, aliás, uma clara violação da Constituição, que é presidencialista. A conseqüência foi o aparelhamento do Estado, um governo sem projeto e essa tática de alcançar resultados pela corrupção do Congresso Nacional.

O EX-MINISTRO JOSÉ DIRCEU ERA O PRINCIPAL NOME DESSE GRUPO A QUEM LULA DELEGOU O PODER. QUAL SUA AVALIAÇÃO SOBRE ELE?
Dirceu é um trator. Ele é um homem que luta, sem restrição a meios, pelo poder. Está impregnado desse objetivo. Ele é o melhor representante de um grupo que aspirava ao poder pelo poder, não para fazer as reformas que sempre defendemos. O PT chegou ao governo sem projeto. Se Lula quisesse transformar o sonho petista em realidade, poderia ter se cercado de gente que o ajudaria nisso. Pessoas como Celso Furtado, Maria da Conceição Tavares, Fábio Konder Comparato, Maria Victoria Benevides, Paulo Nogueira Batista Junior trabalharam no programa e foram depois pura e simplesmente deixadas de lado. Foi uma escolha. Que continua. Em vez de buscar as pessoas autênticas, que comungam do ideal que acho que ainda é dele também, Lula se reúne com o Chávez (Hugo Chávez, presidente da Venezuela). Para quê?

O SENHOR TAMBÉM SE CONSIDERA DEIXADO DE LADO?
Eu entrei no PT porque achei que devia entrar, ajudei o Lula em vários momentos porque achei que devia ajudar e nunca pedi nada em troca. Ele é que, espontaneamente, me disse que eu assumiria uma posição. Um dia, o ministro Celso Amorim mandou seu chefe-de-gabinete me oferecer um lugar de conselheiro da UNESCO. Eu pedi que me explicasse o que representava exatamente essa posição. A resposta foi: "É formidável. Três viagens por ano a Paris". Ou seja, estava me oferecendo uma mordomia. Eu não aceitei.

EM ALGUM OUTRO MOMENTO O SENHOR FOI CHAMADO A COLABORAR COM O GOVERNO?
Sim. O então presidente do PT, José Genoíno, me pediu ajuda para convencer meus amigos deputados federais do PT a retirar seu apoio à formação da CPI dos Correios.

EXISTEM ELEMENTOS PARA QUE SE PEÇA O IMPEACHMENT DO PRESIDENTE?
Os fatos podem vir a caracterizar crime de responsabilidade e, portanto, motivar um pedido de impeachment. Mas eu gostaria de lembrar que as primeiras pessoas que pediram o impeachment de Fernando Collor foram o Lula e eu. O pedido foi engavetado. Só quando houve pressão popular é que se concretizou um processo. Se você não tem apoio popular, isso cai numa discussão de juristas que não leva a nada, a não ser ao prejuízo da democracia.

COMO O SENHOR VÊ O FUTURO DO PT?
Depende muito de como esse processo vai prosseguir. Se continuarmos com uma direção chapa-branca, não vamos chegar a lugar algum a não ser no "desfazimento" de um partido que poderia ter chegado ao poder para realizar as reformas necessárias, mas só conseguiu promover um grande isolamento do Lula.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Exigências finais do BNDES para fabricantes eólicos devem ser fechadas em novembro


Empresas já começaram a receber o documento com as novas regras impostas pelo banco de fomento

Por Fabíola Binas
Crédito: Gettyimages

O impasse entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e alguns fabricantes eólicos que tiveram o cadastro suspenso temporariamente do Finame pode terminar dentro de um mês. Desde que o banco tirou da lista de financiamento seis empresas, sob o argumento de que elas deveriam garantir um conteúdo local maior, rumores de que as regras ficariam ainda mais rígidas tomaram conta do setor.Enquanto o BNDES considerava que essas condições sempre foram claras à indústria, os fabricantes eólicos colocavam que o banco de fomento “mudou as regras no meio do jogo”, o que estaria dificultando a adaptação as normas de nacionalização para o setor. “Está praticamente fechado, os fabricantes estão sendo contatados e a conclusão da questão está muito próxima”, disse uma fonte ligada ao banco.Ainda reticentes em comentar o assunto, o setor segue na mesma linha do que foi comentado pela fonte. “Parece que o BNDES trabalhou nesses novos critérios, tendo mandado uma carta para cada fabricante, que ainda estão recebendo o documento”, explicou a presidente-executiva da Abeeólica, Elbia Melo, que disse ainda não ter conhecimento do conteúdo da carta.A suspensão dos cadastros assustou o setor, já que dos mais de 6,5GW em parques eólicos contratados nos leilões desde 2009, cerca de 2GW, tinham equipamentos firmados com as empresas que tiveram problemas com o cadastro no BNDES. Coforme analisa a executiva, o adiamento dos leilões deu um fôlego maior aos fabricantes e donos de projetos. “Como o leilão foi remarcado para dezembro e eles pretendiam resolver isso antes do certame, acabaram ganhando fôlego para isso” , falou Elbia.Para a Abeeólica o processo está andando. Contatado pela reportagem, o presidente da indiana Suzlon, Arthur Lavieri, confirmou ter ficado sabendo que o documento com as novas regras está pronto.  "A qualquer minuto deve chegar em nossas mãos para análise, bem como nas dos outros fabricantes", afirmou. Em relação ao novo jogo de regras, ele também acredita que o adiamento dos leilões "ajudou o mercado a respirar".Há cerca de dois meses, o executivo chegou a estimar a perda de 456MW em negócios, o equivalente a R$1,2 bilhão, por conta da suspensão do cadastro da Suzlon. A empresa já havia investido R$1 milhão para a duplicar sua unidade fabril de hubs no Ceará, além de ter gasto outros R$ 500 mil para se adaptar às exigências feitas pelo BNDES. Na época ele chegou a comentar que a empresa “não estava brincando no Brasil” e estava fazendo o possível para garantir seus negócios locais. Agora, a Suzlon passou por uma nova vistoria e aguarda o resultado por parte do banco.Fonte ligada ao setor calculou que o processo entre o recebimento das regras pelos fabricantes, incluindo conversas a respeito sobre o assunto, pode durar até novembro, um mês antes do leilão A-3, dando tempo hábil para formalização e para o setor "arrumar a casa".Conforme adiantou o Jornal da Energia, entre as empresas que tiveram problemas no cadastro, a Clipper tinha a intenção de deixar o país, o que foi confirmado e a alemã Fuhrlander estaria com um pouco mais de dificuldade em se recolocar. Um mês depois, a companhia abriu um pedido de concordata na Alemanha, porém continua na tentativa de honrar seus compromissos. Estão no páreo para voltar a Suzlon, a dinamarquesa Vestas, a alemã Siemens e a espanhola Acciona, o que deve se desenrolar até o final do ano.


Conclusão do Julgamento do Mensalão pode dar início a uma reconfiguração da luta política no país


Escrito por Paulo Passarinho
 
Aparentemente, estarei me afastando dos temas relativos aos caminhos da economia brasileira, assunto que me estimula a escrever regularmente artigos que generosamente são publicados por alguns veículos, e especialmente lidos por alguns não menos generosos, e tolerantes, leitores.
Sinto-me obrigado a me posicionar sobre esse rumoroso julgamento do STF, relativo à Ação Penal 470, também conhecido – para o bem ou para o mal, dependendo de cada um – como “mensalão”. E, por incrível que pareça, esse meu sentimento está relacionado, também, às minhas preocupações, e posições, em relação a nossa situação econômica.
Como todos sabemos, ou deveríamos não esquecer, esse caso veio à tona e se transformou em uma verdadeira crise política quando Roberto Jefferson, deputado e presidente do PTB, em 2005, denunciou a suposta existência de um chamado “mensalão” – pagamento em dinheiro a parlamentares – para angariar apoio de deputados federais ao governo Lula e aos seus projetos. Roberto Jefferson não era, então, um adversário de Lula; ao contrário, era naquela ocasião um dos mais destacados defensores e entusiastas do governo presidido pelo ex-metalúrgico.
Depois de um período de silêncio, o próprio Lula veio a público – através de um programa dominical de grande audiência da TV Globo, ao qual foi concedida uma entrevista exclusiva – declarar que os recursos financeiros do esquema denunciado eram “sobras” de campanhas eleitorais, oriundas do caixa dois das mesmas. Na oportunidade, o presidente, visivelmente constrangido, admitia ter sido enganado por pessoas de sua confiança, sem, contudo, nomeá-las.
Algumas das consequências desse caso também são bastante conhecidas. José Dirceu, chefe da Casa Civil e principal articulador do governo, foi afastado do seu cargo e, como deputado federal eleito, voltou à Câmara para se defender das acusações de Roberto Jefferson, que o apontava como o comandante e mentor intelectual de todo o esquema denunciado, ao mesmo tempo em que fazia questão de inocentar Lula de toda e qualquer suspeita de envolvimento com os fatos por ele denunciados.
Na CPMI dos Correios, criada para a investigação do caso, outras denúncias muito graves de crimes eleitorais surgiram. Como, por exemplo, o publicitário malufista Duda Mendonça, que havia sido o marqueteiro de Lula em sua campanha presidencial de 2002, ter admitido que parte do pagamento pelos seus serviços prestados foi realizado em um paraíso fiscal nas Bahamas.
Foi o momento mais tenso do primeiro mandato de Lula, quando setores da oposição chegaram a admitir inclusive a possibilidade da abertura de um processo de impedimento formal do presidente. A ideia não progrediu, até porque vários setores da própria elite dominante deixaram claro que qualquer risco ao mandato presidencial não seria conveniente. Até mesmo duas curiosas visitas, justamente naquele período, foram bastante simbólicas. John Snow, secretário do Tesouro Americano, por aqui apareceu, para uma inesperada reunião com um chamado Grupo Brasil-Estados Unidos para o Crescimento; e o próprio George Bush resolveu fazer uma visita a Lula, com direito a um churrasco de fim de semana na Granja do Torto. Coincidências à parte, o fato é que a ideia do impedimento foi abortada.
Dentro do próprio PT, resistências se esboçaram, com a criação, por exemplo, de um movimento autonomeado Refundação, integrado, dentre outros, pelo atual governador do Rio Grande do Sul e pelo atual ministro da Justiça.
Tudo isso é importante de ser recordado, neste momento em que nos aproximamos do momento mais delicado do julgamento do STF, quando os dirigentes políticos do PT, tendo à frente José Dirceu, terão os seus destinos definidos pelos ministros juízes.
Há uma evidente tensão no ar. Dentro do próprio Plenário do Supremo, os ministros relator e revisor do processo se envolvem em calorosas polêmicas sobre tecnicalidades e procedimentos formais, pertinentes ao julgamento em curso. Setores da imprensa se dividem, entre os já conhecidos PIG (Partido da Imprensa Golpista) e PIL (Partido da Imprensa Lulista), cada qual com os seus poderosos meios de comunicação – TVs, rádios, revistas, jornais e blogs, curiosamente, todos, financiados com as gordas verbas publicitárias do próprio governo.
Foi neste particular contexto que muito me chamou a atenção a Carta Aberta ao Povo Brasileiro, manifesto subscrito por um conjunto de personalidades do mundo artístico, intelectual e da própria política. Alertam para o perigo da transformação do julgamento em espetáculo; afirmam repudiar o linchamento público e defender a presunção da inocência; destacam que a defesa da legalidade é primordial; e finalizam que “confiamos que os Senhores Ministros, membros do Supremo Tribunal Federal, saberão conduzir esse julgamento até o fim sob o crivo do contraditório e à luz suprema da Constituição”.
Afora a assinatura de notórios áulicos dos governos pós-2002, alguns regiamente empregados ou beneficiários de verbas oficiais, existem vários nomes de muito respeito na lista. Intelectuais e militantes sociais que merecem todo o crédito. Particularmente em relação a esses, caberiam algumas perguntas: o que de fato temem? Há algum indício de ilegalidades, ou suspeitas de manobras inconfessáveis, em curso? Serão os ministros do Supremo seres tão frágeis e vulneráveis às pressões inerentes a um julgamento dessa natureza?
Em relação a essa minha última pergunta, parece que o próprio manifesto afasta tal possibilidade, com a platitude da afirmação de que todos confiam nos senhores ministros. Sendo assim, qual é de fato o problema?
Entrando objetivamente na discussão, e de acordo com algumas conclusões já consensuais entre todos os ministros, tudo leva a crer na condenação de réus pelos crimes de corrupção, passiva ou ativa. Há ainda divergências quanto à extensão dos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha ou a compra de votos dos parlamentares. E há os réus que poderão ser simplesmente absolvidos. Todos os juízes, por exemplo, já firmaram posição a favor da tese de que houve a montagem de um esquema de logística financeira fraudulenta, para a transferência de recursos de bancos e empresas às cúpulas dos partidos envolvidos.
Neste contexto, a posição de alguns réus é muito delicada, como é o caso do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Afinal, trata-se de um réu confesso. A sua eventual condenação não parece ser a preocupação maior dos signatários da Carta Aberta. Porém, em torno das responsabilidades de Delúbio, há muitas dúvidas. Seria crível admitir que o ex-tesoureiro agia de forma absolutamente independente, como dirigente do PT? Irrigando o partido com milhões de reais e garantindo que outros dirigentes, como foi o caso do próprio Lula, acertassem acordos políticos eleitorais envolvendo grandes somas de dinheiro, é plausível que ninguém o indagasse sobre a origem de tantos recursos?
Evidentemente, não tenho respostas para essas questões, essência do próprio julgamento em curso. Caberá aos ministros do Supremo, na condição de juízes, essas, e outras, conclusões. Mas, por que então não deixar os membros do STF trabalharem? Se a preocupação é com a não “espetacularização” do julgamento, um manifesto dessa natureza não cumpre justamente um efeito contrário?
No fundo, o que os signatários desse manifesto parecem temer é o próprio avanço de conclusões essenciais para a compreensão de toda a cadeia de comando real do Partido dos Trabalhadores. Cadeia essa que fez com que o partido da transformação brasileira, que era o antigo PT, se transformasse no partido da ordem dos bancos e das multinacionais, no principal partido do status quo, badalado e festejado pela imprensa mundial dominante. Comando político que somente os ingênuos, ou mal intencionados, podem desvinculá-lo dos esquemas de financiamento logístico da sigla.
Por fim, a conclusão desse julgamento poderá dar início à necessária reconfiguração da luta política no país, essencial para a derrota do bloco atualmente dominante e principal fiador do modelo liberal-periférico no Brasil, que nos aprisiona a uma política econômica que precisa ser derrotada. Mas, para tanto, combater ilusões e tergiversações é fundamental.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

MUMBABA - FORA COM ESTES politícos INESCRUPULOSOS E DE ATITUDES INDESCENTES

ESTE É O VEREADOR PAULO "VAGALUME", REALMENTE NÃO PASSA DE UM INSETO QUE ACENDE E APAGA, CONFORME SUAS PRETENSÕES.
 
AI ESTA A POLÍTICA DOS CANALHAS QUE QUEREM PERPETUAR O PODER PELO PODER. DESTE TIPO DE POLÍTICO O NOSSO POVO TEM QUE SE LIVRAR VOTANDO NA RENOVAÇÃO. VAMOS DENUNCIAR AO MINISTÉRIO PÚBLICO.
 
Gente vocês ficaram sabendo o que aconteceu no Mumbaba recentemente?

Um rapaz humilde que teve sua perna amputada devido a um problema de saúde,"ganhou"um cadeira de rodas do VEREADORzão daqui, um pouco antes da campanha começa.O mesmo ficou sabendo que o cadeirante não vai votar nele e nem no candidato a prefeito que ele apoia,com isso mandou um dos seus "discípulos" tomar a cadeira. Foi ameaçado
e tudo mais.

Para vocês verem até que ponto vai mediocridade das pessoas. Se aproveitam do "poder" politico para maltratar e humilhar as pessoas. Se na campanha ele faz isso imagina com o poder na mão, o que essa pessoa é capaz de fazer??
Se bem que para os Mumbabenses essas atitudes por parte dessa pessoa não são novidades. 


DÁ COM A MÃO DIREITA E TIRA COM A ESQUERDA.

MASSAPÊ - A POLITÍCA PODRE DE UM VEREADOR, DA SITUAÇÃO, QUE TENTA A REELEIÇÃO

ESTE É O VEREADOR PAULO "VAGALUME", REALMENTE NÃO PASSA DE UM INSETO QUE ACENDE E APAGA, CONFORME SUAS PRETENSÕES.
 
AI ESTA A POLÍTICA DOS CANALHAS QUE QUEREM PERPETUAR O PODER PELO PODER. DESTE TIPO DE POLÍTICO O NOSSO POVO TEM QUE SE LIVRAR VOTANDO NA RENOVAÇÃO. VAMOS DENUNCIAR AO MINISTÉRIO PÚBLICO.
 
Gente vocês ficaram sabendo o que aconteceu no Mumbaba recentemente?

Um rapaz humilde que teve sua perna amputada devido a um problema de saúde,"ganhou"um cadeira de rodas do VEREADORzão daqui, um pouco antes da campanha começa.O mesmo ficou sabendo que o cadeirante não vai votar nele e nem no candidato a prefeito que ele apoia,com isso mandou um dos seus "discípulos" tomar a cadeira. Foi ameaçado
e tudo mais.

Para vocês verem até que ponto vai mediocridade das pessoas. Se aproveitam do "poder" politico para maltratar e humilhar as pessoas. Se na campanha ele faz isso imagina com o poder na mão, o que essa pessoa é capaz de fazer??
Se bem que para os Mumbabenses essas atitudes por parte dessa pessoa não são novidades. 


DÁ COM A MÃO DIREITA E TIRA COM A ESQUERDA.