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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Impsa investe R$150 milhões para lançar linha de turbinas eólicas brasileiras


Empresa argentina teve financiamento da Finep, incluindo parcela a fundo perdido

Por Luciano Costa, do Rio de Janeiro
Crédito: Impsa/Divulgação
A argentina Impsa investiu cerca de R$150 milhões para criar uma plataforma de turbinas eólicas adaptadas às características do Brasil. A empresa teve apoio, na empreitada, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), incluindo recursos "a fundo perdido". O caminho até chegar à nova linha de equipamentos incluiu a criação de um módulo extra na fábrica da companhia em Suape (PE), onde foram feitos os testes dos protótipos.
Os aerogeradores, inclusive, já foram vendidos, com 400MW a serem entregues para a expansão do parque de Cerro Chato, da Eletrosul, no Rio Grande do Sul. A montagem das máquinas começa em novembro - a usina precisa entrar em operação no começo de 2014, mas a empresa deve antecipar essa data.
"A plataforma leva em conta as condições de vento, climáticas, a salinidade e a temperatura do Brasil. São aspectos que fazem a turbina ser mais eficiente e ter menor necessidade de manutenção", explica Emílio Guiñazu, diretor geral da Impsa Wind.
O vice-presidente da empresa, Jose Luis Menghuini, afirma que "alguns locais na costa brasileira, no Nordeste, têm mais salinidade do que projetos no Mar do Norte" e diz que o projeto leva em conta "até os insetos que existem no Brasil".
O índice de nacionalização das turbinas da Impsa é de "entre 80% e 90%" e, de acordo com os executivos, poderia ser até maior, se isso não afetasse a concorrência com os outros fornecedores. Ambos, aliás, apoiam as medidas do BNDES de auditar as fábricas e punir com a retirada do Finame aquelas que não cumpriam as exigências acordadas.
"Fomos uma das primeiras empresas a serem auditadas pelo BNDES. E não foi nenhuma surpresa. Quem foi surpreendido é porque não se preparou ou decidiu ignorar os pleitos do banco", aponta Guiñazu.
O executivo ainda alfineta concorrentes e diz que será estranho se "empresas que invstiram agora R$1 milhão em 30 dias digam que já cumpriram" os índices de nacionalização e fabricação local colocados pelo BNDES. 

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