Um novo marco foi atingido no início do mês de novembro de 2013 pela energia gerada a partir da biomassa no Brasil. Essa fonte foi responsável por um total de 11.250 MW em potência instalada, por meio de 474 usinas em operação, número que supera a capacidade a ser estabelecida na Usina Belo Monte até 2019, estimado em 11.233 MW. Em termos de potência, Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás da usina chinesa Três Gargantas (22.400 MW) e da Usina de Itaipú (14.000 MW).
Para o gerente em bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Zilmar Souza, isto mostra o potencial que tem a fonte biomassa em geral, particularmente o bagaço e a palha da cana-de-açúcar. “O novo patamar atingido é motivo de orgulho, mas não podemos comemorar como deveríamos pois ainda temos dúvidas sobre as perspectivas de longo prazo e o avanço dessa fonte na matriz elétrica. A biomassa já é estratégica para a matriz brasileira, mas temos que avançar muito ainda”, comenta.
Segundo a Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a biomassa da cana é a principal fonte de geração do país, com 9.180 MW (81,6% do total), seguida pelo licor negro, combustível resultante de processo da indústria de papel e celulose, que representa 1.530 MW (13,6% do total). O restante da potência instalada pela fonte biomassa é preenchido pela geração por meio de resíduos de madeira, biogás, capim elefante, óleo de palmiste, carvão vegetal e casca de arroz.
Dados da Aneel mostram que a capacidade convencionada total do Brasil atualmente é de 133.848 MW e as termelétricas a biomassa em geral, com seus 11.250 MW em operação, representam mais de 8% do total da matriz brasileira. Isso coloca a biomassa em terceira posição, atrás apenas das usinas hidrelétricas e a gás natural.
De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a bioeletricidade em geral ofertada para o setor elétrico em agosto deste ano, por exemplo, respondeu por 5,3% do consumo de energia elétrica no Brasil, justamente no período crítico para o setor elétrico, ou seja, no chamado período seco, de abril a novembro de cada ano.
Para Souza, é possível ir além dessa contribuição já significativa pois, segundo a própria Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o potencial técnico de exportação para o sistema elétrico pela bioeletricidade da cana, até 2022, seria da ordem de 14 GW médios. Esse total equivale à energia produzida por três usinas do porte do aproveitamento hidrelétrico de Belo Monte.
Uma Belo Monte... e agora?
Com o novo patamar atingido em termos de capacidade e o potencial existente para instalar mais uma, duas ou até três Belo Monte, a questão passa a ser como voltar a estimular o investimento nessa importante fonte renovável. “Precisamos não somente saber estimar o potencial dessa fonte, mas também traçar as diretrizes que transformem esse potencial em capacidade instalada efetiva, caso contrário aqueles 14 GW médios estimados pelo governo não virarão realidade em termos de geração até 2022”, comenta Souza.
Para o executivo, estimular a bioeletricidade passa necessariamente por reconhecer um preço correto nos leilões regulados promovidos pelo governo federal, agregando as externalidades positivas que essa fonte representa para o sistema elétrico. “É preciso refinar o modelo de precificação nos leilões regulados, procurando incorporar as externalidades não só da biomassa como das demais fontes também, fato que certamente promoveria o desenvolvimento da bioeletricidade na matriz elétrica brasileira”, aponta Souza.
Um novo marco foi atingido no início do mês de novembro de 2013 pela energia gerada a partir da biomassa no Brasil. Essa fonte foi responsável por um total de 11.250 MW em potência instalada, por meio de 474 usinas em operação, número que supera a capacidade a ser estabelecida na Usina Belo Monte até 2019, estimado em 11.233 MW. Em termos de potência, Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás da usina chinesa Três Gargantas (22.400 MW) e da Usina de Itaipú (14.000 MW).
Para o gerente em bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Zilmar Souza, isto mostra o potencial que tem a fonte biomassa em geral, particularmente o bagaço e a palha da cana-de-açúcar. “O novo patamar atingido é motivo de orgulho, mas não podemos comemorar como deveríamos pois ainda temos dúvidas sobre as perspectivas de longo prazo e o avanço dessa fonte na matriz elétrica. A biomassa já é estratégica para a matriz brasileira, mas temos que avançar muito ainda”, comenta.
Segundo a Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a biomassa da cana é a principal fonte de geração do país, com 9.180 MW (81,6% do total), seguida pelo licor negro, combustível resultante de processo da indústria de papel e celulose, que representa 1.530 MW (13,6% do total). O restante da potência instalada pela fonte biomassa é preenchido pela geração por meio de resíduos de madeira, biogás, capim elefante, óleo de palmiste, carvão vegetal e casca de arroz.
Dados da Aneel mostram que a capacidade convencionada total do Brasil atualmente é de 133.848 MW e as termelétricas a biomassa em geral, com seus 11.250 MW em operação, representam mais de 8% do total da matriz brasileira. Isso coloca a biomassa em terceira posição, atrás apenas das usinas hidrelétricas e a gás natural.
De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a bioeletricidade em geral ofertada para o setor elétrico em agosto deste ano, por exemplo, respondeu por 5,3% do consumo de energia elétrica no Brasil, justamente no período crítico para o setor elétrico, ou seja, no chamado período seco, de abril a novembro de cada ano.
Para Souza, é possível ir além dessa contribuição já significativa pois, segundo a própria Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o potencial técnico de exportação para o sistema elétrico pela bioeletricidade da cana, até 2022, seria da ordem de 14 GW médios. Esse total equivale à energia produzida por três usinas do porte do aproveitamento hidrelétrico de Belo Monte.
Uma Belo Monte... e agora?
Com o novo patamar atingido em termos de capacidade e o potencial existente para instalar mais uma, duas ou até três Belo Monte, a questão passa a ser como voltar a estimular o investimento nessa importante fonte renovável. “Precisamos não somente saber estimar o potencial dessa fonte, mas também traçar as diretrizes que transformem esse potencial em capacidade instalada efetiva, caso contrário aqueles 14 GW médios estimados pelo governo não virarão realidade em termos de geração até 2022”, comenta Souza.
Para o executivo, estimular a bioeletricidade passa necessariamente por reconhecer um preço correto nos leilões regulados promovidos pelo governo federal, agregando as externalidades positivas que essa fonte representa para o sistema elétrico. “É preciso refinar o modelo de precificação nos leilões regulados, procurando incorporar as externalidades não só da biomassa como das demais fontes também, fato que certamente promoveria o desenvolvimento da bioeletricidade na matriz elétrica brasileira”, aponta Souza
Fonte: Ascom Unica
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