O site de relacionamento extraconjugal Ashleymadison.com realizou uma pesquisa com os seus usuários e, com base nos dados destas pessoas, concluiu que as mulheres cariocas são as mais infiéis, em comparação às usuárias mulheres cadastradas no site pelo mundo. Das pessoas que utilizam a rede de encontros no Rio de Janeiro, 44% são mulheres e 56% homens. A média mundial de mulheres que utilizam o serviço é de 30% contra 70% de homens, nos 17 países onde a empresa está presente.
A existência do site pode não ser de conhecimento de todos, mas o assunto infidelidade está presente nas mesas de bar e nas rodas de amigo. Em uma tarde de segunda-feira, os amigos Rhuan Blanco e Felipe Marques debatiam o tema. Moradores deDuque de Caxias, na Baixada Fluminense, eles estavam na Praia do Pepê, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, falando sobre mulheres e traições.
Abordado pela reportagem do G1, Rhuan respondeu que acredita que busca das mulheres pelo uso do site está diretamente relacionado ao modo de agir do homem que mora no Rio. “O homem não presta, trai a mulher, ela não gosta e faz também. Para a mulher, é mais fácil. O cara sacaneia ela (sic), ela olha para o lado e tem outro querendo ficar com ela”, opinou.
Já o amigo Felipe Marques, de 27 anos, atribui ao clima tropical e ao estilo de vida da cidade os índices de infidelidade demonstrados pela pesquisa. “O sol, o culto ao corpo, tudo isso proporciona a traição. Aqui na Praia do Pepê só dá mulher top, sarada. Hoje nós vivemos em uma época em que a necessidade momentânea de estar com alguém é grande. As cariocas estão cada vez mais bonitas e isso faz com que os homens corram atrás e elas, por sua vez, têm mais opções de escolha por estarem saradas”, concluiu.
Na mesma praia, o morador da Tijuca Raphael Monteiro, de 26 anos, opinou que a independência financeira da mulher carioca pode ser um fator que contribui para o alto índice de infidelidade na cidade. "As mulheres estão mais independentes. O dinheiro também influencia. Ela poder ir para onde quiser", disse.
Na mesma praia, o morador da Tijuca Raphael Monteiro, de 26 anos, opinou que a independência financeira da mulher carioca pode ser um fator que contribui para o alto índice de infidelidade na cidade. "As mulheres estão mais independentes. O dinheiro também influencia. Ela poder ir para onde quiser", disse.
Fazendo coro com Rhuan, Yuri Saraiva, de 25 anos, morador do Recreio dos Bandeirantes, também atribui a influência do comportamento masculino no feminino como um dos fatores do estímulo à traição na cidade. “O carioca é demais, é menos respeitoso, trai mesmo. E as mulheres respondem na mesma moeda. Acho também que o carioca, em geral, é menos careta”.
Poder aquisitivo
Trinta e um anos. Essa é a média de idade das cariocas que mais traem, enquanto a dos homens é 44 anos. No total, são mais de 27 mil infiéis cadastrados na cidade do Rio de Janeiro em um total de 220 mil usuários no Brasil e 12 milhões em todo o mundo. A segunda cidade com maior índice de mulheres é Zurique, na Suíça, onde as mulheres representam 42% dos usuários cadastrados. Para Eduardo Borges, representante do Ashleymadison.com no Brasil, geralmente os números têm a ver com a classe social do usuário.
Trinta e um anos. Essa é a média de idade das cariocas que mais traem, enquanto a dos homens é 44 anos. No total, são mais de 27 mil infiéis cadastrados na cidade do Rio de Janeiro em um total de 220 mil usuários no Brasil e 12 milhões em todo o mundo. A segunda cidade com maior índice de mulheres é Zurique, na Suíça, onde as mulheres representam 42% dos usuários cadastrados. Para Eduardo Borges, representante do Ashleymadison.com no Brasil, geralmente os números têm a ver com a classe social do usuário.
“Normalmente, o alto percentual de mulheres cadastradas está relacionado ao alto poder aquisitivo da ala feminina. Em países como Suíça, Austrália, Canadá e Estados Unidos isso é evidente, mas este resultado no Rio de Janeiro realmente nos surpreendeu”, afirmou Borges.
Ele ficou surpreso porque a pesquisa aponta que 59% dos usuários que vivem no Leblon, na Zona Sul do Rio, são mulheres. E 58% dos usuários que moram em Campo Grande, na Zona Oeste, são mulheres.
Ione Rodrigues, socióloga, acredita que o alto índice do bairro da Zona Sul também tem a ver com o alto poder aquisitivo e, em consequência, com a disponibilidade de tempo das moradoras. “No Leblon as mulheres têm mais tempo livre, que acaba dando espaço para esta procura”, falou Ione, que mora em Botafogo.
Já o editor de imagens Paulo Varella, morador do Humaitá, acha que os índices representam nada menos que a vontade feminina de uma aventura. “Eu acredito que devam ser mulheres executivas, bem-sucedidas, que tenham uma vida tranquila, mas que buscam uma aventura. O mundo está muito igual, as buscas estão parecidas”, concluiu.
Maioria de homens infiéis está na Barra
Se o percentual maior das usuárias está no Leblon, o público masculinho mais infiel da cidade se encontra na Barra da Tijuca. Segundo a pesquisa, 75% dos usuários do Ashleymadison.com no bairro são homens. O maior percentual no ranking dos dez bairros que entraram na pesquisa.
Vanessa Cerqueira, de 42 anos, mora no bairro e acredita que a infidelidade masculina na Barra está relacionada ao poder aquisitivo e ao culto ao corpo. “As pessoas têm mais acesso a essas redes por conta do dinheiro. Além disso, nessa região moram pessoas que vão mais à academia, acho que elas conhecem mais pessoas nesses ambientes e isso facilita a traição”, opinou.
Se o percentual maior das usuárias está no Leblon, o público masculinho mais infiel da cidade se encontra na Barra da Tijuca. Segundo a pesquisa, 75% dos usuários do Ashleymadison.com no bairro são homens. O maior percentual no ranking dos dez bairros que entraram na pesquisa.
Vanessa Cerqueira, de 42 anos, mora no bairro e acredita que a infidelidade masculina na Barra está relacionada ao poder aquisitivo e ao culto ao corpo. “As pessoas têm mais acesso a essas redes por conta do dinheiro. Além disso, nessa região moram pessoas que vão mais à academia, acho que elas conhecem mais pessoas nesses ambientes e isso facilita a traição”, opinou.
E não é só o público feminino que corrobora com os dados apontados pela pesquisa. Fernando Carvalho, de 43 anos, é separado e morador da Barra. Para ele, o poder aquisitivo também é um fator relevante. “Acho que as pessoas com mais dinheiro têm mais tempo. A Barra também é um ambiente propício por conta da praia, dos bares, da academia”, explicou.
David Malvar, de 24, mora em Jacarepaguá e vai à praia na Barra e no Recreio dos Bandeirantes, onde 70% dos usuários do site são homens. Ele acredita que a personalidade do morador destes dois bairros é crucial para o alto índice de infidelidade. “É um perfil de gente mais fútil, que se preocupa mais com a aparência, e isso reflete nas relações. Elas não valorizam tanto as relações, não ligam para isso, vivem para o momento”, disse.
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