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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

NR 10 - MODULO 14 - PARTE 2


PRATICANDO OS PRIMEIROS SOCORROS: COMO AGIR EM CASOS DE EMERGÊNCIA.

SEMPRE HÁ ESPERANÇA QUANDO HÁ VIDA HUMANA.
Simon

A pessoa que se dispõe a prestar os primeiros socorros deve começar por analisar as condições em que ocorreu o acidente e o estado físico e mental do(s) envolvido(s); após identifica o(s) caso(s) de gravidade ela deve adota as técnicas de primeiros socorros, algumas das quais são bastantes simples e podem diminuir o sofrimento das vítimas, evitar complicações futuras e até salvar as suas vidas. Numa emergência é fundamental que a pessoa mantenha a calma e transmita confiança, até á chegada do socorro especializado; mas deve agir com extremo rigor pois, do contrario, o atendimento pode comprometer a saúde da vítima.
Vamos apresenta alguns casos graves que requerem pronto atendimento do socorrista e chamamos a atenção para as técnicas adequadas de atendimento e os erros a serem evitados.

Antes de adotar qualquer procedimento, deve avaliar o estado geral da vítima(s) e efetuar a técnica especifica para no caso.
  • Mantenha-a deitada;
  • Mantenha a respiração;
  • Evite perda de sangue;
  • Evite vira-la, empurrá-la, para não agravar as lesões;
  • Não retire do corpo, objetos penetrantes, como vidros, etc.
CHAME DE IMEDIATO O ATENDIMENTO ESPECIALIZADO, MÉDICO, POLICIAL, BOMBEIROS, ETC.

        Telefones de emergências:
  • 190 – polícia militar;
  • 191 – polícia rodoviária;
  • 192 – SAMU;
  • 193 – corpo de bombeiros. 
Caixa de primeiros socorros:
Ao prestar os primeiros socorros, é preciso que se utilizem materiais e instrumentos que facilitem a realização dos procedimentos.
Segundo a NR 7, item 7.5.1, todo o estabelecimento deve estar equipado com material necessário à prestação de primeiros socorros. Importante lembrar que nesse conjunto de materiais não podem constar medicamentos.
A Empresa deve disponibilizar aos trabalhadores, caixa de emergência equipada com o material necessário à prestação dos Primeiros Socorros; manter esse material guardado em local adequado, aos cuidados de um Trabalhador Treinado para esse fim.

A empresa deverá ter uma caixa de primeiros socorros, cujo conteúdo tenha:
  • 5 rolos de atadura de crepom de 10 cm de largura;
  • 5 rolos de atadura de crepom de 15 cm de largura;
  • 1 caixa de curativo auto-adesivo;
  • 10 pacotes de gaze esterilizada;
  • 1 tesoura pequena;
  • 1 pacote de algodão;
  • 2 pares de luvas cirúrgicas número 8;
  • 2 sacos plásticos transparentes de 1 litro;
  • 1 rolo de esparadrapo grande;
  • 1 sabão líquido anti-bactericida;
  • 1 caixa de cotonetes;
  • 2 frascos de soro fisiológico de 250 ml;
  • 1 lanterna; 
  • toalhas de papel;
  • talas de papelão ou infláveis;
  • máscaras de respiração descartável;
  • 1 garrote de borracha grosso (50 cm).
É importante salientar que não é permitido que na caixa contenha medicamentos, pois estes devem ser indicados somente pelo médico.

Analise primaria:
ü  1- Verifique a inconsciência;
ü  2- Abra as vias aéreas respiratórias;
ü  3- Verifique a respiração;
ü  4- Verifique os batimentos cardíacos;
ü  5- Aplicar colar cervical  (inconsciente).

Analise secundaria:
ü  1- Proceda o exame da cabeça aos pés;
ü  2- Questione a vítima (se possível);
ü  3- Questione as testemunhas (se houver).

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Devemos verificar a parada cardíaca em conjunto com a parada respiratória, porque as mesmas causas que levam a uma delas, também levam à outra, e se a vítima apresenta apenas uma delas, se não for atendida rapidamente, passará a apresentar a segunda, exigindo procedimento conjunto para manter os dois principais. A parada cardiorrespiratória leva à morte no período de 3 a 5 minutos.

    Sinais e sintomas
ü   Inconsciência;
ü   Ausência de Respiração e Batimentos Cardíacos.

O aparelho respiratório:
O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões. Qualquer acidente que evolva um destes órgãos, coloca em risco a oxigenação dos tecidos provocando a morte das células e em conseqüência, da própria vítima.   

Como verificar se a vítima está respirando?
O socorrista deve se aproximar do rosto da vítima, observando se há os sinais descritos:

SINTOMAS DE PARADA RESPIRATÓRIA:
  •  Ausência de movimentos característicos de respiração;
  •  Inconsciência;
  •  Lábios, língua e unhas azuladas.
IDENTIFICAÇÃO DA PARADA CARDÍACA:
  •  Inconsciência;
  •  Palidez excessiva;
  •  Ausência de pulsação e batimentos cardíacos;
  •  Pupilas dilatadas;
  •  Pele e lábios roxos.
A paralisação da respiração ou dos batimentos cardíacos, leva à morte em poucos minutos, ou a danos irreversíveis, por falta de oxigenação.
A primeira precaução que devemos tomar, é verificar as possíveis causas da parada cardiorrespiratória, que podem ser:
  • Choque elétrico;
  • Gases venenosos;
  • Afogamento, asfixia ou sufocamento;
  • Traumatismos violentos;
  • Reação a medicamentos;
  • Intoxicação;
  • Infartos.
IDENTIFICAÇÃO DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA:
  • Verificar se a vítima está inconsciente. Encontrando-se sozinho, deve solicitar ajuda;
  • confirmar que a vítima está inconsciente;
  •  Posicionar-se de modo adequado e abrir as vias aéreas, optando por um dos métodos vistos, de acordo com a necessidade, observando de há prótese dentaria, moeda, pedaço graúdo de alimentos, espinha de peixe, osso de ave, etc.;
  • Se  língua está caída para trás ou enrolada – em vítimas inconsciente;
  •  Olhar os movimentos do tórax;
  •  Ouvir os sons da respiração;
  •  Sentir o ar exalado pela boca e pelo nariz;
  •  Observar se a pele do rosto está pálida ou azulada;
  •  Utilizar de três a cinco segundos para se certificar que respira.
Métodos para desobstruir as vias aéreas:
O método para desobstruir as vias aéreas, varia de acordo com a gravidade e causa da obstrução, mas em geral os procedimentos devem se adotados numa seqüência, até que ela tenham sido devidamente desobstruídas.

Limpeza manual:
Em vista da suspeita de aspiração de corpos estranhos, o socorrista introduz um ou dois dedos na boca e faringe da vítima, essa remoção pode ser facilitada se os dedos passarem pela bochecha e voltarem pelo céu da boca, num procedimento conhecido como “varredura digital”. 

Tapotagem:
A tapotagem consiste em percutir com as mãos em concha ou em ventosa, as regiões torácicas relacionadas com as áreas pulmonares em que haja secreção, respeitando as regiões dolorosas.
Contra indicação: Aplicação direto a pele, paciente apresentando ruídos sibilares exacerbados, dispnéia, crise asmática, edema agudo do pulmão, pós cirúrgicos, em menos de uma hora de refeição, fraturas de costelas, cardiopatas graves.

Compressão abdominal
Essa técnica de ressuscitação não utiliza nenhum dispositivo em especial, mas faz uso de um socorrista a mais, que realiza compressões abdominais rítmicas na fase de relaxamento da compressão torácica . Essa técnica baseia-se no princípio de que a compressão do abdome aumenta a resistência na aorta no momento da diástole da ressuscitação, o que proporciona pressão diastólica de aorta mais elevada, aumentando, assim, a perfusão coronariana e a cerebral.

Compressão torácica:
Se a vítima tiver abdome grande, for gestante ou tiver traumatis mo abdominal, o socorrista passa as mãos abaixo dos braços, circulando a parte inferior do tórax e pressionando com o punho num rápido empurrão para trás; também pode ser feito com a vítima deitada.

REANIMAÇÃO CÁRDICO PULMONAR

Método boca – a – boca:

Mesmo em vista de uma parda respiratória, é possível ao socorrista, restabelecer a respiração da vítima e salvar a sua vida se ele aplicar , de imediato, o método boca – a – boca, forçando a entrada e saída de ar dos pulmões alternada e ritmadamente até a respiração natural se restabelecer.
    • Afrouxe as roupas da vítima, principalmente em volta do pescoço;
    • Coloque a vítima deitada de costas. Levante seu pescoço com uma das mãos e incline sua cabeça para trás, mantendo-a nesta posição;
    • Use a mão que levantou o pescoço para puxar o queixo da vítima para cima, de forma que sua língua não impeça a passagem do ar;
    • Coloque sua boca com firmeza sobre a boca da vítima;
    • Feche bem as narinas da vítima usando o polegar e o indicador;
    • Sopre para dentro da boca da vítima até notar que seu peito está se levantando;
    • Deixe a vítima expirar o ar livremente.
Este método deve ser aplicado, enquanto a vítima não respirar. Somente deve ser interrompido quando a chegada de um médico ou a vítima for transportada para um hospital. Há casos em que não é possível aplicar este método; por exemplo, quando a vítima apresentar traumatismo na boca. Neste caso, o socorrista pode fechar a boca e soprar pelo nariz. 

INSOLAÇÃO 
Ocorre devido à exposição prolongada dos raios solares sobre o indivíduo.

Sinais e sintomas
ü   Temperatura do corpo elevada;
ü   Pele quente, avermelhada e seca;
ü   Diferentes níveis de consciência;
ü   Falta de ar;
ü   Desidratação;
ü   Dor de cabeça, náuseas e tontura.

Primeiros socorros
    •  Remover a vítima para lugar fresco e arejado;
    •  Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com toalhas umedecidas;
    •  Oferecer líquidos em pequenas quantidades e de forma freqüente;
    •  Mantê-la deitada;
    •  Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;
    •  Providenciar transporte adequado;
    •  Encaminhar para atendimento hospitalar.
INTERNAÇÃO
Ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados (fundições, padarias, caldeiras etc.) intenso trabalho muscular.

Sinais e sintomas
    •  Temperatura do corpo elevada;
    •  Pele quente, avermelhada e seca;
    •  Diferentes níveis de consciência;
    •  Falta de ar;
    •  Desidratação;
    •  Dor de cabeça, náuseas e tontura;
    •  Insuficiência respiratória.
Primeiros socorros
    •  Remover a vítima para lugar fresco e arejado;
    •  Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, aplicando compressas de pano umedecido com água;
    •  Mantê-la deitada com o tronco ligeiramente elevado;
    •  Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;
    •  Encaminhar para atendimento hospitalar.
DESMAIOS
É a perda súbita e temporária da consciência e da força muscular, geralmente devido à diminuição de oxigênio no cérebro, tendo como causas: hipoglicemia, fator emocional, dor extrema, ambiente confinado, etc.

Sinais e sintomas
       Tontura;
       Sensação de mal estar;
       Pulso rápido e fraco;
       Respiração presente de ritmos variados;
       Tremor nas sobrancelhas;
       Pele fria, pálida e úmida;
       Inconsciência superficial.

Primeiros socorros
    •  Colocar a vítima em local arejado e afastar curiosos;
    •  Deitar a vítima se possível com a cabeça mais baixa que o corpo;
    •  Afrouxar as roupas;
    •  Encaminhar para atendimento hospitalar.
CONVULSÃO
Perda súbita da consciência acompanhada de contrações musculares bruscas e involuntárias, conhecida popularmente como “ataque”.
Causas variadas: epilepsia, febre alta, traumatismo craniano, etc.

Sinais e sintomas
    •  Inconsciência;
    •  Queda abrupta da vitima;
    •  Salivação abundante e vômito;
    •  Contração brusca e involuntária dos músculos;
    •  Enrijecimento da mandíbula, travando os dentes;
    •  Relaxamento dos esfíncteres (urina e/ou fezes soltas);
    •  Esquecimento.
Primeiros socorros
    •  Colocar a vítima em local arejado, calmo e seguro;
    •  Proteger a cabeça e o corpo de modo que os movimentos involuntários não causem lesões;
    •  Afastar objetos existentes ao redor da vitima;
    •  Lateralizar a cabeça em caso de vômitos;
    •  Afrouxar as roupas e deixar a vítima debater-se livremente;
    •  Nas convulsões por febre alta diminuir a temperatura do corpo, envolvendo-o com pano embebido por água;
    •  Encaminhar para atendimento hospitalar.
FERIMENTOS EXTERNOS
São lesões que acometem as estruturas superficiais ou profundas do organismo com grau de sangramento, laceração e contaminação variável.

Sinais e sintomas
    •  Dor e edema local;
    •  Sangramento;
    •  Laceração em graus variáveis;
    •  Contaminação se não adequadamente tratado.
Primeiros socorros
    •  Priorizar o controle do sangramento;
    •  Lavar o ferimento com água;
    •  Proteger o ferimento com pano limpo, fixando-o sem apertar;
    •  Não remover objetos empalados;
    •  Não colocar qualquer substância estranha sobre a lesão;
    •  Encaminhar para atendimento hospitalar.
HEMORRAGIAS
    É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo (artérias, veias e capilares).
    Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente.
    A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em 3 a 5 minutos.

HEMORRAGIA EXTERNA

Sinais e sintomas
    • Sangramento visível;
    • Nível de consciência variável decorrente da perda sanguínea;
    • Palidez de pele e mucosa.
Primeiros socorros
    • Comprimir o local com um pano limpo;
    • Elevar o membro quando possível;
    • Comprimir os pontos arteriais
    • Prevenir o estado de choque;
    • Aplicar torniquete (amputação, esmagamento de membro);
    • Encaminhar para atendimento hospitalar.
HEMORRAGIA INTERNA

Sinais e sintomas
    • Sangramento geralmente não visível;
    • Nível de consciência variável dependente da intensidade e local do sangramento.
Primeiros socorros
    • Manter a vítima aquecida e deitada, acompanhando os sinais vitais e atuando adequadamente nas intercorrências;
    • Agilizar o encaminhamento para o atendimento hospitalar.
HEMORRAGIA NASAL

Sinais e sintomas
    •  Sangramento nasal visível.
Primeiros socorros
    •  Colocar a vítima sentada, com a cabeça ligeiramente voltada para trás, e apertar-lhe a(s) narina (s) durante cinco minutos;
    •  Caso a hemorragia não ceda, comprimir externamente o lado da narina que está sangrando e colocar um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um saco com gelo;
    •  Encaminhar para atendimento hospitalar.
ESTADO DE CHOQUE

Primeiros socorros
    • Colocar a vítima em local arejado, afastar curiosos e afrouxar as roupas;
    • Manter a vítima deitada com as pernas mais elevadas;
    • Manter a vítima aquecida;
    • Lateralizar a cabeça em casos de vômitos;
    • Encaminhar para atendimento hospitalar.
CORPO ESTRANHO NOS OLHOS
É a introdução acidental de poeiras, grãos diversos, etc. Na cavidade dos glóbulos oculares.

Sinais e sintomas
    • Dor;
    • Ardência;
    • Vermelhidão;
    • Lacrimejamento.
Primeiros socorros
    • Não esfregar os olhos;
    • Lavar o olho com água limpa;
    • Não remover o corpo estranho manualmente;
    • Se o corpo estranho não sair com a lavagem, cobrir os dois olhos com pano limpo;
    • Encaminhar para atendimento hospitalar.
INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO
O envenenamento ou intoxicação resulta da penetração de substância tóxica/nociva no organismo através da pele, aspiração e ingestão.

Sinais e sintomas
    •  Dor e sensação de queimação nas vias de penetração e sistemas correspondentes;
    •  Hálito com odor estranho;
    •  Sonolência, confusão mental, alucinações e delírios, estado de coma;
    •  Lesões cutâneas;
    •  Náuseas e vômitos;
    •  Alterações da respiração e do pulso.
Primeiros socorros

Pele
    • Retirar a roupa impregnada;
    • Lavar a região atingida com água em abundância;
    • Substâncias sólidas devem ser retiradas antes de lavar com água;
    • Agasalhar a vítima;
    • Encaminhar para atendimento hospitalar.
Aspiração
    • Proporcionar a ventilação;
    • Abrir as vias áreas respiratórias;
    • Encaminhar para atendimento hospitalar.
INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO

Primeiros socorros

Ingestão
    • Identificar o tipo de veneno ingerido;
    • Provocar vômito somente quando a vítima apresentar-se consciente, oferecendo água;
    • Não provocar vômitos nos casos de inconsciência, ingestão de soda cáustica, ácidos ou produtos derivados de petróleo;
    • Encaminhar para atendimento hospitalar.

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