RISCOS TÍPICOS NO SEP E A SUA PREVENÇÃO
Campo elétrico e magnético
Todos os equipamentos elétricos/eletronicos, são sensíveis, em diferentes graus, a perturbações de origem eletromagnéticas. Um simples raio que caia perto de uma instalação que tenha sensores, transdutores associados a sinal e comandos, podem causar mau funcionamento, ou seja, não significa que esse equipamento será danificado, mas será levado a ele uma informação que será codificada, não como um raio que caiu, mas como uma informação que o equipamento tomará e que vai ser errada.
Isso é uma perturbação de origem eletromagnética, porque o raio cria um campo eletromagnético que vai provocar o mau funcionamento dos comandos do controle de operação.
Os sistemas de controle destinados á segurança devem estar protegidos contra esse fenômeno classificado como compatibilidade eletromagnética e os equipamentos devem estar imunes a esse tipo de interferência.
Deve haver uma preocupação em imunizar o equipamento, para evitar o mau funcionamento contra o fenômeno de perturbação e, ao mesmo tempo, evitar que produza ruídos de natureza de campo eletromagnético que perturbe tanto o seu funcionamento quantos o dos demais equipamentos.
Para isso que existe o estudo de um bom aterramento, da escolha adequada do tipo de aterramento para evitar correntes comuns, ou seja, assegura, ao usuário da instalação, uma certa segurança para o equipamento instalado e evitar certos tipos de sobretensão que são provocados por falhas na rede elétrica, como um curto circuito, por exemplo.
Mais uma finalidade do aterramento é a de promover uma referência de potenciais para a boa operação dos sistemas elétricos, em especial quando há partes isoladas eletricamente, como transformador.
Comunicação, identificação e sinalização.
É importante ressaltar que a comunicação e identificação são partes importantes do controle do risco, como padronização dos procedimentos de transmissão e operação, criando uma linguagem simples, fazendo uma nomenclatura e utilizando métodos seguros (cartões de segurança, painéis de controle e padronizações de cores, etc.) e utilização do cones, cercas e fitas.
Deve-se observar os seguintes itens:
} Manobra local;
} Meios de Comunicação;
} Identificação de Pessoal;
} Prioridades;
} Registro das Comunicações;
} Seqüência Operativa das Manobras;
Trabalho em alturas, em máquinas, confinados e em equipamentos especiais.
Todo funcionário exposto a risco de queda deverá trabalhar protegido por corrimões, guarda corpos, cintos de segurança, trava quedas ou quaisquer outros equipamentos de proteção contra quedas. Também é importante que o trabalhador conheça todas as máquinas e os equipamentos nos locais onde são realizados os serviços com eletricidade, bem como em casos de serviços em áreas confinadas, ter em mãos todos os EPI´s destinados a esta área, pois muitas vezes é necessário o controle de outras energias e dispositivos além da energia elétrica.
Para o trabalho em altura são requeridas padronizações do cinturão tipo pára-quedistas, com talabarte de segurança de acordo com a altura e estrutura a serem utilizadas (cintos abdominais, talabarte e trava-quedas) e padronizações de suas máquinas e equipamentos com seu manual de procedimentos para utilização adequada, como limite de abertura, carga e condições de uso. Para trabalhos em áreas confinadas é necessário garantir a exaustão do ambiente, ter o guia umbilical e iluminação adequadas.
As maquinas e equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida e parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental, para isso estes devem ser localizados de modo que:
} Seja acionado ou desligado, pelo operador, na posição de trabalho;
} Não se localize na zona perigosa de máquina ou do equipamento;
} Possa ser acionada ou desligado em caso de emergência, por outra pessoa que não seja o operador;
}Não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador ou qualquer outra forma acidental;
} Não acarrete riscos adicionais.
Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam as máquinas e os equipamentos, devem ser vistoriados e limpos sempre que apresentarem riscos provenientes de graxas, óleo e outras substâncias que os tornem escorregadios.
As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e os equipamentos devem ser dimensionados de forma que o material, os trabalhadores e os transportadores mecanizados possam se movimentar com segurança.
As máquinas e os equipamentos de grandes dimensões devem ter escadas e passadiços que permitam acesso facíl e seguro aos locais em que seja necessário a execução de tarefas.
As máquinas e os equipamentos que utilizarem energia elétrica, fornecida por fonte externa, devem possuir chave geral, em local de fácil acesso e acondicionada em caixa que evite o seu acionamento acidental e que proteja as suas partes energizadas. Todas as máquinas e equipamentos que utilizarem ou gerarem energia elétrica, devem ser aterrados eletricamente.
Regras Gerais:
} O local deverá ser sinalizado por meios de placas indicativas e ser feito um isolamento para prevenir acidentes com transeuntes ou com pessoas que estejam trabalhando embaixo;
} É obrigatório o uso do cinto de segurança para trabalhos em altura, superior a 2 metros;
} O transporte do material, para cima ou para baixo, deverá ser feito, preferencialmente, com a utilização de cordas em cestos especiais ou de forma mais adequada.
} Materiais e ferramentas não podem ser deixados desordenadamente nos locais de trabalho sobre andaimes, plataformas ou qualquer estrutura elevada, dessa forma, evita-se acidentes com pessoas que estejam trabalhando ou transitando sob as mesmas;
} As ferramentas não podem ser transportadas em bolsos, mas pode-se utilizar sacolas especiais ou cintos apropriados;
} Recomenda-se que todo trabalho em altura seja previamente autorizado pelo SESMT da empresa contratante.
Recomendações para trabalho em altura:
} Analisar atentamente o local de trabalho, antes de iniciar o serviço;
} Sob forte ameaça de chuva ou ventos fortes, suspender imediatamente o serviço;
} Nunca andar diretamente sobre materiais frágeis (telha, ripas, estuques), instalar uma prancha móvel;
} Não amontar ou guardar coisa alguma sobre o telhado;
} É proibido arremessar material para o solo, deve ser utilizado equipamento adequado (cordas ou cestas especiais). Caso não seja possível, á área destinada para jogar o material, deve ser cercada, sinalizada e com devida autorização do SESMT da empresa contratante;.
} Usar equipamento adequado (cordas ou cestas especiais) para erguer materiais e ferramentas;
} Instalações elétricas provisórias devem ser realizadas, exclusivamente por eletricistas autorizados;
} Imobilizar a escada ou providenciar para que alguém se posicione na base, para calçá-la;
} Ao descer ou subir escadas, fazer com calma e devagar;
} Não improvisar.
Medidas de controle de riscos elétricos:
} Desenergização;
} Sinalização;
} Aterramento de proteção temporário;
} Equipotencialização;
} Seccionamento automático da alimentação;
} Dispositivo de corrente de fuga;
} Extra baixa-tensão;
} Barreiras e invólucros;
} Bloqueios e impedimentos;
} Isolamento das partes vivas;
} Isolação duplas ou reforçadas;
} Colocação fora do alcance;
} Separação elétrica.
Ruídos
Em todos os locais de trabalho há ruídos, estes podem atingir ou não níveis de intensidade perigosos para a saúde e para a segurança dos trabalhadores.
As fontes de ruídos são as mais diversas: máquinas, conversas, música, tráfego, vibrações, etc.
Qualquer que seja a fonte, os ruídos podem classificar-se em três tipos:
Ruído uniforme, quando o nível de pressão acústica e os espectro de freqüência são constantes durante um certo tempo relativamente longo, como por exemplo o ruído numa fábrica de fiação; ,
Ruído intermitente, quando o nível de pressão acústica e o espectro das freqüências variam constantemente, como por exemplo numa oficina de mecânica;
Ruído impulsivo, quando o nível de pressão acústica é muito elevado mas dura pouco tempo (menos de 1/5 do segundo), como por exemplo um tiro.
Conseqüências ou Efeitos do Ruído. - Alguns destes efeitos já foram referidos mas vamos agora apresentá-los de forma mais completa e sistematizada.
Os ruídos de componentes graves - freqüências mais baixas - são os menos perigosos; para níveis superiores a 100 dB atuam sobre os músculos e estômago, podendo provocar vômitos e até síncopes.
Os ruídos de médias freqüências provocam os mesmos danos mas em maior grau; aos 80 dB já podem causar transtornos digestivos, aumentar a pressão arterial e a pulsação.
O sistema central do homem é muito sensível aos ruídos com freqüências altas, os agudos, que podem causar fadiga nervosa e cansaço mental, alterando o sistema neurovegetativo.
Ação sobre o aparelho auditivo
Perda de audição.
Esta perda é função da freqüência e da intensidade do ruído. É mais evidente para os sons puros e para freqüências elevadas.
Fadiga auditiva.
Trata-se de um abaixamento reversível da acuidade auditiva. Caracteriza-se pelo grau de perda da audição e pelo tempo que demora a retoma da audição normal.
Quando a exposição a ruído excessivo se mantém durante muito tempo, há um perda permanente da acuidade auditiva.
Limites do Ruído .
Ao ruído também se pode aplicar o conceito de dose.
No caso do ruído contínuo:
dose = nível sonoro x tempo de exposição
Para medir as doses de ruído utiliza-se um aparelho chamado dosímetro.
No caso de ruído não contínuo recorre-se ao conceito de "nível contínuo equivalente" ou seja, o que produziria o mesmo efeito que o nível variado em causa.
Podem aplicar-se dois critérios para a equivalência:
} critério de igual energia;
} critério de igual pressão.
O recomendado pelas normas internacionais é o critério de igual energia que diz:
Se duplicar o tempo de exposição ao ruído, é necessário diminuir a energia desse ruído para metade, o que é equivalente a diminuir o nível do ruído de 3 dB.
A ABNT, através da norma NBR 10.152 diz que o nível sonoro contínuo equivalente não deve ultrapassar 85 dB (A), sendo o máximo admissível 90 dB (A), valor acima do qual há risco apreciável de surdez.
Conjugando esta norma com o critério de igual energia pode-se construir o seguinte quadro:
Tempo de exposição | Nível sonoro |
8 horas/dia | |
(40 horas /sem) | 85 db (A) |
4 horas/dia | 88 db (A) |
2 horas/dia | 91 db (A) |
1 hora/dia | 94 db (A) |
30 minutos/dia | 97 db (A) |
15 minutos/dia | 100 db (A) |
28 segundos/dia | 115 db (A) – Valor máximo |
Trabalho sob pressão
O crescimento da competitividade nos diversos segmentos econômicos é uma característica natural dos nossos tempos. Em diversas áreas, a pressão diária se torna inerente ao bom desenvolvimento profissional em razão da cobrança dos superiores, dos clientes ou mesmo para buscar a liderança em relação aos demais colegas de profissão. Em certas carreiras, ainda na faculdade, recebemos dos professores indicativos de que o trabalho será realizado, no geral, sob constante pressão.
Tais previsões se concretizam no trabalho nas mais diversas áreas, sendo inerente a certos ramos de atividade e cabe ao trabalhador saber estabelecer e ponderar uma relação saudável entre a sua atividade profissional, a necessidade de manter-se empregado e, por conseqüência, atingir os resultados esperados
Animais peçonhentos
Animais Peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com dentes ocos, ou ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente. Ex.: serpentes, aranhas, escorpiões, abelhas, arraias.
Animais Venenosos são aqueles que produzem veneno, mas não possuem um aparelho inoculador (dentes, ferrões) provocando envenenamento passivo por contato (taturana), por compressão (sapo) ou por ingestão (peixe baiacu).
a) Evite andar em áreas de matagal, lixo acumulado, restos de material, pois os animais ditos peçonhentos como cobras, aranhas e escorpiões, gostam de se esconder em tais locais;
b) Mantenha o espaço ao redor da casa, do trabalho e onde for desenvolver quaisquer atividade, sempre limpo e se por necessidade precisar andar em áreas de matagal, usar calçados fechados, ou, de preferência, botas de couro de cano longo;
c) Evitar cultivar bananeiras ou folhagens muito próximo da residência;
d) Ao entardecer, hora que escorpiões e aranhas entram em residências, proteger as frestas de janelas e portas com sacos de areia longos e de pequeno diâmetro;
e) Ao mexer com folhas, lixo, palha ou lenha, usar luvas de couro;
f) Onde tem ratos, tem cobras. Fechar buracos em muros, portas e janelas;
g) Enterrar o lixo;
h) Ao calçar sapatos ou botas em locais onde existem cobras, ver se não tem uma dentro.
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