Pedidos de turbinas eólicas caem 30% no mundo em 2012
América Latina ainda tem mercado aquecido, mas Europa e Ásia puxam retração em encomendas do setor
Por Luciano Costa
As encomendas de turbinas eólicas fechadas em todo o mundo no primeiro semestre de 2012 foram 30% menores do que as registradas no mesmo período do ano passado. A conclusão aparece em estudo da MAKE Consulting divulgado nesta semana.
Segundo o material, o desempenho foi puxado pela "fraqueza nos principais mercados", como Ásia e Europa, particularmente afetados por uma demanda menor em China, Índia e Alemanha. O movimento é atribuído a "incerteza regulatória, cortes de subsídios e questões de conexão à rede".
A queda nos pedidos acontece mesmo com "um bom crescimento nos mercados emergentes", como a América Latina, onde "diversos países" apresentaram alto índice de demanda. Nos Estados Unidos também houve aceleração, mas por outro motivo: uma lei que oferece incentivos a usinas eólicas acaba no final de 2012 e, sem saber se o mecanismo será renovado, os investidres têm acelerado os projetos.
Como o levantamento registra pedidos, que são feitos com antecedência, a consultoria prevê que 2013 será "um ano mais fraco para as instalações" de novos parques. A expectativa é de uma queda de 5% na capacidade a entrar em operação.
Ainda assim, a MAKE vê indícios de uma recuperação nos pedidos em 2013 e nos anos seguintes, uma vez que há mais de 11GW em turbinas já sendo negociadas e outros 18GW em pré-contratos que podem se tornar acordos efetivos.
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