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sábado, 28 de julho de 2012

Funai confirma liberação de funcionários


Atualizado: Funai confirma liberação de funcionários da Norte Energia

Três homens da companhia estavam impedidos de deixar aldeia indígena Muratu desde terça-feira (24)
Por Natália Bezutti, com informações da Agência Brasil
Crédito: Norte Energia
Os três funcionários da Norte Energia detidos na aldeia indígena Muratu foram liberados. A Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmava o retorno de somente um deles até instantes atrás, mas a Agência Brasil informa que todos já estão em Altamira, no Pará, onde fica a sede da empresa responsável pela construção da hidrelétrica de Belo Monte.
A falta de informações é atribuída o ao fato de que a aldeia em que os três estavam fica a três horas de voadeira – espécie de barco local – de Altamira.
Os funcionários foram detidos na terça-feira (24) depois da realização de reunião que abordou a implantação de uma nova ensecadeira no rio Xingu. Para o Ministério Público Federal (MPF), a ação é fruto da insatisfação de ribeirinhos e indígenas devido à falta de cumprimento pela Norte Energia das condicionantes previstas nos processos de licenciamento da hidrelétrica.
Para a libertação dos funcionários, foi garantida uma nova reunião entre líderes indígenas, Funai e a empresa. A previsão é que esse encontro ocorra nas próximas horas. No grupo que acaba de chegar ao Porto de Altamira, também há índios que deverão participar das conversas.
A Norte Energia confirmou à Agência Brasil que, na carta enviada pelos líderes indígenas, ainda não divulgada, consta a cobrança de execução de algumas obras compensatórias. A empresa acrescenta que, segundo informações da Funai, os reféns foram bem tratados e bem alimentados, e não houve violência. Ainda assim, um deles teria passado por uma crise nervosa na quinta-feira (27/7).
A Norte Energia estuda a possibilidade de entrar na Justiça contra os índios, mas isso só será decidido pela área jurídica após ouvir os funcionários. 
Em nota enviada à imprensa, a empresa disse que os funcionários "se dirigiram à aldeia para expor, de maneira absolutamente pacífica, o Sistema de Transposição de Embarcações, localizado no sítio Pimental, no rio Xingu".
Segundo a empresa, o sistema "começa a ser construído nos próximos meses e sua operação está prevista para novembro". A Norte energia apontou que seus homens ficaram retidos "de maneira surpreendente" e deixou claro que "repudia esse sequestro porque todos os acordos serão cumpridos, conforme o que ficou combinado na última reunião do dia 10 de julho".
Em relação aos apontamentos do MPF, a companhia alegou que "a população indígena da região de influência da hidrelétrica está sendo atendida por meio de ações pontuais e pelo Projeto Básico Ambiental (PBA) do componente indígena".
Ao final, a Norte Energia agradeceu "o apoio do governo federal e a confiança nela depositada por suas empresas contratadas, PCE Engenharia e Leme Engenharia, que acreditaram no êxito das negociações" por ela presidida para a libertação da equipe.
Notícia atualizada às 11h51 e às 12h41 para acréscimo de informações

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