Cerca de cinco pessoas teriam iniciado movimento nos canteiros Canais e Diques, e sítio Belo Monte
Por Natália Bezutti
Um grupo com cerca de cinco trabalhadores da usina hidrelétrica de Belo Monte iniciou, na noite deste domingo (03/03), tumulto no canteiro de obras Canais e Diques - ateando fogo nos colchões -, e no sítio Belo Monte - depredando as instalações do alojamento. Mesmo assim, segundo a assessoria do Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), a mobilização não interferiu nos trabalhos, que seguem a 100%.
Não se sabe ainda quais foram os reais motivos que deram início ao tumulto, já que a empresa não está em período de negociação com os trabalhadores, e que a data base é no mês de novembro. Segundo o consórcio, também não há nenhuma reivindicação pendente.
De acordo com sua assessoria, o CCBM lamenta o ocorrido, principalmente por entender que o incidente colocou em risco os cerca de 17 mil operários que atuam no empreendimento. Agora, a empresa aguarda a apuração da Polícia Civil na região para descobrir a motivação, e verificar de que forma poderá agir.
Paralisação das obrasNesta terça-feira (04/03), os representantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas deverá reunir-se com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e solicitar a paralisação das obras da megausina. os parlamentares querem a interrupção dos trabalhos até que a Norte Energia cumpra condicionantes acordadas. A CPI acredita que o aumento da criminalidade em Altamira, cidade paraense próxima da usina, bem como a precarização da infraestrutura local deve-se ao não-cumprimento destas condicionantes.
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