Foi posto em marcha um plano para o completo desmembramento do grupo X, de Eike Batista. No fim do processo, que prevê vendas de empresas inteiras, de projetos, diluições de participações e renegociações de dívidas, o mais provável é que não reste nenhuma das empresas hoje sob o guarda-chuva da EBX.
Eike poderia ficar com uma ou outra participação minoritária em seus maiores empreendimentos e uma ou outra empresa de menor expressão do grupo. Segundo o 'Valor' apurou, se tudo sair conforme os planos do empresário e de seu assessor financeiro, o banco BTG Pactual, Eike terminará o processo sem dívidas e com patrimônio entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões. Cifra invejável, mas uma sombra do que já foi o império "X".
A primeira "baixa" no grupo foi selada ontem (3), com o acordo para capitalização da empresa de energia MPX. Ficou acertado um aumento de capital de R$ 800 milhões, que dará o controle da empresa, na prática, ao grupo alemão E.ON. Este vai subscrever R$ 366 milhões do aumento de capital, aumentando sua participação. Assumirá a gestão e mudará o nome da empresa, que deixa de ser parte do "grupo X". Eike deixará o conselho e se tornará um minoritário, com 19% - fatia que pretende vender em breve para fazer caixa e quitar dívidas na holding.
A MPX é um dos melhores ativos do grupo, assim como a MMX. No caso da mineradora, o destino também será a busca de comprador. Não para as minas, mas para a estrutura logística, composta pelo porto Sudeste e pelo contrato com a ferrovia MRS, que tem atraído o interesse de grupos como Gerdau, Usiminas, Arcelor Mittal, CSN e Glencore, todas com mineração na região de Serra Azul (MG) e sem canal de escoamento da produção.
A ideia é que as dívidas bancárias sejam todas pagas sem negociação de desconto, o que dá alívio aos maiores credores financeiros, como Itaú, Bradesco, Caixa e BTG. Mas o mesmo não se pode dizer dos detentores de bônus externos da OGX. Um dos maiores problemas do grupo, ao lado do estaleiro OSX, a OGX tem hoje em mãos campos de petróleo com valor estimado em US$ 2 bilhões. Mas sua dívida, toda em bônus, é de quase US$ 4,5 bilhões. A questão é que os papéis de dívida estão com enorme deságio no mercado, valendo cerca de 20% disso. Com os poços como lastro, a ideia é propor aos credores uma recompra dos papéis ou uma conversão deles em ações - ou ainda um combinado dos dois. Eike seria diluído de forma brutal, saindo do atuais 59% do capital para algo em torno de 4%.
Foi posto em marcha um plano para o completo desmembramento do Grupo X, de Eike Batista. No fim do processo, que prevê vendas de empresas inteiras, de projetos, diluições de participações e renegociações de dívidas, o mais provável é que não reste nenhuma das empresas hoje sob o guarda-chuva da EBX.
Eike poderia ficar com uma ou outra participação minoritária em seus maiores empreendimentos e uma ou outra empresa de menor expressão do grupo. Segundo o 'Valor' apurou, se tudo sair conforme os planos do empresário e de seu assessor financeiro, o banco BTG Pactual, Eike terminará o processo sem dívidas e com patrimônio entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões. Cifra invejável, mas uma sombra do que já foi o império "X".
A primeira "baixa" no grupo foi selada ontem (3), com o acordo para capitalização da empresa de energia MPX. Ficou acertado um aumento de capital de R$ 800 milhões, que dará o controle da empresa, na prática, ao grupo alemão E.ON. Este vai subscrever R$ 366 milhões do aumento de capital, aumentando sua participação. Assumirá a gestão e mudará o nome da empresa, que deixa de ser parte do "grupo X". Eike deixará o conselho e se tornará um minoritário, com 19% - fatia que pretende vender em breve para fazer caixa e quitar dívidas na holding.
A MPX é um dos melhores ativos do grupo, assim como a MMX. No caso da mineradora, o destino também será a busca de comprador. Não para as minas, mas para a estrutura logística, composta pelo porto Sudeste e pelo contrato com a ferrovia MRS, que tem atraído o interesse de grupos como Gerdau, Usiminas, Arcelor Mittal, CSN e Glencore, todas com mineração na região de Serra Azul (MG) e sem canal de escoamento da produção.
A ideia é que as dívidas bancárias sejam todas pagas sem negociação de desconto, o que dá alívio aos maiores credores financeiros, como Itaú, Bradesco, Caixa e BTG. Mas o mesmo não se pode dizer dos detentores de bônus externos da OGX. Um dos maiores problemas do grupo, ao lado do estaleiro OSX, a OGX tem hoje em mãos campos de petróleo com valor estimado em US$ 2 bilhões. Mas sua dívida, toda em bônus, é de quase US$ 4,5 bilhões. A questão é que os papéis de dívida estão com enorme deságio no mercado, valendo cerca de 20% disso. Com os poços como lastro, a ideia é propor aos credores uma recompra dos papéis ou uma conversão deles em ações - ou ainda um combinado dos dois. Eike seria diluído de forma brutal, saindo do atuais 59% do capital para algo em torno de 4%
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