Aécio afirmou que a presidente "chega à metade do trabalho longe de cumprir suas promessas"
O primeiro
O segundo, a paralisia do país. O senador disse que o problema de infraestrutura enfrentado pelo Brasil, em rodovias, portos e aeroportos, continua intocado, fazendo com o que o país não consiga ser competitivo no mercado internacional. Poucas obras teriam sido efetivamente realizadas e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) funcionaria apenas como propaganda de governo.
Como terceiro ponto, Aécio apontou o sucateamento da indústria nacional, que tradicionalmente pagava os melhores salários e fomentava a inovação e hoje não tem mais gerado empregos, de acordo com dados do IBGE. O país atualmente, lamentou, teria voltado no tempo e se tornado mero exportador de commodities.
O quarto fracasso do governo PT na lista de Aécio foi o aumento da inflação e a desaceleração do crescimento. Já como quinto ponto
A destruição do patrimônio nacional foi o sexto fracasso apontado por Aécio, com o desmonte de estatais e a derrocada da Petrobras, que teve perda significativa em seu valor de mercado e hoje vale menos que a empresa de petróleo da Colômbia.
Já o mito da autossuficiência e a implosão do etanol apareceram como o sétimo ponto da lista de críticas do senador tucano ao PT. Aécio lembrou que em 2006 o governo federal assegurou que o país era autossuficiente na produção de petróleo e biocombustíveis. Hoje, seis anos depois, é preciso importar não apenas derivados de petróleo, mas também etanol, comprado dos Estados Unidos.
Como oitavo tópico apareceu o eminente risco de apagão elétrico no país e a falta de planejamento nas gestões do governo. Aécio afirmou que o governo se salvou do racionamento de energia diante do péssimo desempenho da indústria nacional, mas o risco ainda persiste. E só não é maior graças ao parque termoelétrico herdado da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Em nono na lista, estava o desmantelamento da federação. Na avaliação do senador, o governo vem adotando prática perversa de fragilizar estados e municípios para lhes retirar autonomia e fazê-los dependentes da União. Além disso, tem assistido de forma omissa a discussão de novas partilhas de recursos para a federação, seja na distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou dos royalties do petróleo.
A insegurança pública e o flagelo das drogas foram apontados por Aécio como o décimo item da lista. O senador informou que 87% dos recursos investidos em Segurança Pública no Brasil vêm dos cofres municipais e estaduais. A União contribui com apenas 13%. E essa participação tem sido cada vez menor – em 2012, somente 24% dos R$ 3 bilhões previstos no orçamento federal para Segurança Pública foram efetivamente aplicados.
Como 11º ponto, Aécio indicou o descaso na saúde e baixa qualidade da educação. O senador lamentou que, enquanto municípios precisam investir 15% de suas receitas em saúde, os estados 12%, o governo federal não aceitou contribuir com 10% de suas receitas, rejeitando projeto com tal proposta. Na educação, o senador citou uma promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010: a construção de 6 mil novas creches. Ao final do segundo ano de governo, a presidente só teria conseguido inaugurar sete.
O 12º fracasso exemplificado pelo senador foi o estímulo à intolerância – setores do PT incentivariam a intolerância como instrumento de ação política, tratando adversários como inimigos a serem batidos. Também tentariam cercear a atuação da imprensa. O último ponto da lista de Aécio foi a defesa dos maus feitos – casos de corrupção identificados no governo que estariam paralisando setores inteiros.
Mudança de postura
Em tom irônico, Aécio Neves ainda questionou qual o PT que hoje celebrava aniversário, citando posições antagônicas que teriam sido adotadas pelo partido antes e depois de assumir o poder pela primeira vez, em 2003: ter a ética como bandeira e defender réus do mensalão; criticar as privatizações feitas à época do governo PSDB e adotá-las em seu próprio governo; lutar pela liberdade mas defender ditaduras em outros países e o controle da imprensa.
O senador de Minas Gerais também acusou o Partido dos Trabalhadores de, em sua história política, ter sempre optado por seu próprio projeto em detrimento ao crescimento do país.
"Todas as vezes em que o PT teve de optar entre o Brasil e o PT, o PT ficou com PT. Foi assim quando negou a Tancredo seu apoio no colégio eleitoral para garantir o nosso reencontro com a democracia, foi assim quando renegou a constituição cidadã de Ulysses, quando se eximiu de qualquer contribuição à governabilidade do governo Itamar e quando se opôs ao Plano Real e à Lei de Responsabilidade Fiscal. Em todas essas vezes, o PT optou pelo projeto do PT", criticou.
Outra reclamação do senador foi quanto à falta de reconhecimento do PT com o legado do PSDB, nos oito anos que governo o país antes da eleição do ex-presidente Lula. Entre elas, listou, estão o Plano Real, a estabilidade da moeda, a Lei de Responsabilidade Fiscal.
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