Total de visualizações de página

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Pornografia gratuita na internet leva canais de conteúdo adulto à crise inédita

RIO - A oferta de pornografia gratuita na internet está levando os canais de conteúdo adulto pago a uma crise sem precedentes, mostram dados publicados em reportagem do "Wall Street Journal".
Antes uma das divisões mais rentáveis dos companhias de TV a cabo, o negócio de filmes de sexo pay-per-view ou on-demand amargam queda em suas receitas: do recorde de US$ 1 bilhão em 2008 para US$ 899 milhões em 2010, segundo estimativas da SNL Kagan. A previsão para este ano é que as receitas vão permanecer nesse patamar - o que, em economia, é um desastre.
Nesse mesmo período, os sites pornô fidelizam cada vez mais seus usuários. A média de tempo gasto pelo internauta em cada visita cresceu 26% de 2008 pra cá, para 8m35s, de acordo com a Experian Hitwise. O "Journal" cita, por exemplo, que a audiência de dez dos onze principais sites do gênero quadruplicou nesse tempo.
A divisão de canais a cabo da Time Warner conta que suas perdas com conteúdo de sexo beiram os US$ 5 milhões. Já as receitas dos canais da Playboy nos Estados Unidos despencaram de US$ 75,8 milhões, em 2007, para US$ 44,4 milhões no ano passado.
Os motivos dessa crise podem estar na banda larga e na própria situação econômica global.
Há uma década, sites pornô já eram uma febre, mas não tiravam a clientela dos canais pagos porque a velocidade da conexão não lhes permitia oferecer o que a indústria estabelecida oferecia: filmes. Nessa época, quem sofreu com a concorrência digital foram as revistas pornô. Mas hoje, com conexão banda larga universalizada em países como os Estados Unidos, os sites mais visitados são, disparados, os que oferecem vídeos.
Além disso, 2008 foi o último ano em que a indústria pornô registrou crescimento. E foi, principalmente, o ano do colapso financeiro global. Desde então, o desemprego anda em alta nas principais economias do mundo, e pagar caro para assistir a cenas de sexo que estão disponíveis gratuitamente a um clique não parece razoável para os fãs de pornografia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário