Nível de endividamento das famílias no NE atinge 65,8%
05.02.2014
Rio/Fortaleza. A maior facilidade de acesso ao crédito pode ter sido um dos fatores que influenciaram o crescimento do endividamento entre as famílias do Nordeste em 2013. Conforme mostrou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) por regiões, divulgada ontem pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias endividadas no Nordeste subiu de 58,9% para 65,8% no ano passado, ficando acima da média nacional para o período (62,5%).
O endividamento das famílias também cresceu no Norte (de 57,8%, em 2012, para 68,2%, no ano passado), no Centro-Oeste (de 59,8% para 67,8%) e no Sudeste (de 53,9% para 56,3%). No Sul do País, o percentual de famílias endividadas recuou de 78,6%, em 2012, para 76% no ano passado. Mesmo assim, a região continuou sendo a que possui o maior percentual de famílias com dívidas, segundo a pesquisa.
Contas em atraso
Com relação ao percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso, houve estabilidade no Nordeste, que encerrou 2013 com 23,4%, mesmo percentual anotado em 2012.
Entretanto, de acordo com a pesquisa da CNC, o percentual de famílias que afirmaram não ter condições de pagar as dívidas em atraso recuou na Região, caindo de 8,7%, em 2012, para 7,4%, no ano passado.
A inadimplência cresceu mais entre as famílias do Norte. O percentual chegou a 25,9% em 2013, de 20% em 2012. No Sudeste, a CNC detectou melhores pagadores: 56,3% de famílias endividadas e 18,8% de inadimplentes - os menores patamares entre as regiões. Também foi no Sudeste que as famílias mostraram ter uma parcela menor da renda comprometida com contas a pagar.
Tipo de dívida
De acordo com a pesquisa, considerando apenas o mês de dezembro de 2013, as dívidas das famílias nordestinas eram principalmente com o cartão de crédito: 81,7%, maior percentual do País e bem acima da média nacional (76,4%). Já o comprometimento médio das famílias da Região endividadas foi de 33,3% da renda mensal em dezembro. No entanto, a pesquisa mostrou que a maioria (43%) tinha entre 11% e 50% da renda comprometida.
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