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sábado, 2 de julho de 2011

CURSO DE NR 10 - BÁSICO MÓDULOS 10 - DOCUMENTAÇÃO DE INST. ELÉTRICAS E MÓDULO 11- RISCOS ADICIONAIS - PARTE 1


10 – DOCUMENTAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Medidas de controle
Em todas as intervenções nas instalações elétricas, subestações, salas de comando  das usinas, centro de operações entre outras instalações, devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança, saúde no trabalho, bem como a operacionalidade, prevendo eventos não intencionais, focando na gestão e controles operacionais do sistema elétrico de potência (SEP).
As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, tais como políticas corporativas e normas no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho.
Pelo novo texto da Norma Regulamentadora NR - 10, as empresas estão obrigadas a manter prontuário com documentos necessários para a prevenção dos riscos, durante a construção, operação e manutenção do sistema elétrico, tais como:
Esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos; especificações do sistema de aterramento dos equipamentos e dispositivos de proteção, entre outros que iremos listar a seguir:
o   Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;
o   Especificação dos equipamentos de proteção coletiva, proteção individual e do ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR;
o   Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores, os treinamentos realizados e descrição de    cargos/funções dos empregados que são autorizados para trabalhos nestas instalações;
o   Resultados dos testes de isolação elétrica realizada em equipamentos de proteção individual e coletiva que ficam a disposição nas instalações;
o   Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;

As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4 NR 10 e acrescentar ao prontuário os documentos a seguir listados:
o   Descrição dos procedimentos para emergências ;
o   Certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual.

O prontuário das instalações elétricas, devem ser organizados e mantidos pelo empregador ou por pessoa formalmente designada pela empresa a permanecer á disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade.
Os documentos previstos na prontuário de instalação elétrica, devem ser elaborados por profissionais legalmente habilitado.
No interior das subestações e painéis elétricos , deverá estar disponível, em local acessível, um esquema geral da instalação.
Toda a documentação deve ser em língua portuguesa, sendo permitido o uso de língua estrangeira adicional. 

11 – Riscos adicionais
São considerados como riscos adicionais aqueles que, além dos elétricos, são específicos de cada ambiente ou processo de trabalho que, direta ou indiretamente, possa afetar a segurança e a saúde dos que trabalham com eletricidade.
o   De altura;
o   De ambientes confinados;
o   De áreas classificadas;
o   De umidade;
o   Condições atmosférica
Altura
Trabalho em altura é qualquer atividade onde o trabalhador atue acima do nível do solo e/ou desníveis de pisos.
Para trabalhos com desníveis acima de 2 metros é obrigatório o uso de EPI’s básicos.

Para a realização de atividades em altura os trabalhadores devem:
o   Possuir os exames específicos da função ASO - Atestado de Saúde Ocupacional;
o   Estar em perfeitas condições físicas e psicológicas;
o   Estar treinado e orientado sobre todos os riscos envolvidos;
o   É obrigatório o uso do cinto de segurança e do capacete com jugular;
o   Todos os EPI´s devem ser examinados pelo trabalhador, antes do seu uso, no que concerne a defeitos nas costuras, rebites, argolas, mosquetões, molas e travas, bem como quanto á integridade da carneira e da jugular;
o   Ferramentas, peças e equipamentos devem ser levados para o alto, apenas em bolsas especiais, evitando o seu arremesso;

Quando for imprescindível o uso de andaimes tubularares em locais próximos é rede elétrica, eles deverão:
o   Respeitar as distâncias de segurança, principalmente durante as operações de montagem e desmontagem;
o   Estar aterrados;
o   Ter tábuas da(s) plataforma(s) com, no mínimo, uma polegada de espessura, travadas e que nunca ultrapassem o andaimes;
o   Ter base com sapatas;
o   Ter guarda-corpo de noventa centímetro, de altura em todo o perímetro com vãos máximos de trinta centímetros;
o   Ter cinturões de segurança do tipo pára-quedista, para alturas iguais ou superiores a 2 metros;
o   Ter estais a partir de 3 metros e a cada 5 metros de altura;
o   Isolamento da área ao redor do andaime;
o   Não é permitido o uso de arames prendendo andaimes;
o   Deve ficar perfeitamente na vertical, sendo necessário para terrenos irregulares a utilização de placa de base ajustável (macaco);
o   Devem ser tomadas precauções especiais quando da montagem, desmontagem e movimentação de andaime próximo a circuitos e equipamento elétricos.

Manuseio de escada simples e de extensão:
o   Inspecione visualmente antes de usá-las, a fim de verificar se apresentam rachaduras, degraus com jogo ou soltos, corda desajustada, montantes descolados, etc.;
o   Se houver qualquer irregularidade, devem ser entregues ao superior, imediato para reparo ou substituição;
o   Devem ser manuseadas sempre com luvas;
o   Limpe sempre a sola do calçado, antes de subi-la;
o   No transportar em veículos, coloque-as com cuidado nas gavetas ou nos ganchos-suportes, devidamente amarradas;
o   Ao subir ou descer, conserve-se de frente para ela, segurando firmemente os montantes;
o   Trabalhe somente depois dela estar firmemente amarrada, utilizando cinto de segurança e com os pés apoiados sobre os seus degraus;
o   Devem ser conservadas com verniz ou em óleo de linhaça;
o   Cuidado ao atravessar as vias públicas, observando que ela deverá ser conduzida paralelamente ao meio fio;
o   Ao instalar a escada, observe que a distância entre o suporte e o pé da escada seja de aproximadamente ¼ de seu comprimento;
o   Antes de subir ou descer, exija um companheiro ao pé da escada, para segurá-la. Somente o dispense depois de amarrar a escada;
o   Instalar a escada, usando o pé direito, se destro, para o apoio e a mão fechando por cima do degrau, verificando travamento da extensão;
o   Não podendo amarra a escada (fachada de prédio), mantenha o companheiro no pé dela, segurando-a;
o   As escadas devem ser guardadas em abrigos, fora da exposição de sol ou umidade, repousada em ganchos na parede;
o   Não apoiar escadas em vidros, portas ou locais escorregadios;
o   Toda a escada deve ter uma base sólida,com extremos inferiores (pés) nivelados;
o   Não subir/descer transportando cargas volumosas;
o   Isolamento da área ao redor da escada;
o   Os pés do usuário devem estar sobre os degraus da escada;
o   As escadas devem ser amarradas no seu topo, de modo a evitar escorregamento ou quedas frontais ou laterais. Quando não for possível, outro empregado pode segurá-la.
Escadas de Mão
o   Nunca apóie sobre caixas e tapumes;
o   Não as coloquem sobre fios e cabos elétrico, ou diante de uma porta sem sinalizá-la;
o   Deve subir de frente para a escada, nunca de costas;
o   Segure nos degraus, e não largue suas mãos deles;
o   Utilize bolsas e sacolas para transportar ferramentas e pequenas peças, mantendo assim sua mãos livres;
o   Não tente alcançar objetos distante da escada;
o   Se necessário mover-se lateralmente, feche a escada e mude de lugar;
o   Não utilize escada tipo “tesoura”, como escada de apoio;
o   Ante de utilizar a escada tipo “tesoura”, é obrigatório a analise previa;
o   Utilize a escada somente que tenha pés anti - deslizantes e tirantes;
o   Deve ser guardadas em locais, cobertos, em posição horizontal e sem peso em cima para não deformá-la;
o   armazená-la em ambientes secos, protegidos de chuva e umidade.

Evolução da segurança
o   Com o advento do novo texto da NR - 10, a preocupação constante em relação à segurança dos trabalhadores, exigiu a aplicação de um novo sistema de segurança para trabalhos em estruturas elevadas que possibilitam outros métodos de escalada, movimentação e resgate, para todos os setores do SEP.

Outros meios para trabalho em altura
o   As torres deverão ser inspecionadas antes da escalada;
o   Para trabalhos em transmissão é obrigatório, além dos EPI’s básicos a utilização da linha de vida (período de transição para Distribuição);
o   Obrigatório o uso do cinto de segurança com dois pontos de ancoragem, e somente liberar um após certificar que o outro esteja devidamente “preso”;
o   A filosofia de trabalho adotada é de que em nenhum momento, nas movimentações durante a execução das tarefas, o trabalhador não poderá ficar desamarrado da estrutura;
o   Estudos comprovam que a suspensão inerte, mesmo em períodos curtos de tempo, podem desencadear transtornos fisiológicos graves, em função da compressão dos vasos sangüíneos e problemas de circulação. Estes transtornos podem levar a morte se o resgate não for realizado em rapidamente.

Equipamentos utilizados
o   Cinturão de segurança tipo pára-quedista;
o   Linha de vida Dispositivo trava-quedas;
o   Talabartes ajustáveis.
Resgate
Podemos considerar um bom sistema de resgate aquele que necessita de um menor número de equipamentos para sua aplicação, tornando com isso um ato simplificado, rápido, sem colocar a vida da pessoa em perigo.
Ambientes confinados
o   SÃO ESPAÇOS QUE POSSUEM ABERTURAS DE ENTRADA E SAÍDA LIMITADAS;
o   NÃO POSSUEM VENTILAÇÃO NATURAL;
o   PODEM TER POUCO OU NENHUM OXIGÊNIO;
o   PODEM CONTER PRODUTOS TÓXICOS OU      INFLAMÁVEIS;
o   PODEM CONTER OUTROS RISCOS, E
o   NÃO SÃO FEITOS PARA OCUPAÇÃO CONTÍNUA POR TRABALHADORES.

É qualquer aérea não projetada para ocupação continua, a qual tem meios limitados de entrada e saída e a ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam existir ou se desenvolver.
Podemos citar como exemplos de ambientes confinados:
o   Dutos de ventilação, tanques em geral,
o   tonéis, containeres, cisternas, minas,
o   valas, Vasos, colunas, silos, poços de inspeção,
o   caixas subterrâneas, etc.

Onde são encontrados espaços confinados.
o   Serviços de gás;
o   Serviços de água e esgoto;
o   Serviços de eletricidade;
o   Serviços de telefonia;
o   Construção civil;
o   Beneficiamento de minérios;
o   Siderúrgicas e metalúrgicas;
o   Agricultura;
o   Agro - indústria.

Tipos de trabalhos em espaços confinados.
o   Obras da construção civil;
o   Reparos;
o   Limpeza ou inspeção de equipamentos;
o   Reservatórios;
o   Operações de salvamento e resgate.

Riscos quando se trabalha em espaço confinado.
o   Falta ou excesso de oxigênio;
o   Incêndio ou explosão, pela presença de vapores e gases inflamáveis;
o   Intoxicação por substâncias químicas;
o   Infecção por agentes biológicos;
o   Afogamento;
o   Soterramento;
o   Quedas;
o   Choques elétricos;

Todos estes riscos podem levar a mortes ou doenças.
Estes ambientes podem possuir uma ou mais das seguintes características:
o   Potencial de risco na atmosfera;
o   Deficiência de O2 (menos de 19,5%) ou  excesso (mais de 23%);
o   Configuração interna tal que possa provocar asfixia, claustrofobia, explosão, doenças do trabalho ou que dificultem a saída rápida de pessoas;
o   Agentes contaminantes tóxicos ou inflamáveis;
o   Treinamento e orientação para os trabalhadores quanto aos riscos a que estão submetidos, a forma de preveni-los e o procedimento a ser adotado em situações de riscos;
o   Nos serviços em que se utilizem produtos químicos, os trabalhadores não poderão realizar, suas atividades, sem um programa de proteção respiratória;
o   Proibição do uso de oxigênio para ventilação de local confinado;
o   Manter procedimento de acesso;
o   Identificar e avaliar os riscos;
o   Documentar os todos procedimentos de acesso em locais confinados, com os respectivos  nomes e assinaturas;
o   Manter um plano de emergência;
o   Efetuar teste de resposta do equipamento de detecção de gases;
o   Ventilação local, exaustora eficaz que faça a extração dos contaminantes, a ventilação geral que execute a insuflação de ar para o interior do ambiente, garantido, de forma permanente a renovação do ar;
o   Realizar a avaliação da atmosfera para detectar gases ou vapores inflamáveis, tóxicos e concentração de oxigênio;Informação com clareza e permanente durante a realização de trabalhos no interior de espaço confinado;
o   Uso de cordas ou cabos de segurança e pontos fixos para amarração que possibilitem meios seguras de resgates;
o   Acondicionamento adequado de substâncias tóxicas ou inflamáveis, utilizadas na aplicação de laminados, pisos, papéis de parede ou similares;
o   a cada grupo de 20 trabalhadores, terá, no mínimo 2 treinados para resgate;
o   Manter ao alcance dos trabalhadores , ar mandado e/ou equipamento autônomo para resgate;
o   No caso de manutenções de tanque, providenciar desgaseificação, prévia, antes da execução do trabalho.

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