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domingo, 28 de dezembro de 2014

PALESTRA SOBRE RELAÇÃO INTERPESSOAL



TRABALHO EM EQUIPE
Aspectos comportamentais.
Vamos explora os aspectos comportamentais do trabalhador das pessoas em sua atividades, sociais, profissionais e familiares.
CONCEITO DO COMPORTAMENTO = ATITUDE = POSTURA.
Individuo – As diferenças individuais constituem as formas pelas quais os indivíduos se distinguem ao agir. Essas diferenças podem ser percebidas através das seguintes abordagens: fatores físicos; emoções; atitudes; valores; personalidades; percepções; comportamento; pontos de vista; níveis educacionais; habilidades sociais; etc.
As semelhanças podem ocorrer entre as pessoas no tocante a opiniões, atitudes e temperamentos, mas não se encontra igualdade. Cada sujeito é singular na sua totalidade e apresentará num comportamento diferente.
Quando pensamos em comportamento, estamos falando de seres humanos, de motivação, de valores e crenças. Palavras que poderiam ser:
Caráter; personalidade; paciência; dignidade; saber escutar; compreensão; humildade; respeito; somatório = modo de ser.
Todos nós temos um modelo de comportamento adequado para algumas situações e inadequadas para outras. Atitude é relacionado a comportamento, na segurança é a mesma coisa, lá fora, em outras realidades, pode ser diferente. É o modo de agir
Sabemos que somos uma única pessoa, tanto em casa como no trabalho. Existe a tendência de falarmos: “temos que separa o pessoal do profissional”. A pessoa é somente ela, a separação da pessoa e do profissional não existe. Para sermos bom profissional, temos que ser uma boa pessoa, não tem separação, não existe o capaz tecnicamente e o colega solidário. 
O caráter de uma pessoa se forma desde a sua infância e vem evoluindo progressivamente com informações vindas de um livro e assistidas de um filme, uma série de informações. O que você questiona sobre algo, gera uma inquietude e gera novas visões, novos pensamentos.
Conseqüentemente, toda essa atividade proativa gera novos conhecimentos, transformando em sabedoria.
O conceito de aprender é amplo como outros estudados aqui. Utilizando muito o termo “aprender a aprender”, ou seja, procurando desenvolver uma capacidade maior em receber novas informações e conseguir “digeri-las adequadamente.
A observação é um dos pontos para o aprendizado, alguém faz e você copia, você vê o que está acontecendo. Outra maneira de ocorrer a aprendizagem está no estudo, na pesquisa e na discussão com outros profissionais da área.
Gostar do que faz, trabalhar com prazer, refletir sobre seu trabalho, trabalhar em equipe, escutar as pessoas, etc., contribuem para uma boa retenção do aprendizado.
As bases do aprendizado.
Como trabalhador, todos devem estar atento aos riscos e aos perigos de sua atividade, valorizar os controles dos riscos e as opiniões de seus companheiros de trabalho. Ao elabora uma tarefa, é importante que se tenha uma atenção especial na elaboração da análise prevencionista de risco e na metodologia aplicada, entre outros.
O planejamento é fundamental para a tarefa, tem-se que dominar todo o procedimento, senão poderão ocorrer incidentes, mas não basta somente planejar, é importante que se tenha uma visão, uma expectativa do processo e do resultado que se quer chegar.
Mudando a sua atitude.
Todos nós somos seres sociais logo, também na sua área, e para uma convivência com todos do seu trabalho, algumas dicas são sugeridas:
}  Comece a mudar, seja otimista, desenvolva o hábito positivo, apóie os colegas, veja as coisas boas;
}  Abandone o hábito do negativismo. Pense com empatia, raciocine com empatia, viva com empatia;
}  Não critique, proponha soluções;
}  Dizer bom dia, obrigado e volte sempre, não custa nada, não seja um mau humorado, descubra primeiro os seus erros, invista em seus talentos naturais;
}  Olhe para as pessoas como “parceiros”, respeitando as individualidades. Respeite os outros;
}  Tenha um bom relacionamento com seus colegas de trabalho. A amizade não tem preço, o relacionamento com outras pessoas também. As palavras mais adequadas para relacionamento são: simpatia, respeito, empatia, amizade, humildade, solidariedade, profissão, amor e sinceridade.
}  Saiba trabalhar em grupo.
Percepção
A percepção pode sofrer distorções provocadas por fatores que podem alterar a realidade dos fatos. Dentre eles podemos destacar:
}  Fatores físicos – deficiência nos órgãos receptores dos estímulos. Quem sofre de deficiência auditiva, por exemplo, pode interpretar mal as mensagens que ouve;
}  Emoção – reduz ou impede o raciocínio. Por exemplo, uma pessoa com raiva pode agredir alguém que nada teve a ver com a causa da raiva;  
}  Preconceitos – são crenças culturalmente aprendidas que deformam e limitem a percepção;
}  Cultura – tende-se a perceber e emitir juízo de valor de acordo com as crenças do ambiente social no qual se adquiriu a cultura;
}  Valores – percebe-se melhor o que se considera importante;
}  Atenção – percebe-se mais o que está no foco da atenção;
}  Interesse – o indivíduo focaliza o que é de seu interesse. Por exemplo, quando alguém compra um carro, essa pessoa tende a ver muitos outros carros iguais ao seu, que antes não percebia;
}  Defesa psíquica – tende-se a não perceber o que for considerado desagradável.
Entende-se como percepção, como sendo a interpretação que o indivíduo faz dos estímulos recebidos do meio ambiente, através dos sentidos de tato, audição, visão, paladar e olfato. Os estímulos também podem se internos, tais como a sensação de fome, sede, frio, as emoções, etc. A maneira de perceber o mundo e as situações variam de pessoa para pessoa. As pessoas agem no mundo de acordo com as suas percepções. 
Um outro tipo de percepção que se pode caracterizar e, principalmente, relacionar ao seu trabalho é a percepção do risco, ou seja, esse tipo de percepção tem com base a experiência de cada um em relação ao trabalho a ser desenvolvido e ao conhecimento do conceito de risco e de perigo aliado á prática preventiva de evitar acidentes. Assim, quando a organização fornece os meios adequados, como por exemplo, a capacitação do empregado e o estímulo ao trabalho de equipe, ela está adotando uma característica preventiva na busca do índice zero em acidentes.
Em outras palavras, a atualização dos conhecimentos fortalece a necessidade do ser humano de cuidar de si e dos outros com responsabilidade e o trabalho em equipe representa um estímulo á segurança da decisão que precisa ser tomada, assim como uma oportunidade de equipe de discutir suas práticas diárias, ampliando a percepção do empregado quanto  aos assuntos ligados á segurança.
Reações emocionais - As emoções podem ser percebidas das formas seguintes:
}  Experiências emocionais – quando o indivíduo sente a emoção;
}  Comportamento emocional – quando é levado pelo sentimento, a fazer algo. Por exemplo, uma pessoa com sentimento de raiva pode trazer á tona um sentimento de grande tristeza que provoca o choro “para  desabafar”.
}  Alterações fisiológicas – são provocadas diretamente pela própria emoção: ficar ”corado” de vergonha, ficar “branco” de susto, ter batidas do coração aceleradas por causa do medo.

Considera-se descontrole emocional o fato de uma pessoa ser dominada pela emoção e não conseguir raciocinar. Popularmente diz-se que a pessoa “perdeu a cabeça” ou “ perdeu o juízo”. O descontrole emocional pode levar a pessoa a uma reação emocional explosiva como, por exemplo, um acesso de ira contra um equipamento ou contra outra pessoa. Outras reações emocionais menos intensas, como choro, tristeza, culpa, etc., podem alterar a atenção e a concentração necessárias ao bom desempenho do trabalho e provocar acidentes.
Veja algumas situações que podem fazer surgir ou agravar os estados de tensão emocional no trabalhador.
}  Fadiga – é a sensação de fraqueza, falta de energia e exaustão. A fadiga dificulta a realização de suas atividades diárias. Sensação de incapacidade, falta de motivação, lapsos de memória, dificuldade de concentração e diminuição da libido (desejo sexual), também podem ser sintomas de fadiga. Alguns dos motivos que contribuem para a fadiga são: Carga horária de trabalho excessiva; sedentarismo; excesso de trabalho; sono irregular; etc.
}  Estresse físico e psíquico – estresse pode ser entendido como “conjunto” de reações que o organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige esforço para adaptação. O trabalho e o tédio (monotonia) podem ser fontes de estresse. Daí a importância do trabalhador cuidar sempre da saúde física e mental, desenvolver hábitos saudáveis, cuidar da alimentação, da harmonia no lar, etc.
Por outro lado, a organização deve promover atividades de lazer no ambiente de trabalho, pausas nas atividades, exames periódicos, programas de controle de estresse e outros, visando o bem estar físico e psicológico do trabalhador.
}  Equilíbrio versus desequilíbrio – a noção de equilíbrio e de desequilíbrio nos faz relembrar quando aprendemos a andar de bicicleta. Existe um ponto em que é possível olhar para frente, movimentar a roda, vira o guidão para esquerda e direita e fazer a curva sem cair. No trabalho não é diferente, o equilíbrio físico e o mental é necessário não só como um atributo pessoal, mas também como uma característica preventiva de acidentes, desde o planejamento até a execução.
}  Limites do corpo – como força de trabalho, o corpo humano executa atividades que exigem força bruta, condicionamentos físicos e mental, velocidade, precisão, habilidades motoras, etc., e quando o trabalho é bastante repetitivo e não permite maiores flexibilidades, pode acontecer uma sobrecarga. Toda empresa precisa sistematizar as rotinas e adotar metodologia apropriada para que o trabalhador produza e, ao mesmo tempo, tenha prazer e motivação no seu trabalho desenvolvendo formas sadias, respeitando os seus limites e os limites dos outros.
Comunicação.
A comunicação humana é um dos aspectos mais importantes na segurança e no desenvolvimento de qualquer metodologia de trabalho. Mensagens mal formuladas ou não compreendidas corretamente, podem ser fatores provocadores de acidentes.
A base de cada pessoa e de toda a sociedade humana, está na capacidade de os indivíduos transmitirem aos outros as suas ideias, percepções, intenções, desejos e sentimentos. 
O homem começou a se comunicar através de gestos e sons. O conjunto ordenado e sistemático de sons deu origem á palavra, que na sua forma sonora (oral), quer na sua forma concreta (escrita). Pode-se, então, caracterizar a comunicação da forma abaixo.
            Elementos da comunicação:
}  Emissor – pessoa que emite a mensagem, diz algo a alguém;
}  Receptor – aquele que recebe a mensagem;
}  Mensagem – o conteúdo da comunicação;
}  Canal – meio de comunicação, via de transmissão da mensagem;
}  Ruído – os problemas derivados de distorções não intencionais da mensagem.
Tipos de comunicação:
}  Verbal – a mensagem codificada pela palavra. Pode ser constituída pela palavra falada: diálogos, pedidos, etc.;
}  Escrita – são caracterizadas pela expressão gráfica: cartas, telegramas, livros, jornais, internet, etc.;
}  Não – verbal – a mensagem transmitida através de gestos, mímicas, expressões corporal e facial, olhar, atitudes, símbolos, etc. A comunicação não verbal transmite mensagem  continuamente, muitas vezes contradizendo as comunicações verbais.
As comunicações podem ser ainda:
}  Intrapessoal – é o diálogo interno, a comunicação que a pessoa faz com ela mesma;
}  Interpessoal – quando se transmite uma mensagem para alguém.
            Barreiras e distorções.
Uma comunicação nem sempre é realizada de forma clara, de maneira que um fale e o outro entenda corretamente a mensagem. Quando isso acontece dizemos que houve distorções ou barreiras na comunicação. Essas dificuldades podem ser tanto da pessoa que emite a mensagem como daquele que a recebe.
}  Barreiras mecânicas – são causadas pelos canais de comunicação;
}  Barreiras de linguagem – são caracterizadas pelas gírias, regionalismos, etc.;

Barreiras psicológicas  são devido as diferenças individuais. Citamos:
1. Seletividade – a pessoa só ouve ou lê aquilo que lhe interessa ou que coincida com a sua opinião;
2. Egocentrismo – o que nos impede de enxergar o ponto de vista do outro. É a atitude de quem se considera o sabedor de tudo “o dono da verdade” ;
3. Inibição – a inibição ou timidez de uma pessoa em relação á outra pode causar dificuldade na comunicação;
4. Competitividade – o excesso de sentimento de competição gera a incapacidade de ouvir o outro. Cada um corta a palavra do outro, fazendo questão de se fazer ouvir, tornando a comunicação “um diálogo de surdos”;
5. Estereótipo – acontece quando há uma distorção da imagem real de uma pessoa transferindo a ela uma imagem geral que é feita por um grupo. Esse “rótulo” é o que chamamos de estereótipo. A partir daí pode ser criado um sentimento de rejeição pela pessoa, ao qual damos o nome de preconceito. Os estereótipos, a partir das diferenças socioculturais, geram insegurança, ansiedade, desconfiança, arrogância e falta de receptividade, causando barreiras na comunicação. Todos somos iguais como seres humanos. Diferenças como pobreza e riqueza, muita ou pouca cultura, negro ou branco, subordinado ou chefe, nenhuma delas justificam sentimentos de inferioridade ou de superioridade. A falta de reconhecimento das necessidades do outro pode gera o descaso.
A partir daí, a indiferença em relação ao problema do outro e o desrespeito também causam, barreiras á comunicação, que imperam ressentimentos e, muitas vezes, hostilidade, o que pode provocar acidentes.
Recursos que facilitam, a comunicação.
Sentimos, constantemente, a necessidade  de nos relacionamos bem com as pessoas com as quais convivemos. Não podemos viver isolados dentro do sistema social no qual estamos inseridos.
Devem-se desenvolver certas características e habilidades no comportamento com as outras pessoas para que haja eficiência na nossa comunicação.
Uma boa comunicação requer:
}  Melhore a transmissão de pensamentos;
}  Aperfeiçoe a própria recepção.
Saber escutar - na comunicação existem mensagens não manifestadas para as quais precisamos ter a sensibilidade de compreender. Saber ouvir implica um processo intelectual a emocional na busca de significados contidos na mensagem.
NOSSA CAPACIDADE DE OUVIR, EM GERAL, É POUCO DESENVOLVIDA. Algumas podem ajudar:
}  Escute sem interromper;
}  Concentre-se em escutar a pessoa que fala. Evite distrair-se;
}  Demonstre desejo de conhecer como pensam os outros;
}  Certifique-se que compreendeu repetindo o que escutou;
}  Não antecipe o que vai dizer;
}  Esforce-se para compreender o ponto de vista do outro;
}  Abra o seu espírito para escutar o que o outro diz.
Relacionamento interpessoal.
As relações interpessoais permeiam a vida humana e se desenvolvem através da interação entre as pessoas. Este processo de interação envolve trocas, comunicações e contato entre as pessoas. Este processo denomina-se relação interpessoais.
A convivência entre as pessoas influencia o sucesso ou insucesso na formação de vínculos interpessoais na medida em quem se constitui fonte de alegria ou sofrimento. Com isso, podemos  inferir que as relações interpessoais podem determinar os níveis de auto-estima de cada um.
Os indivíduos tendem a apresentar 3 necessidades interpessoais: Inclusão, Controle, e Aferição.
}  Inclusão – consiste na necessidade do indivíduo de estabelecer a manter relacionamento satisfatório com outras pessoas, visando interagir a associar-se. Por meio destes relacionamentos a pessoa poderá vir a sentir que é significante e que tem valor pessoal. A fase de inclusão se encerra quando o indivíduo tem sua presença assegurada dentro do grupo e sabe que a sua ausência será percebida pelas demais pessoas.
}  Controle – consiste na necessidade do indivíduo de estabelecer e manter relacionamento satisfatórios com as pessoas em termos de controle e força. Esta necessidade inclui um sentimento de ser capaz de respeitar e ser respeitado;
}  Afeição – é compreendida como a necessidade de estabelecer e manter um sentimento mútuo de respeito.
Nota-se que estas necessidades visam a manter o equilíbrio das relações, na medida em que almejam não somente o comportamento da própria pessoa como também das demais com as quais interagem.
As pessoas sentem, percebem, pensam e se comportam de maneira diferente e isto influencia a interação entre elas. Desta forma, percebe-se que os seres humanos têm alguns aspectos semelhantes e outros bem distintos, tais como: motivação, necessidades, atitudes, etc. Denominamos este aspectos de diferenças individuais como vimos no início do módulo.
Trabalho em equipe.
A garantia da segurança depende muito da coesão das equipes de trabalho. O alcance das metas e realizações de trabalhos sem acidentes está fortemente associado a maneira como os membros de uma equipe interagem uns com os outros.
O trabalho em equipe está relacionado a uma forma especial de organização que objetiva, principalmente, a ajuda mútua entre profissionais de uma mesma organização ou área de uma organização. O trabalho em equipe pode ser descrito como um conjunto de pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou um determinado trabalho e são interdependentes.
Valorizando cada indivíduo e permitindo que todos façam parte de uma mesma ação, o trabalho em equipe, além de possibilitar a troca de conhecimento, é determinante nas relações humanas, pois motiva o grupo a buscar de forma coesa os objetivos traçados.
A necessidade de desenvolvimento do trabalho em equipe passa por diversos fatores de importância para a evolução profissional, como a definição de prioridades, o ajuste de metas, o otimismo e o estar aberto a mudanças.
Todas essas qualidades, quando são acrescidas ao indivíduo, podem significar o sucesso nas relações pessoais, o que formam um círculo virtuoso.
É importante perceber que, quando se fala em trabalhar em equipe, fala-se em maior volume de atividades, mais responsabilidade, comprometimento, flexibilidade, colaboração e esforço pessoal, detalhes que acabam sendo descobertos a cada novo dia de trabalho. Entretanto, como benefício, um grupo coeso aflora muitas características que até então passavam despercebidas no individual, como a criatividade, a participação, a visão de futuro, o questionamento de posições e as colocações e o senso crítico.
Dicas para o trabalho em equipe.
}  Seja paciente;
}  Aceite as idéias dos outros;
}  Valorize os colegas;
}  Saiba dividir tarefas;
}  Trabalhe;
}  Seja participativo e solidário;
}  Dialogue;
}  Planeje;
}  Evite ficar somente com o “pensamento do grupo”;
}  APROVEITE O TRABALHO EM EQUIPE.
O papel do líder.
Em toda formação de equipe é importante destacar o papel do líder, aquele que cria nos liderados a sensação de um espaço próprio, onde eles podem desenvolver sua criatividade e se auto – realizar na execução das tarefas. O papel do líder não é somente comunicar valores mas também manter relações honestas, baseadas na confiança e, acima de tudo, garantir em suas ações a tradução dos valores e da missão da empresa.
As habilidades modernas de liderança são classificadas em 3 diferentes dimensões, quais sejam, a organizacional, a interpessoal e a das qualidade individuais. Entre as habilidades do líder destacamos;
}  Compreender bem a missão sócio – econômica da organização;
}  Conhecer bem os objetivos organizacionais e o ambiente social, econômico e político externo á organização;
}  Articular, agregar e processar continuamente idéias e alternativas de ação;
}  Ter visão e orientar-se continuamente para o futuro;
}  Reconhecer o valor das pessoas;
}  Aprender a aceitar as pessoas como ela são;
}  Valorizar relações pessoais;
}  Comunicar-se com as pessoas buscando obter um significado coletivo dos diversos valores, crenças, hábitos e símbolos que formam a cultura organizacional.
Concluímos que a liderança tem mais a ver com a forma de lidar com as pessoas – escutar, motivar, compartilhar, orientar e delegar – do que quantos funcionários você tem na sua equipe.
Cultura organizacional.
Quando uma pessoa ingressa em uma organização, já encontra uma cultura instituída através da definição da visão, da missão, dos objetivos, dos valores, das políticas e dos programas, etc., com a qual precisará aprender a conviver, observando os modos de produção e como as pessoas se organiza para realizar as atividades e alcançar os objetivos empresariais.
Na sua empresa não é diferente, já existem objetivos claros de modo que você se organize para cumpri-los.
Por outro lado, essa cultura é dinâmica, admitindo-se mudanças para atender as transformações, os desejos e as expectativas da sociedade por meio de novas políticas necessárias para a sobrevivência e o crescimento da organização, com foco no mercado e na competição empresarial.
As características pessoais e profissionais dizem respeito aos valores, ás crenças e aos princípios que todos, que estão ao seu lado, trazem  consigo como produto de sua formação e que são confrontados com aquelas transmitidos culturalmente no ambiente de trabalho, o que corresponde ao poder de influência da organização sobre o indivíduo.
Cada organização estabelece os direitos e os deveres do empregado, tais como: ao limites de sua atuação; o poder que lhe será concedido; como deve se comportar; a quem deve da explicações; enfim, construirá a ética da organização, conforme a sua natureza jurídica, finalidade e estrutura concebida.
A cultura, o padrão normativo operacional das instituições e das variáveis externas á organização, definem os procedimentos que orientam a maneira de como as atividades laborais e comportamentais devam ser conduzidas. Ocorre que nem sempre o que se percebe é aquilo que é levado a termo e condiz com uma realidade específica.

Existe um traço cultural no povo brasileiro, muito interessante, quando se depara com questões “especiais”. Ele prefere deixar os padrões  normativos inalterados e desatualizados, burlando-os com vistas a solucionar um determinado problema específico.  

NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - COMPULSÓRIA.

Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78
Atualizações D.O.U.
Portaria SSST n.º 12, de 06 de junho de 1983 14/06/83
Portaria SSST n.º 13, de 24 de outubro de 1994 26/10/94
Portaria SSST n.º 25, de 28 de janeiro de 1996 05/12/96
Portaria SSST n.º 04, de 28 de janeiro de 1997 04/03/97
Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010 24/12/10
Portaria SIT n.º 293, de 08 de dezembro de 2011 09/12/11
(Redação dada pela Portaria SIT n.º 197, de 17/12/10)

Princípios Gerais
12.1. Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e
medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos
mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de
máquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização,
exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do
disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR aprovadas pela Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de
1978, nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais aplicáveis.
12.1.1. Entende-se como fase de utilização a construção, transporte, montagem, instalação, ajuste,
operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e desmonte da máquina ou equipamento.
12.2. As disposições desta Norma referem-se a máquinas e equipamentos novos e usados, exceto nos
itens em que houver menção específica quanto à sua aplicabilidade.
12.3. O empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos,
capazes de garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores, e medidas apropriadas sempre que
houver pessoas com deficiência envolvidas direta ou indiretamente no trabalho
12.4. São consideradas medidas de proteção, a ser adotadas nessa ordem de prioridade:
a) medidas de proteção coletiva;
b) medidas administrativas ou de organização do trabalho; e
c) medidas de proteção individual.
12.5. A concepção de máquinas deve atender ao princípio da falha segura.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

GRAMSCI NO BRASIL


GRAMSCI NO BRASIL

AGRADECIMENTO A todos que participaram dos estudos que culminaram no presente trabalho com a finalidade de “conhecer o Brasil para melhor servi-lo”.

PROPOSTA Estimular o debate, reunindo e unindo todos em torno do bem-comum, colocado acima de interesses pessoais e de qualquer espécie de grupo, para a criação de um Projeto de Nação fundamentado no processo histórico-cultural brasileiro.
METODOLOGIA Identificar ideias, atitudes, comportamentos e ações que estão em harmonia com o marxismo-gramscismo para, através da “via pacífica”, transformar o Brasil em uma República Socialista.

ANTONIO GRAMSCI (1891-1937)
Intelectual italiano e um dos fundadores do Partido Comunista Italiano (PCI) em 1921, percebeu que a implantação do comunismo nos países do Ocidente não deveria seguir o modelo russo (LENIN) do uso da violência para conquistar ou tomar o Estado, mas, sim, ao contrário, primeiro conquistar o Estado e depois, então, a aplicar a violência para finalizar o processo.
Nessa concepção, destaca-se o valor atribuído ao seu entendimento de Sociedade Civil como sendo o espaço social onde deve ocorrer a luta pela hegemonia, para que a classe subalterna passe a ser a Classe Dirigente.
Um grupo social da classe dirigente, assumindo o controle da Sociedade Política (Estado), permite que o partido da Classe Dirigente seja posicionado acima do Estado.
A manobra é simples, lenta e gradual. Utiliza-se dos instrumentos legais e políticos da democracia para, de forma pacífica e sorrateira, minar e enfraquecer as principais trincheiras democráticas: Executivo, Legislativo, Judiciário, Forças Armadas, Religião e a Família.
Usando a propaganda subliminar, o populismo e a demagogia, as consciências são entorpecidas e é criada a sociedade massificada para a luta pela hegemonia.
O envolvimento estratégico também é simples e eficaz, conduzindo o processo em três fases:
- na primeira, organiza o Partido das Classes Subalternas e luta pela ampliação das franquias democráticas para facilitar a ação política, explorando as deficiências e vulnerabilidades do governo;
- na segunda, luta pela hegemonia das classes subalternas, criando as condições para a tomada do poder;
- na terceira fase, toma o poder, impondo novos valores e princípios através de uma nova ordem.
O “socialismo pacífico” é a etapa intermediária para o “socialismo marxista”, o marxismo-leninismo, o comunismo...
Preso em 1926, escreveu na prisão “Cadernos do Cárcere” contendo o seu pensamento sobre a tomada do poder de forma pacífica. Foi libertado pouco antes de morrer em 1937.
O gramscismo contagiou países da Europa e, hoje, está transbordando na América do Sul.
A PENETRAÇÃO GRAMSCISTA NO BRASIL
FINALIDADE
Criar as melhores condições para transformar o Brasil em uma República Socialista sob a inspiração de Antônio Gramsci.

OBJETIVOS
1. Obter a hegemonia na sociedade civil.
2. Obter a hegemonia na sociedade política (Estado).
3. Estabelecer o domínio do intelectual coletivo (Partido Classe).
4. Silenciar os intelectuais independentes.

MÉTODO
Realizar a transformação intelectual e moral da sociedade pelo abandono de suas tradições, usos e costumes, mudando valores culturais de forma progressiva e contínua, introduzindo novos conceitos que, absorvidos pelas pessoas, criam o “senso comum modificado”, gerando uma consciência homogênea construída com sutileza e sem aparente conteúdo ideológico, buscando a identificação com os anseios e necessidades não atendidas pelo poder público.
Assim é estabelecido o desejo de mudança em direção a um mundo novo, com a sociedade controlada através dos mecanismos de uma “democracia popular”, onde os pensadores livres, temendo o rótulo de retrógrados ou alienados, se submetem a uma prisão sem grades, calando a voz da divergência existente dentro de si e se deixam, assim, vencer pelo “senso comum modificado”. Este prossegue intoxicando a sociedade, sob a égide do Estado, usado para reduzir e suprimir a capacidade de reação individual e coletiva.
Nesse momento, está construída a base para a “tomada do poder” e consequente implantação do Estado Socialista.
AÇÕES QUE TÊM ENFRAQUECIDO AS TRINCHEIRAS DA DEMOCRACIA NO BRASIL

I. NOS PARTIDOS POLÍTICOS
1. Estimular o número elevado de partidos para enfraquecer a oposição e facilitar a tática de “aliança”, favorecendo o “partido classe”.
2. Manter a regionalização dos partidos; o controle por caciques ou oligarquias regionais afeta a unidade nacional, favorecendo o enfraquecimento dos partidos políticos de oposição e favorecendo o “partido classe”, que possui “unidade de comando”.
3. Admitir a pluralidade de esquerda para ser bem explorada pelo “partido classe” por tempo determinado.
4. Esvaziar as poucas lideranças da oposição através de patrulhamento e ataque (dossiê) direto ou indireto (parentes).
5. Criar fatos novos para o esquecimento das mazelas de militantes do “partido classe” e aliados.
6. Afastar ou mudar de cargo o militante com erro focado pela mídia de oposição, para a sua proteção e do “partido classe”.
7. Usar a “mídia da situação” para silenciar as mazelas dos militantes do “partido classe”.
8. Infiltrar militantes nos outros partidos para obter o seu controle e esvaziar os líderes de oposição, os neutros e os que não são adeptos do “partido classe”.

II. NO EXECUTIVO
1. Criar aparelhos governamentais de coerção.
2. Distribuir cargos em órgãos e empresas públicas para militantes do partido-classe e seus aliados, em todos os níveis da administração (federal, estadual e municipal), aparelhar o Estado.
3. Criar uma estrutura policial que possa ser transformada em Guarda Nacional ou Guarda Pessoal ou em Polícia Política (Polícia Federal, Força Nacional) para emprego imediato, quando chegar o momento oportuno.
4. Ampliar o “curral eleitoral” usando o assistencialismo como fim e não como meio, mantendo o benefício por tempo indeterminado.
5. Manter o “curral eleitoral” através de um sistema de ensino, controlando o baixo nível de aprendizagem e desenvolvimento da inteligência.
6. Silenciar a imprensa através de emprego da verba pública destinada à propaganda, mantendo a população sem informação correta.
7. Neutralizar políticos de oposição e aliados através de distribuição de dinheiro, cargo público ou qualquer outro tipo de benefício pessoal ou familiar.
8. Criar ou fortalecer um organismo sul americano para diminuir a importância da OEA (EUA).
9. Participar de um bloco sul americano de repúblicas socialistas democráticas.
10. Facilitar a penetração cultural e a projeção dos intelectuais orgânicos.
11. Denegrir heróis nacionais.
12. Enaltecer militantes da ideologia marxista.
13. Desmerecer fatos e vultos marcantes da História Nacional.
14. Impedir a tomada da Consciência Nacional.
15. Entorpecer a Vontade Nacional.
16. Eliminar valores do processo histórico-cultural nacional.
17. Mudar usos e costumes.
18. Enfraquecer o moral nacional.
19. Mudar traços da identidade nacional.
20. Mudar valores e princípios ético-morais.
21. Enfraquecer a família.
22. Enfraquecer a coesão-nacional.
23. Lançar a discórdia no seio da população.
24. Desviar o foco dos debates em torno de questões relevantes em áreas estratégicas (saúde, educação, segurança, defesa, etc.), isentando o Governo de responsabilidade pelas deficiências e vulnerabilidades.
25. Estabelecer um poder paralelo ao do Estado (Conselho de Política Externa, Comissão de Direitos Humanos, etc.).
26. Alimentar as ONGs com o dinheiro público e estimular outras para atuarem na sociedade civil, apoiando direta ou indiretamente a luta pela sua hegemonia.

III. NO LEGISLATIVO
1. Eleger militantes do Partido-Classe.
     2. Unir temporariamente os partidos de mesma ideologia.
     3. Fazer alianças com partidos de ideologia oposta.
    4. Desmoralizar o Legislativo, mantendo privilégios, barganhas e a falta de espírito público.
   5. Criar leis para dar o respaldo às mudanças de usos, costumes e valores da nacionalidade brasileira.
6. Obter o controle do Legislativo para conquistar o domínio da sociedade política (Estado), através do Partido-Classe.
7. Enfraquecer o Legislativo como fiscal do Executivo.
8. Submeter o Estado ao controle do Partido-Classe.

IV. NO JUDICIÁRIO
1. Retardar ou impedir a modernização da estrutura do judiciário.
2. Retardar ou impedir o aperfeiçoamento do funcionamento do judiciário.
3. Estimular o corporativismo extremado na magistratura.
4. Manter o magistrado afastado do povo e das suas necessidades.
5. Difundir na sociedade civil as ideias de parcialidade, ineficiência e improbidade do judiciário.
6. Desacreditar o judiciário perante as classes subalternas, explorando a lentidão funcional e a corrupção e privilégios dos magistrados como funcionários públicos.
7. Aparelhar o judiciário com material humano de interesse.

V. NAS ESCOLAS
1. Usar as universidades como refúgio ideológico.
2. Buscar hegemonia nos meios intelectuais.
3. Construir nova massa de manobra, usando as universidades, a mídia e as editoras.
4. Criar a geração revolucionária nas escolas do ensino médio.
5. Usar professores da nova massa de manobra no ensino básico (fundamental e médio).
6. Fortalecer o controle do sistema de ensino que não ensina a pensar, através do MEC.
7. Apagar a memória do povo reescrevendo a história do Brasil para fatos e vultos nacionais relevantes.
8. Mudar valores e princípios ético-morais (professores homossexuais no ensino médio e fundamental, alterando a estrutura familiar).
9. Enfraquecer a vontade nacional.
10. Transformar a consciência nacional em consciência do partido político.
11. Controlar escolas e universidades particulares através de sindicatos e com uma reforma universitária.

VI. NAS FORÇAS ARMADAS
1. Enfraquecer a união dos militares, afastando os militares da ativa dos militares inativos.
2. Enfraquecer o “espírito de corpo”, separando os oficiais generais da tropa.
3. Introduzir, a curto prazo, o uso de drogas entre os militares.
4. Disseminar, a médio prazo, o homossexualismo entre os militares.
5. Preparar, a longo prazo, as gerações de chefes militares que servirão ao governo, e não à pátria, modificando a grade curricular das escolas de formação.
6. Enfraquecer a credibilidade e a confiança da população nas forças armadas.
7. Desestimular profissionalmente os militares que servem à pátria e não ao governo.
8. Criar o ambiente em que os oficiais terão apenas a visão da expressão militar e não de todo o poder nacional.
9. Enfraquecer o “espírito combativo”, de fundamental importância no confronto bélico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O pensamento de Gramsci está sendo aplicado de forma dissimulada e protegida pelas franquias da democracia, tornando difícil a sua identificação.
Conhecendo o pensamento de Gramsci, as técnicas para a sua aplicação e com uma análise paciente e detalhada da conjuntura nacional, chega a ser surpreendente a infiltração do marxismo-gramscismo na sociedade brasileira.
Encontrando Gramsci, a decisão sobre o quê e como fazer é do descobridor.


Já é hora de deixarem de lutar por ideologias importadas, inadequadas às características do brasileiro, que atendem a interesses estrangeiros ao dificultarem o progresso do nosso país.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES ANEXO N.º 3


LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR
1. A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo" - IBUTG definido
pelas equações que se seguem:
Ambientes internos ou externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
Ambientes externos com carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
onde:
tbn = temperatura de bulbo úmido natural
tg = temperatura de globo
tbs = temperatura de bulbo seco.

2. Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e
termômetro de mercúrio comum.

3. As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida.
Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no
próprio local de prestação de serviço.

Visite o nosso site: www.artqualificacao.om.br

NR 13 -Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações - CONTINUIDADE - PARTE FINAL



PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES

ÍNDICE

1- INTRODUÇÃO
2- ACIDENTES DE TRABALHO
2.1- Generalidades
2.2- Causas de Acidentes
3- CARACTERÍSTICAS DA CASA (OU ÁREA) DE CALDEIRA
4-RISCOS DE ACIDENTES NA CASA (OU ÁREA) DE CALDEIRAS
5- RISCOS À SAÚDE
5.10- Poluição do Ar Provocada por Caldeiras
5.2- Efeitos da Poluição no Ar
6- PRINCIPAIS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
7- PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES E OUTROS RISCOS
7.1- Outras Medidas
8- CUIDADOS DURANTE A LIMPEZA
9- PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
10- CONSIDERAÇÕES SOBRE O EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

1 INTRODUÇÃO
Na busca de minimizar os acidentes de trabalho decorrentes da deficiência operacional em caldeiras, o MONITOR, consciente de seu papel junto à sociedade, elaborou este manual com informações sobre os pontos fundamentais e os cuidados indispensáveis antes, durante e após a operação.
As exigências legais contidas na portaria N° 23 de 26/04/1995 da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho – SSST – do Ministério do Trabalho são reiteradas ao longo deste documento, proporcionando uma familiaridade entre o aluno e seu ambiente de trabalho, de modo que se possa obter como resultado, elevado índice de salubridade.
Absorvendo este conteúdo e utilizando-o quando necessário, o profissional poderá extrair mais do equipamento, sem pôr em risco sua vida. Assim, o objetivo desta instituição estará sendo cumprido.

2 - ACIDENTES DO TRABALHO

2.1 Generalidades
Do ponto de vista prevencionista, acidente de trabalho pode ser definido como uma ocorrência não-programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais. Portanto, sob o ponto de vista prevencionista, o acidente do trabalho ocorre desde que haja perda de tempo útil, mesmo que não haja vítima.
Do ponto de vista legal, no Brasil, considera-se acidente de trabalho aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesões corporais, perturbação funcional ou doença que cause a morte, perda, redução permanente ou temporária da capacidade do trabalhador.
Assim, o acidente do trabalho, sob o ponto de vista legal, pode ocorrer:
}  no exercício do trabalho
}  a serviço da empresa
É considerado acidente de trabalho quando provoca:
}  lesão corporal
}  perturbação funcional
}  doença ocupacional

2.2 Causas de acidentes
As causas dos acidentes podem ser classificadas em duas categorias:
a) Atos inseguros ou perigosos
São atos que partem do empregado, decorrentes da execução de tarefas de uma forma contrária às normas de segurança. Em outras palavras, é o tipo de comportamento adotado pelo trabalhador que pode levá-lo, ou não, a sofrer um acidente. São exemplos destes atos:
}  Recusa do funcionário em utilizar equipamentos de proteção individual (EPI), fornecidos pela empresa e cujo uso é obrigatório por lei;
}  Utilizar ferramentas manuais de maneira incorreta ou imprópria;
}  Utilizar equipamentos defeituosos ou em serviços incompatíveis com suas características;
}  Não obedecer a sinais ou instruções de segurança.
b) Condições inseguras ou perigosas
Também conhecidas como riscos profissionais, decorrem diretamente das condições do local ou do ambiente de trabalho. São falhas, defeitos, irregularidades técnicas, carência de dispositivos de segurança e outros que põem em risco a integridade física das pessoas e a própria segurança das instalações e dos equipamentos.
São exemplos de condições inseguras:
}  Proteção mecânica inadequada;
}  Equipamentos grosseiros, cortantes, escorregadios, corroídos, trincados, de qualidade inferior;
}  Escadas, pisos e tubulações (encanamentos) em condições precárias;
}  Projetos ou construções inseguras;
}  Processos, operações ou disposições (arranjos) perigosos. empilhamento defeituoso, armazenagem malfeita, passagem obstruída; sobrecarga no piso, congestionamento de maquinaria e operadores; etc.;
}  Iluminação inadequada ou incorreta;
}  Ventilação inadequada ou incorreta.

3 - CARACTERÍSTICAS DA CASA (OU ÁREA) DE CALDEIRAS
Uma casa de caldeiras deve possuir algumas características específicas para a finalidade a que se destina, visando permitir o perfeito funcionamento do equipamento que abriga e a máxima segurança na sua operação.
Dessa forma a casa de caldeiras deve:

Ser ampla
Uma casa de caldeiras reduzida, que não permita fácil deslocamento dos operadores, acarreta uma série de riscos:
}  a temperatura no seu interior ficará elevada, pois, não havendo espaço suficiente, será difícil a ventilação;
}  dificultará todas as operações necessárias ao funcionamento e manutenção das caldeiras;
}  tornará difícil qualquer providência em caso de emergência, possibilitando maior incidência de condições inseguras e até mesmo de atos inseguros.
 Ser bem arejada
O bom arejamento será benéfico tanto para a saúde dos operadores quanto para as próprias caldeiras, que não devem ter temperatura elevada em seu exterior.

Ser bem iluminada
Não se pode conceber a operação de qualquer equipamento em local de pouca iluminação. Além disso, as caldeiras possuem uma série de instrumentos de controle e proteção que precisam estar bem visíveis ao operador, para que o mesmo possa, a qualquer instante, tomar conhecimento das condições de funcionamento dos mesmos. Só assim ele poderá tomar as medidas necessárias ao trabalho seguro do equipamento.

Possuir rede de esgoto
A rede de esgoto permite uma boa limpeza no ambiente, pois estando sujo torna-se inseguro. No caso das casas de caldeiras, a sujeira provoca insegurança muito maior por haver combustível em seu interior, o que aumenta o risco de incêndios.

Possuir estrutura adequada
A casa de caldeiras deve ser construída em alvenaria cintada, tendo o teto em estrutura leve ou, no caso de laje, este deverá estar simplesmente apoiado.
O objetivo dessas características em relação ao teto é direcionar a formação de choque para cima em caso de explosão.

4 - RISCOS DE ACIDENTES NA CASA (OU ÁREA) DE CALDEIRAS
Na área de caldeiras, os operadores devem ficar atentos para evitar acidentes, tais como:
}  Quedas
}  Corpo estranho nos olhos
}  Escorregões
}  Queimaduras
}  Intoxicações
}  Choques elétricos
}  Colisões (por falta de espaço)
}  Torções lombares
}  Irritações cutâneas
}  Perturbações funcionais provocadas pelo ruído.

5 - RISCOS À SAÚDE

5.1 Poluição do Ar Provocada por Caldeiras
A poluição do ar causada por caldeiras, está relacionada a um problema mais genérico: o das emissões de poluentes oriundos da queima de óleos combustíveis utilizados como fonte de energia, no ar atmosférico.
Os equipamentos que utilizam gás como produzem menor poluição no ar, apesar das más condições de queima resultarem em pequenas, porém ofensivas, emissões de monóxido de carbono ou de gases e vapores orgânicos.

5.2 Efeitos da Poluição no Ar
Os óxidos de enxofre podem causar danos ao homem, às plantas e aos materiais. Em altas concentrações, esses ácidos irritam o trato respiratório superior dos seres humanos, devido a sua alta solubilidade em corpos fluidos. Em pequenas concentrações, o ácido de enxofre pode tornar a respiração mais difícil.
Os efeitos dos ácidos de enxofre, representados na “Tabela de efeitos dos compostos sulfurosos”, não derivam somente da presença deste ácido, estão associados à presença de outros poluentes encontrados na atmosfera urbana. Vale salientar que estes efeitos não são válidos para exposições breves.
Devido às reações entre os poluentes e dos poluentes com o oxigênio e a água na atmosfera, bem como a influência da temperatura e da luz solar sobre essas reações, os efeitos dos ácidos de enxofre na atmosfera podem diferir dos seus efeitos em condições de laboratório.
É evidente que a poluição por óxido de enxofre agrava as doenças respiratórias existentes nos seres humanos. No entanto, estudos clínicos mostram que algumas pessoas são mais sensíveis que outras a ação dos poluentes. Assim:
}  Exposição prolongada às concentrações relativamente baixas de dióxido de enxofre tem sido associada ao aumento da mortalidade por doenças cardiovasculares em pessoas idosas;
}  Prolongada exposição a concentrações mais altas de dióxido de enxofre tem sido associada a um aumento de mortalidade por doenças respiratórias e a um aumento de doenças infantis em idade escolar, reveladas por sintomas como tosse, irritação da membrana mucosa e secreção mucosa;
}  O ar residual nos pulmões de pacientes com enfisema tem sido significativamente reduzido quando os pacientes respiram um ar livre de poluição;
}  O mais importante fator de melhoria da sensação de bem-estar de pacientes com bronquite crônica tem sido a diminuição das quantidades de poluição por fumaça e dióxido de enxofre (SO2).
Concentração de SO2 ppm
Tempo de exposição
Efeitos
0,01 a 0,03
Exposição anual
  • Corrosão metálica
  • Função pulmonar prejudicada
  • Morbidade cardiovascular aumentada
  • Dano crônico à vegetação
  • Aumento da taxa de mortalidade por doenças respiratórias
0,07 a 0,8
Exposição por 3 ou 4 dias
  • Internação em hospitais pelo aumento de doenças cardiovasculares
  • Aumento de sinusite e tosse
  • Dano agudo a certo tipo de vegetação
  • Aumento de taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares
0,21 a 0,28
Exposição por 24 horas
  • Piora o estado de pacientes com bronquite
  • Aumenta a taxa de mortalidade
  • Dano à vegetação sensível
0,5 a 1,6
Exposições breves (minutos)
  • Dano detectável à vegetação sensível
  • Dano agudo aos arbustos
  • Aumento da pulsação e respiração
  • Limite para induzir constrições brônquicas em pessoas saudáveis

Concorre também para a poluição do ar, o monóxido de carbono, ou carbono livre, que resulta da relação imprópria ar/combustível. A relação ideal é de 16 Kg de ar para 1 Kg de combustível. Quando, na mistura, houver a quantidade de ar correta e mais de 1 kg de combustível ou a quantidade de combustível correta, mas apresentar menos de 16 kg de ar, haverá emissão de fumaça preta que, aspirada por muito tempo, provocará doenças respiratórias ou pulmonares.
O monóxido de carbono (CO) é um gás perigoso, porque é incolor, inodoro e inflamável. Seu efeito predominante é a asfixia. A concentração máxima admissível é de 90 ppm.
Exposições superiores a 4.000 ppm são fatais em menos de 60 minutos. Os sintomas variam desde uma ligeira dor de cabeça a aumento de freqüência respiratória, passando através de estágios como confusão mental, colapso, perda da visão e audição e até perda da consciência e morte.

6 - PRINCIPAIS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
A principal medida de proteção é a prevenção, ou seja, a tentativa de evitar que ocorra a poluição. Consegue-se isso mantendo as caldeiras em perfeitas condições de funcionamento (quando não há combustão completa, há emissão de fumaça).
Fatores como combustão incompleta, atomizacão inacabada de óleo – causada pela temperatura imprópria de combustível – tiragem deficiente e vazão óleo/ar inadequada, propiciam a formação de fumaça.
Operação adequada e boa manutenção são fatores básicos para reduzir a emissão de fumaça, fazendo-a permanecer dentro dos limites compatíveis com as normas legais existentes.
Preocupados com a poluição do ar nos centros urbanos e industrializados, os governos já criaram algumas medidas, tais como:
}  Colocação de lavador de fuligem nas chaminés dos fornos e caldeiras;
}  Construção de chaminés mais altas para que os poluentes possam ser jogados mais longe e se espalharem;
}  Intensificação do uso do gás natural nos veículos e nas combustões industriais;
}  Tratamento de efluentes.

7 - PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES E OUTROS RISCOS
Estão descritas abaixo as principais medidas de prevenção contra explosões nas caldeiras antes, durante e após a operação:
a) Antes da Operação:
}  Assegurar-se que os sistemas automáticos de operação e segurança estejam testados e em boas condições de funcionamento;
}  Circular ar na fornalha antes de acender ou reacender os queimadores. Isto se faz ligando o ventilador por 1 ou 2 minutos antes de ligar o piloto;
}  Assegurar-se que as comunicações da caldeira com a garrafa de nível e desta com o visor de nível estão desobstruídas. Isto se faz dando descarga na garrafa de nível;
}  Verificar se o depósito de água esta sendo suficientemente abastecido;
}  Verificar se as bombas estão em bom estado de funcionamento;
}  Verificar se os sistemas piloto e fotocélula estão em perfeito estado de funcionamento;
}  Drenar a água dos tanques de óleo e do aquecedor.
b) Durante a Operação
}  Não se ausentar da casa de caldeira e monitorar toda instrumentação;
}  Não exceder a pressão máxima de trabalho permitida;
}  Testar as válvulas de segurança pelo menos uma vez por semana;
}  Observar o funcionamento das válvulas solenóides de óleo e do aquecedor;
}  Ficar sempre atento aos momentos de parada e reacendimento;
}  Não esquecer nunca o visor de nível;
}  Drenar o indicador de nível a cada 4 horas;
}  Nunca tentar reacender o maçarico usando o calor da fornalha;
}  Se a água desaparecer do visor de nível, apagar a caldeira e deixá-la esfriar;
}  Ao apagar a caldeira, fechar a válvula VDM;
}  Obedecer rigorosamente à recomendação da ETA para as descargas de fundo;
}  Observar sempre a fumaça na saída da chaminé;
}  Nunca esvaziar a caldeira pressurizada dando descarga de fundo;
c) Após a Operação
}  Deixar o nível da água a três quartos do visor, quando apagar a caldeira;
}  Antes de remover qualquer acessório ou porta de visita, assegurar-se que não há mais pressão no interior da caldeira;
}  Fechar todas as aberturas da fornalha e da chaminé quando apagar a caldeira;
}  Assegurar-se que as válvulas solenóide de óleo e válvula de óleo manual estão com perfeita estanqueidade;
}  Não permitir acúmulo de óleo ou gás dentro da caldeira.

7.1 Outras medidas
Existem, ainda, outros cuidados que devem ser tomados para evitar acidentes, dependendo do tipo de caldeira.
A inspeção diária no corpo de nível promove a descarga das torneiras de prova, do indicador, e do próprio corpo de nível. Esta operação permite constatar se as partes responsáveis pela indicação do nível interno não estão entupidas. Às vezes, acontece do tubo de comunicação do corpo de nível com a caldeira ficar obstruído por excesso de incrustações, impedindo que se constate o nível real no interior da unidade. Se o operador prossegue na operação da caldeira, podem ocorrer danos totais por falta de água.
Quando, eventualmente, constata-se esse defeito a tempo, nunca se deve injetar água imediatamente no interior da caldeira. Nesse caso, deve-se apagar o fogo imediatamente e esfriá-la, para evitar explosões.
Deve-se testar diariamente a válvula de segurança, verificando se abre e fecha automaticamente sem desprender vapor, quando em pressão inferior à sua operação. Esta operação deve ser feita com cuidado, para não desnivelar o contrapeso da válvula. No caso de vazamento anormal na válvula, é expressamente proibido adicionar pesos de segurança para estancá-lo. O procedimento adequado consiste em esmerilar sua sede até assegurar-lhe perfeita estanqueidade.
A caldeira deve ser descarregada diariamente, conforme prescrições de tratamento da água. A descarga deve ser feita, de preferência, quando a unidade estiver operando a baixa carga.
Os vidros indicadores de nível e de aparelhos indicadores em geral devem estar perfeitamente limpos, a fim de evitar erros de leitura. Se o vidro de nível estiver embaçado internamente, na primeira parada da caldeira deve-se limpá-lo.
A pressão de trabalho na caldeira não pode exceder, para evitar disparos da(s) válvula(s) de segurança. A perda de vapor por esta(s) válvula(s) é muito significativa no rendimento da instalação;
No caso de operar com óleo combustível, nunca aproveitar a incandescência da fornalha para reacender o queimador. Cada vez que for reacendê-lo, deve-se introduzir uma tocha. Essa prática impede a eventual formação de gases combustíveis na câmara, a ponto de provocar sua explosão com danos totais na fornalha.
Deve ser extraída, diariamente, uma amostra da água de alimentação e de descarga, para controle de tratamento. Esta rotina, infelizmente, na maioria dos casos é abandonada, resultando em sérios prejuízos para o usuário.
No caso das caldeiras que possuem sistema de controle de nível por eletrodos, deve-se limpá-los para a segurança do funcionamento no sistema de alarme, acoplado ao indicador de nível.

8 - CUIDADOS DURANTE A LIMPEZA
Os seguintes cuidados devem ser tomados durante a limpeza de uma caldeira:
}  Limpar cuidadosamente todo o espaço em torno da caldeira. Remover qualquer resíduo de óleo. A caldeira deve ser limpa como se fosse um salão de festas;
}  Travar todas as válvulas com arame, para impedir a abertura acidental de alguma delas;
}  Proibir o uso de lâmpadas desprotegidas dentro da caldeira. Os cabos elétricos das lâmpadas portáteis devem estar com o isolamento em bom estado; e os aparelhos de iluminação devem ser do tipo estanque, sendo preferível usar lanternas portáteis durante o trabalho;
}  Proibir o fumo durante a aplicação de produtos químicos de limpeza;
}  Evitar a aplicação de grande quantidade de produto de limpeza, de modo que possa ficar acumulado em locais sujeitos a altas temperaturas;
}  Prestar particular atenção para detectar qualquer incêndio quando a caldeira for acesa pela primeira vez, após ter sido tratada;
}  Limitar a entrada de pessoal somente aos trabalhos de emergência, depois que a caldeira for borrifada com produto de limpeza e até que todo o composto tenha sido removido e que a caldeira esteja acesa;
}  Examinar cuidadosamente o lado da água antes de fechar a caldeira, para verificar se há matéria estranha;
}  Verificar, antes de fechar uma caldeira, se não tem alguém lá dentro ou se não foi esquecida nenhuma ferramenta.

9 - PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
Devem ser tomadas as seguintes medidas de segurança:
}  Não permitir que se trabalhe no interior de uma caldeira sem que a ventilação tenha sido providenciada. Cuidados devem ser tomados com os gases tóxicos que se formam, inclusive dentro do tubulão de vapor;
}  Assegurar-se que todos os suspiros e drenos dos tubulões e coletores estejam abertos antes de abrir uma porta de visita. Não ficar na frente das portas de visita quando for abri-las pela primeira vez;
}  Não deixar nenhuma ferramenta em posição que possa cair ou obstruir a ventilação;
}  Nos espaços que possam conter vapores inflamáveis, toda instalação elétrica deve ser testada quanto à existência de terra. Os defeitos devem ser corrigidos antes que se envie alguém para trabalhar na área: os testes devem ser feitos a partir de um quadro de distribuição que esteja fora do espaço a ser testado e os reparos devem ser feitos com o circuito desenergizado;
}  Não permitir o uso de chamas desprotegidas, como as de maçaricos, velas, fósforos, etc, em tanques de óleo ou nas proximidades dos suspiros desses tanques;
}  Limpar imediatamente qualquer óleo derramado;
}  Manter todas as juntas das redes de óleo em perfeitas condições de vedação;
}  Manter os extintores de incêndio carregados e em boas condições;
}  Examinar e testar o sistema de burrifamento de vapor a cada 600 horas de funcionamento, durante a limpeza no lado do fogo. Assegurar-se que todos os furos dos tubos estão desobstruídos e sem escória solta. A limpeza pode ser feita passando-se um prego em cada furo e, em seguida, admitindo vapor no sistema;
}  A temperatura do óleo combustível não deve estar acima do ponto de fulgor em nenhuma parte do sistema, exceto entre os aquecedores e os maçaricos. De qualquer modo a temperatura não deve exceder a necessária para que o óleo atinja a viscosidade de 135 SSU;
}  Não exceder, em nenhuma parte do sistema, a pressão máxima recomendada;
}  As caldeiras que têm depósitos de óleo nas suas superfícies de aquecimento – óleo, graxa ou matéria estranha na água de alimentação – não devem ser postas a vaporizar intensamente, exceto em emergências;
}  Testar freqüentemente, com uma régua, as partes retas dos tubos geradores, para ver se houve alguma deflexão;
}  Testar os manômetros em intervalos regulares;
}  Não tentar melhorar a vedação das portas de visita e janelas de inspeção durante os testes hidrostáticos até que a pressão tenha sido elevada a um máximo de 50 libras de pressão de teste.

10 - CONSIDERAÇÕES SOBRE O EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
São indicados os EPI’s que melhor atendam às características de proteção, resistência, praticidade e sejam de fácil manutenção.
Na operação com caldeiras, é indicado o uso de capacete, luvas apropriadas (de couro ou asbesto, conforme necessário) e batas de couro.
O EPI deve ser mantido sempre em bom estado de uso. Para isso, cuidados especiais devem ser observados, conforme o tipo de material usado na sua fabricação.
A empresa deve ajudar o trabalhador a conservar seu EPI, não só conscientizando-o de que, ao conservar o equipamento, ele estará protegendo a si mesmo, mas também lhe fornecendo bolsas individuais e armários apropriados para guardá-lo.
Na seleção de um EPI, deve-se considerar o grau de proteção que o equipamento deve satisfazer, a facilidade de uso e a necessidade, ou não, de usá-lo em conjunto com outro equipamento de segurança).
Na seleção de trabalho, deve-se considerar a parte do corpo do trabalhador a ser protegida. É importante observar que:
}  Para cada trabalho, usa-se o EPI adequado;
}  EPI protege o operador contra os riscos nos locais de trabalho, proporcionando-lhe, ao mesmo tempo, proteção contra as condições incômodas e desagradáveis;

}  EPI deve oferecer a proteção mais completa possível à região do corpo diretamente ameaçada.