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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

NR - 10 AVANÇADA - SEP. CAPITULO 6 - SISTEMAS DE CONTROLE – EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE TRABALHO - FINAL



6 - SISTEMAS DE CONTROLE – EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE TRABALHO.

Os Principais equipamentos e proteção utilizados no Sistema Elétrico de potência, são:
}  Conjunto cinto pára-quedista e acessórios;
}  Botina de segurança sem componentes metálicos tipo C4 e sola bi-densidade;
}  Botina de segurança com biqueira de aço, para atividades sem contato com energia elétrica;
}  Bota de cano longo sem componentes metálicos tipo C4 ou perneiras;
}  Óculos de segurança com características UVA e UVB, tonalidade de cinza ou transparente;
}  Capacete classe “B”;
}  Equipamentos isolados para linha viva;
}  Protetor solar;
}  Capa de chuva ou similar;
}  Vestimenta para remoção de isentos;
}  Roupa e bota condutivas;
}  Vestimentas contra arcos voltaico, isolante de borracha e de polietileno para atividades;
}  Luva de vaqueta/raspa;
}  Luva isolante/cobertura para luvas de borracha;
}  Luva isolante de borracha, utilização de acordo com a classe de tensão;
}  Manga isolante de proteção;
}  Conjunto de aterramento AT/BT;
}  Detector de tensão;
}  Detector de ausência de tensão;
}  “load buster” - dispositivo que permite a abertura de chave – fusível em carga, com segurança;
}  Vara telescopia dotada de dispositivo anti-queda de cartucho, quando necessário.

Ao fazer ensaios de ferramentas e equipamentos, devemos levar em conta as seguintes atividades:
}  Todos os equipamentos de proteção individual e coletivo, bem como as ferramentas de trabalho, deverão ser ensaiados periodicamente, conforme as normas de fabricação e internas das empresas, no mínimo observando a rigidez dielétrica, resistência mecânica e avaliação das condições de ergonomia;
}  Todos os ensaios deverão ser registrado garantindo assim, a rastreabilidade, além da data dos testes de forma indelével nos equipamentos e nas ferramentas aprovadas;
}  Os equipamentos e as ferramentas,que por meio de tecnologia apropriada e certificada não possam ser recuperados, devem ser inutilizados de forma a impedir o seu uso.

Outros equipamentos:
}  Detector de tensão – Destina-se a sinalizar, ao trabalhador, as condições de energização ou não, que se encontra a instalação ou o equipamento onde se pretende trabalhar. As faixas de detecção do aparelho, devem se corretamente selecionadas e o mesmo ser auto testado antes do uso. Deve ser usado, obrigatoriamente, para testar qualquer instalação ou equipamento cuja a energização tenha sido interrompida para aterramento e intervenção. Deve ser mantido, após o uso, em sua embalagem original e ter sempre um conjunto de bateria nova, além da que estiver em uso.
}  Detector de ausência de tensão – Destina-se a informar, ao trabalhador de linha viva, as condições de energização da instalação ou o equipamento onde se pretende trabalhar. Deve ser colocado na instalação elétrica antes do início dos serviços e só retirado após a sua conclusão. Em caso de falta de energia, o detector dará o alarme, devendo ser suspensa a tarefa e retirados todos os trabalhadores do potencial da linha, até que haja o retorno da tensão. Se a campainha soar após a instalação ser feita, significará ausência de tensão elétrica na instalação, denunciando falha na manobra ou no equipamento. Falhas e erros, devem ser considerados, pois são previsíveis de ocorrer. Por isto, se justifica plenamente a utilização do detector de ausência de tensão.  
}  DAC - Dispositivo de abertura em carga – Utilizado na abertura de chaves seccionadoras tipo ”faca” ou fusíveis, com carga e tensão até 23 kV, á corrente máxima de interrupção de até 600/900 ampéres. As chaves devem possuir ganchos para a fixação do DAC e ser de boa qualidade e robustez para não se quebrarem durante a abertura. Somente deve ser utilizado para as condições de carga definidas pelo fabricante e operado por trabalhador devidamente treinado, manuseado em conformidade com as procedimentos operativos adotados pela empresa. Deve ser acoplado á vara de manobra, com no mínimo 3 elementos de diâmetro de 38 mm.
}  Ohmímetro – Aparelho destinado a indicar a resistência apresentada por uma instalação de aterramento, em um determinado ponto.
}  Fasímetro – Equipamento eletrônico, composto por duas peças que são colocadas diretamente em contato com as linhas energizadas com alta tensão. Um dos componentes fica pendurado de um lado do circuito e o outro é acoplado á ponta de uma vara de manobra, por meio da qual se encosta o segundo componente á outra linha. Caso o faseamento, da linha seja possível, emitirá um sinal em tons alternados. É usado para confirmar ou para indicar a possibilidade de fechamento de anel entre circuitos diferentes de uma mesma SE. 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

NR - 10 AVANÇADA - SEP. CAPITULO 6 - SISTEMAS DE CONTROLE - EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE TRABALHO


6 - SISTEMAS DE CONTROLE – EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE TRABALHO

Objetiva a apresentação orientativa da Norma para trabalhar com equipamentos e ferramentas, bem como os procedimentos necessários para a sua segurança.
A seguir apresentamos alguns cuidados, importantes, que deverão ser do conhecimento dos trabalhadores.

Cuidados especiais:
}  Todo e qualquer serviço deve ser executado com equipamentos e ferramentas adequadas aos serviços a executar  e aprovadas pela empresa;
}  Os equipamentos e as ferramentas a serem utilizados, devem ser previamente inspecionados, estar em bom estado de conservação e, após seu uso, serem limpos, inspecionados, acondicionados e guardados em locais apropriados;
}  Os que estiverem em mau estado ou defeituosos, devem ser retirados de serviço e enviado para reparo e/ou substituição;
}  Ferramentas, equipamentos ou métodos de trabalho não padronizados, pela empresa, não devem ser usados sem a aprovação prévia dos setores competentes;
}  As ferramentas de corte ou pontiagudas só devem ser usadas quando devidamente amoladas; fora de uso, as lâminas de corte e as pontas devem ser protegidas;
}  O trabalhador não deve trabalhar com ferramentas no bolso ou junto ao corpo, não deve, também arremessá-la  e nem colocá-la em locais que ofereçam riscos de queda;
}  As ferramentas e os equipamentos, em geral, devem ser transportados em sacolas ou em caixas adequadas e guardadas em locais apropriados;
}  Não é recomendado o uso, em serviços com eletricidade, de fitas e metros metálicos ou fitas de pano com reforço metálico.
}  Os cabos de aço de guindaste, o guincho a talha de tração, o andaime e outros equipamentos, devem ser substituídos quando apresentarem fios partidos, desgastes ou defeitos conforme orientação do fabricante e das Norma Técnicas vigentes;
}  Os cabos de aço, devem ser fixados por meio de dispositivos que impeçam o seu deslizamento e o seu desgaste;
}  As lâmpadas elétricas portáteis, só podem ser utilizadas se os punhos e os condutores estiverem com o isolamento em bom estado.

Equipamentos e materiais:
}  Alicate saca fusível cartucho;
}  Alicate universal com cabo isolado para 1000 volts;
}  Canivete para eletricista;
}  Jogo de chave de fenda;
}  Punho saca fusível NH;
}  Lâmpada de prova néon;
}  Espora para poste de madeiras;
}  Maleta lonada;
}  Lanterna portátil 6 volts;
}  Farolete manual;
}  Carretilha com gancho para içar ferramentas;
}  Binóculos;
}  Detector de presença de tensão;
}  Equipamento de resgate de acidentado
}  Caixa de primeiros socorros.

Além desses equipamentos citados, outros deverão ser empregados de acordo com a necessidade do serviço especificados pela supervisão técnica. Mas para isto é necessário observar os detalhes dos equipamentos e das ferramentas, como a seguir:
}  Utilizar somente equipamentos e ferramentas adequadas ao serviço, não empregando, por exemplo, o alicate como martelo ou chave de fenda, como ponteiro;
}  Não utilizar ferramentas, cujos os cabos não sejam adequados ou estejam soltos, rachados, danificados;
}  Não utilizar ferramentas que recebam pancadas, tais como ponteiros, formões ou cunhas, quando suas cabeças estiverem deformadas
}   não utilizar chaves de boca ou qualquer outra, quando estiverem danificadas e nunca utilizar cano, ou qualquer outra extensão de seu cabo , como alavanca.
}    As ferramentas manuais e os equipamentos, não devem ser abandonados sobre passagens, escadas, andaimes e superfícies de trabalho, devendo ser guardados em locais apropriados;
}  Todas as ferramentas, equipamentos ou pequenas peças, devem ser içados e descidos por meio de bolsa de lona com o auxílio da corda de mão, com a máxima atenção, principalmente quando se trata de peças metálicas;
}  Nas inspeções no interior de tanques de transformadores ou de disjuntores, deve-se utilizar equipamentos para renovar o ar interno e melhorar sua condição de insalubridade, deve-se ser evitada a permanência de pessoas dentro do tanque por períodos prolongados e ininterruptos, mantendo-as sempre á vista e/ou em contato com o pessoal externo;
}  Especial atenção deve ser dada quando o trabalho for realizado em equipamentos a SF6 (hexafloreto de enxofre).
}  Evitar o derramamento de óleo em pisos ou equipamentos, pois além de torná-los escorregadios, polui o meio ambiente;
}  Não fazer uso de ar comprimido para limpeza de vestimentas e da pele.

Escada – Inspeção em escadas:
Antes do início do trabalho, o responsável deve fazer uma inspeção visual na escada, examinando:
}  Se há nos montantes, lascas, farpas, trincas ou desgastes excessivos pelo uso;
}  Se os degraus estão soltos, com lascas, farpas, trincas ou desgastes em excesso;
}  Se na roldana há folga excessiva no eixo;
}  Se na corda existem pontos corroídos, parcialmente cortados ou marcados                                        
}  Se nas catracas há mola ou parafuso solto, falta ou excesso de lubrificação ou se a lingüeta esta quebrada;
}  Se há braçadeira solta, torta ou danificada;
}  Se há folga no aperto dos tirantes;
}  Se o verniz e a pintura, da  escada, estão desgastados;
}  A existência de corda para fixação da escada na parte superior;

Manutenção e guarda da escada – O responsável pela manutenção e guarda, deverá observar as seguintes condições:
}  Sempre que necessário deve ser feita limpeza com água e sabão neutro a fim de retira a graxa, o óleo, a terra e outros resíduos. Após a limpeza, aplicar uma camada de óleo de linhaça nas escadas de madeira e verniz, nas de fibra;
}  As escadas devem ser guardadas em local abrigado e seco, com boa ventilação e que permita o fácil manuseio;
}  É expressamente proibido qualquer tipo de adaptação ou de reparo não especificado pelos desenhos ou pelas normas de construção, tais como furar os montantes para fixação de bandeira, pregar ou amarra montante rachado ou substituir degraus;

Transporte de escada – No caso do transporte, o responsável deverá observar as seguintes condições:
}  A escada de extensão deve ser transportada, sempre fechada e com os degraus na posição vertical, por duas pessoas equipadas com luvas de proteção contra abrasão. Deve ser apoiada pelas extremidades do mesmo montante sobre o mesmo ombro de ambas pessoas. Este item, também é valido para escadas com 19 ou mais degraus;
}   Nas viaturas, a escada deve ser apoiada, no mínimo em dois pontos e fixada firmemente, observando-se o bom estado das borrachas existentes nos suportes a fim de não arranhar ou provocar desgaste em seus componentes;
}   Deve ser colocada, na sua extremidade, uma bandeira de sinalização e, á noite, luz vermelha ou placa refletiva, sempre que o comprimento, da  escada, ultrapassar a 1 metro da carroceria do veículo.

Cuidados preliminares para execução do serviço:
} Antes de subir na escada, verificar atentamente as condições de  segurança, principalmente quanto á base do apoio;
}  Nunca se deve apoiar a escada, em fio ou cabo, exceto quando existe cabo mensageiro ou tirante para apoio e amarração da mesma;
} Quando o serviço exigir que dois ou mais empregados trabalhem no mesmo ponto, cada qual deve estar em uma escada;
}    Em superfícies lisas deve-se usar escada com sapatas de segurança.

Colocação, fixação e retirada da escada:
}  Os pés da escada devem ser colocados no solo, de forma que a sua distância da base de onde se irá apoiar seja, aproximadamente, de ¼ (um quarto) da altura do ponto de apoio superior da escada;
} Para colocar a escada na posição de trabalho, o ajudante deve permanecer atrás da mesma, segurando seus degraus com as mãos a fim de sustentar e guiar, a escada, até o ponto de apoio. O eletricista deve firmar a base da escada com um dos pés e  levantar a extensão até o local desejado e amarra com a corda sua parte inferior, na altura do quarto degrau, evitando que a mesma venha a escorregar e que pessoas circulem por baixo dela;
}  Na operação de estender uma escada, o ajudante  deve apoiar seus degraus com as mãos espalmadas. Deve ser observado, com muito rigor nesta operação, o deslizamento das guias e o bom funcionamento da catraca, até o seu limite de extensão;
}   Durante a subida do eletricista, a escada deve ser firmemente segura nos montantes, pelo ajudante, que ficara no solo a fim de evitar que a mesma venha a gira;
}  Para fixar a parte superior da escada, o eletricista deve subir segurando os montantes, cruzar uma das pernas no degrau adequado e amarra a escada no ponto de apoio;
}  O ajudante deve se afastar da escada após o início do trabalho, porém atento aos movimentos do eletricistas a fim de atendê-lo nas necessidades de serviço;
}  Antes de descer da escada, o eletricista deve cruzar uma das pernas no degrau adequado e desfazer a amarração. Durante a descida, o ajudante deverá segura a escada, firmemente pelos montantes, afim de não deixá-la gira;
}  Para a retirada da escada, o ajudante deve desamarrar sua parte inferior e, em seguida, colocar-se atrás da mesma, apoiando seus degraus com as duas mãos espalmadas, enquanto o eletricista fica de frente para a escada, firmando a sua base com os pés e fazendo deslizar lentamente a  extensão. 

Guincho, Talha ou Moitão – Na utilização destes equipamentos, devemos observar:
}  O seu estado geral e suas condições de segurança;
}  Se o equipamento é adequado para suportar o peso das cargas a serem movimentadas;
}  As condições de segurança dos pontos de fixação das cordas, dos cabos ou correntes, que dependem da manutenção de suas superfícies lisas e uniformes, isentas de cantos vivos, de pontas, de rebarbas, de fios partidos e de ferrugem;
}  Conservar os equipamentos em lugar suspenso onde não possam ser danificados;
}  Essas mesmas preocupações, devem ser consideradas na utilização dos estropos ou das ligas auxiliares, se for o caso.

Sacolas para içamento de ferramentas:
}  Nos trabalhos em planos elevados, deve ser usada a sacola, a fim de suspender ou arriar ferramentas e peças leves de pequeno porte;
}  Antes e após a sua utilização, a sacola deve ser inspecionada verificando-se o enfraquecimento do material, a existência de furos ou desgaste em geral.

Especificação dos equipamentos e das ferramentas – Serão especificados com base na análise de riscos de todas as atividades de trabalho, no ato do planejamento. É recomendado que as empresas prestadoras de serviços, devem utilizar equipamentos de características de qualidade, similar ao da contratante.

Para o melhor controle de risco, todos os equipamentos e as ferramentas de trabalho utilizadas, deverão garantir e atender os seguintes requisitos para aplicabilidade em atividades de operação, manutenção e construção de sistemas elétricos de potência:
}  Ser ergonomicamente projetado;
}  Ser dieletricamente isolado, quando pertinente;
}  Possuir características de resistências mecânicas adequadas á sua aplicação;
Prever outras características quando necessário.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

NR 10 - AVANÇADA - SEP - CAPITULO 5 - PROCEDIMENTOS DE TRABALHO – ANÁLISE E DISCUSSÃO

PROCEDIMENTOS DE TRABALHO – ANÁLISE E DISCUSSÃO

As atividades de construção, operação e manutenção em instalações elétricas devem ser exercidas de acordo com as normas, instruções e os procedimentos emitidos pelos respectivos órgãos competentes de modo a ser executado corretamente e com segurança.
Na execução de todo e qualquer serviços em instalações elétricas, deve-se levar sempre em consideração as instruções  e recomendações pertinentes a cada caso específico.
Verifique a seguir algumas realidades em que os procedimentos de trabalho são evidenciados.  
}        Toda atividade operacional realizada por um trabalhador, que interaja no SEP, é passível de ser detalhada em uma seqüência lógica;
}  A garantia da segurança em serviços no SEP é fundamental e obrigatória;
} Os trabalhos no SEP estão classificados nas áreas de construção/montagem, manutenção e operação de instalações;    
}     A técnica de linha viva é uma realidade de manutenção e construção na qual os trabalhadores atuam diretamente ou “em proximidade” dos equipamentos e condutores energizados;
}   Os trabalhos podem ser executados em instalações industrias ou de concessionárias, de instalação localizadas em subestações e usinas ou linhas de transmissão e distribuição de energia, urbanas ou rurais.

PROCEDIMENTOS DE TRABALHO–PLANEJAMENTO DE SERVIÇOS.

O planejamento recorrer a situações não repetitivas, enquanto que o procedimento se aplica ao processo de trabalho rotineiro e repetitivo.
O planejamento esta ligado á experiência, á iniciativa, ao conhecimento técnico e á análise de situação, assim como o procedimento está ligado á aplicação da disciplina, da ordem e da constante preocupação de melhora.
Um grande problema encontrado no dia–a-dia de muitos profissionais, é a falta de tempo para prepara o serviço a ser executado. É comum dizer que não há tempo para planejar os serviços de forma adequada, em particular, no tempo gasto para a análise e a prevenção de acidentes por conta dos riscos envolvidos nas atividades, porém sempre é necessário encontrar tempo para socorrer vítimas e reparar equipamentos em função dessa negligência. A fase de planejamento é fundamental para o sucesso da proposta dos serviços a serem realizados. A “análise de risco”, deve  ser elaborada para a garantia da avaliação do trabalho a ser realizado, incluindo o modo de execução a ser adotado, os recursos humanos e materiais necessários, assim como os critérios e limites dos riscos admitidos para essa situação.

PROCEDIMENTOS DE TRABALHO–SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA

No gerenciamento dos projetos:
Pode-se considera qualquer intervenção em sistemas elétricos, energizados ou não, como fase posterior de um projeto em execução. Considerando que um projeto é uma ação temporária para produzir um serviço de propósito único e sob condições únicas de recursos, meio ambiente (sistema elétrico) e condições de segurança (níveis de perigo), deve ser tratado pelas normas e práticas adequadas de gerenciamento, definindo os procedimentos para um bom planejamento de trabalho. As avaliações das condições de segurança passam, então, necessariamente por esta etapa.

No gerenciamento de processos:

O trabalho a ser desenvolvido, em sistemas elétricos, energizados ou não, independente de sua forma ou classificação, ou seja:
}  É composto por processos distintos;
}  A solicitação de um serviço é um procedimento que antecede a realização de qualquer trabalho;
}  Os processos têm em comum uma definição clara de procedimentos. Ex.: serviços de montagem em instalações de alta tensão; serviços de manutenção em instalação de alta tensão;
}  Serviços de operação em instalações de alta tensão.

Objetivo:

Instruir os serviços realizados nas instalações do SEP, incluindo entre outras, um programa de execução e uma técnica de análise de risco.

Desenvolvimento do programa executivo:

Descrevemos os itens, a seguir que constam neste programa.
1. Descrição do trabalho – Detalhar a intervenção que será realizada, para facilitar o entendimento em sua execução;
2. Recursos humanos – Determinar os recursos humanos que serão necessários para realizar a manutenção, descriminando nomes, funções e órgãos de origem. É imperativo que esses sejam habilitados para desenvolver os trabalhos programados;
3. Recursos materiais – Relacionar todos os matérias, equipamentos, ferramentas e instrumentos que serão utilizados na manutenção, deixando claro suas quantidades e referências, inclusive, para facilitar suas aquisições, e acordo com as seguintes ações:  
a)   Prever reservas estratégica dos itens vitais á intervenção;
b)   Prever um check list dos itens em tempo hábil de se adquirir/substituir alguns componentes;
c)   Responsabilizar os órgãos/pessoas que adquirirão os itens e prazos para aquisição.

Transporte/comunicação:
}  Definir os veículos que serão utilizados para transportar as pessoas e os materiais para o local de manutenção;
}  Definir o sistema de comunicação que será usado para receber, entregar a instalação e para permitir uma comunicação confiável entre a equipe de execução e a operação de instalação e/ou sistema;
}  Responsabilizar os órgãos/pessoas que providenciarão transporte e comunicação;
}  Exigir teste da comunicação, antes e durante a intervenção;
}  Exigir que, pelo menos, um veículo esteja sempre pronto a prestar socorro a um eventual acidentado 
}  Exigir que o motorista do veículo, disponha do Plano de Atendimento ao Acidentado, contendo o roteiro das clínicas/hospitais, mais próximos da instalação e esteja familiarizado com o transito local. 

Providências preliminares – São as ações que antecedem, propriamente dita, para obter o sucesso na sua execução. Deve-se prever, caracterizando algumas responsabilidades;
1. Estudo minucioso do local onde será executado o trabalho, complementando com diagramas, para identificar:
}  As dificuldades de acesso, ao lado da intervenção;
}  Os pontos energizados nas proximidades;
}  As distâncias envolvidas;
}  Os pontos de acesso de trabalho.
2. No caso de trabalhos com instalações desenergizadas, a elaboração de um projeto de aterramento que identifique os pontos que serão aterrados, a técnica a ser empregada e os materiais/ferramentas que serão usados, conforme os procedimentos de aterramento temporário para linhas e barramentos desligados;
3. Estudos das normas e instruções técnicas de manutenção passíveis de serem aplicadas ao trabalho;
4.  Análise dos fatores mecânico e elétricos envolvidos, de modo a garantir a segurança do pessoal e a condição de operacionalidade da instalação;
5. Análise da adequação do ferramental em relação aos fatores eletromecânicos envolvido, á suportabilidade e á técnica a ser empregada;
6. Inspeção e/ou testes de todos os materiais, equipamentos e ferramental, inclusive os EPC´s e os EPI´s; 
7. Solicitação de acompanhamento, quando necessário, de representante da Operação e da Segurança do Trabalho. É possível prever quando é necessário o apoio, local, de uma ambulância com profissionais da área médica;
8. Providenciar a aquisição de “ kits” de primeiros socorros. Exigir que todos os membros da equipe conheçam a utilização do “kit” e que estejam atualizados nas técnica de primeiros socorros;
9. Discussão do trabalho com a equipe, de modo que não fiquem dúvidas sobre o papel de cada membro e dos participantes em cada etapa e também sobre os riscos envolvidos na intervenção;
10. O responsável pela intervenção deverá inteira-se com o operador encarregado da instalação ou operador supervisor de turno, com relação ás partes da instalação que ficarão energizadas durante a intervenção;  
11. Elaboração de diagramas coloridos que apresentem claramente as partes do sistema que ficarão energizadas durante a intervenção;
12. Realizar, em conjunto com a operação, a delimitação/sinalização da área liberada para intervenção;
13. Realizar a delimitação da área de trabalho;
14. Programa de manobras: confirmar se as manobras constantes no Programa de Manobras, atendem a configuração/condição necessária para realização da intervenção, especialmente;
15. Bloqueio dos equipamentos/religamento de linha de transmissão: confirmar a realização do bloqueio dos equipamentos que, acidentalmente operados, possam energizar as áreas liberadas para intervenção, especialmente os equipamentos acionados remotamente. Confirmar a sinalização com os cartões de segurança, nos acionamentos desses equipamentos. Para as linhas de transmissão energizadas, confirmar o bloqueio do religamento automático;
16. Controle e numeração: a cada emissão de um programa executivo, o serviço de manutenção deverá numerá-lo a fim de possibilitar o seu arquivamento, controle e melhoria do processo.

Descrição da técnica – Esgotada a parte de análise e definição a ser empregada, deve-se partir para o seu detalhamento, conforme a seguir:
1. Descrever cada etapa da intervenção, fazendo referência, quando for o caso, dos anexos e das instruções de manutenção inerentes e indicando os responsáveis por cada evento;
2. Deixar claro, em cada situação, os processos de acesso do eletricista ao potencial;
3. Para as intervenções em áreas desenergizadas, deixar clara a realização do aterramento temporário da instalação;
4. Definir, nominalmente, a supervisão e a condição técnica dos trabalhos, de modo que se tenha, para a equipe, uma só voz de comando;
5. Alertar, quando necessário, aspectos de segurança durante a descrição das etapas; 
6. Deixa claras as ações vitais á segurança da intervenção, tais como:
}  Confirmar as condições de recebimento dos equipamentos;
}  Confirmar a configuração da instalação, principalmente SE;
}  Confirmar a realização de delimitação e a sinalização da área liberada;
}  Confirmar a utilização dos EPC´s e dos EPI´s;
}  Confirmar a execução do aterramento temporário e a sua retirada, quando da conclusão dos serviços;
}  Nos trabalhos em conexões elétricas, exigir a utilização do “pulo de continuidade” temporário .

Análise preliminar de risco – consistem no estudo e na reflexão, durante a fase de preparação do programa executivo, dos riscos que estarão ou que poderão estar presentes na execução dos trabalhos. Estes riscos são das seguintes natureza:
}  Riscos pessoais – acidentes de pessoas;
}  Riscos operacionais – desligar as instalações;
}  Riscos estruturantes – danos ao sistema físico;
}  Riscos do objeto de ação – diminuir a qualidade intrínseca do trabalho.

A APR é um procedimento imprescindível para processos não padronizados do tipo “cada caso é um caso”. Quando o processo não está padronizado, deve-se identificar a seqüência do trabalhoso – passo – a – passo.
Após terminado o passo – a – passo, deve-se preencher os formulários de APR observando a “matriz de riscos” e , em seguida, qualificá-los no formulário da 

APR, explicando se o risco é:
}  Desprezível;
}  Moderado;
}  Crítico.

Para o caso de riscos críticos, deve-se trabalhar no Programa Executivo, visando reduzir o nível do risco por meio de novas técnicas ou equipamentos.
A graduação dos riscos deve ser feita considerando que as medidas preventivas bloquearão os eventos. A coluna “conseqüências do evento”, deve supor que as medidas, preventivas, falharão.

Quantificação e critérios para riscos – A graduação dos riscos é feita para cada atividade, enquadrando-a no seu grau de severidade:
}  Mínima;
}  Marginal;
}  Crítica.

Na probabilidade de ocorrências, tem-se:
}  Rara;
}  Remota;
}  Média.

Avaliação da execução da manutenção – Após a execução da manutenção, deverá ser feita uma reunião com os componentes da equipe de modo a avaliar o trabalho realizado com vistas a aperfeiçoar o esquema adotado.
Em programações longas, este procedimento, deve ser diário, objetivando possíveis alterações/correções de percurso.